Epílogo.

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— Yan, é sério! — Yoongi exclamou, elevando a voz para que o pequeno pudesse ouvi-lo, sua frustração evidente.

Do alto da árvore, Yan revirou os olhos dramaticamente e cruzou os braços, expressando toda a sua impaciência. Ele já estava se cansando daquela conversa antes mesmo de ela realmente começar.

— Só vou descer daqui quando ele chegar! — declarou, fazendo birra e mantendo um bico enorme nos lábios, como se estivesse determinado a permanecer ali por tempo indeterminado.

Diante da teimosia do garoto, Yoongi decidiu que não valia mais a pena insistir. Em vez disso, ele se encostou na árvore da chácara, observando atentamente o ambiente ao seu redor, que já era tão familiar. Ele suspirou, resignado, enquanto esperava que a situação se resolvesse por conta própria.

Não muito longe dali, Jimin e Jungkook caminhavam apressadamente, quase correndo, com expressões de preocupação estampadas nos rostos. 

— Ele não quer sair de jeito nenhum. É sério — anunciou Yoongi assim que os dois se aproximaram, sua voz carregada de frustração.

Os amigos suspiraram aliviados ao ouvir a notícia, seus ombros relaxando como se um peso tivesse sido tirado. Jimin, com um olhar decidido, decretou o fim da busca pelo pequeno e pediu a Yoongi que avisasse os outros sobre a situação.

— Yan... — Kook chamou, com um tom carinhoso que só ele sabia usar.

— Não estou ouvindo! — respondeu o garoto, sua voz desafiadora ecoando entre as folhas.

— Poxa, que pena... desse jeito eu vou ficar triste — Kook retrucou, fazendo uma expressão exagerada de desânimo.

Como se fosse um encantamento, o rosto de Yan se transformou instantaneamente. O bico que antes dominava seus lábios deu lugar a uma expressão de dúvida e vulnerabilidade.

— Papai... — chamou por Jimin, estendendo os braços em um pedido silencioso, implorando por ajuda para descer da árvore.

Com um sorriso cúmplice, Park não hesitou. Ele se aproximou e segurou os braços do filho, ajudando-o a descer com cuidado.

Os três se acomodaram sob a sombra da árvore. Yan estava no centro, ainda com o semblante emburrado, mas a preocupação em não deixar seus pais tristes começava a transparecer em seu olhar.

— Por que você correu assim? — Jimin iniciou a conversa, a voz suave e acolhedora.

— Eu não quero dividir vocês — Yan respondeu, sua voz embargada. — Esperei anos para conseguir ser o filho de vocês e agora já vou ser substituído.

Kook, ao ouvir isso, não conseguiu evitar um sorriso. Aquele sorriso de coelho, característico dele, era tão adorável que tinha o poder de derreter qualquer coração, mesmo que já estivesse maduro.

— Ninguém vai roubar seu lugar, meu amor. Sabe disso, né? — disse Kook com ternura.

— Puff! — Yan resmungou, revirando os olhos. 

— Achei que gostasse da ideia de ter uma irmã. Você e a Amora se davam tão bem! Não acha que seria uma boa ideia? — Jimin tentou convencê-lo.

Mas a verdade era que, após receber a notícia de que seus pais estavam considerando adotar outra criança do orfanato, Yan havia reagido impulsivamente. 

Sem pensar nas explicações ou nas intenções amorosas por trás da decisão dos pais, ele simplesmente saiu correndo, deixando seus sentimentos confusos tomarem conta. Agora, sentado ali sob aquela árvore, conseguia pensar melhor. 

— Bem... sim. Mas... — Yan hesitou, a expressão no rosto misturando preocupação e humor.

— Mas...? — Kook o incentivou, um brilho curioso nos olhos, como se estivesse prestes a descobrir um segredo.

Um Inquilino e MeioOnde histórias criam vida. Descubra agora