Upirs

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“As vezes,
amar pode estar
classificado como
o gênero de terror
mais macabro &
horrendo.

as vezes,
filmes de terror
são melhores que
comédias românticas.

– me arrependi de não ter desligado
a televisão & fui dormir sangrando
pelos olhos.”

– do livro: Ainda Não Consigo Amar,
(disponível somente no Wattpad).

Missouri – Cidade morta.
2008, 23:00PM.

    – Você acredita em monstros, Aysha? — Perguntou Lais, enquanto estava sentada em um puff vermelho. Ela chuta uma bola de futebol azul em sua frente, fazendo a mesma ir para baixo da cama de Aysha.

    – Tipo demônios e vampiros, ou como o bicho papão? — Perguntou Aysha, se deitando na cama. Ela apontava uma lanterna para a janela de seu quarto, que se encontrava molhada por conta da chuva intensa.

    Lais coloca sua lanterna em seu queixo, fazendo o castanho de seus olhos ficarem mais visíveis. Ao ouvir a chuva e logo o estremecer do céu com um trovão, Laís correu até a cama se deitando ao lado de Aysha.

    – Tipo vampiros! — Respondeu com sua expressão assustada. Ela pegou seus cabelos negros e longos que encostaram no chão, e os levou para seu ombro.

    Aysha então franziu suas duas sobrancelhas grossas, pensativa ela levou seu dedão até sua boca, roendo a unha. Com seus cabelos cacheados até os ombros bagunçados, ela tenta arruma-los passando suas mãos neles, mas não teve sucesso.

    – A mamãe diz que os únicos monstros que existem na terra são os humanos, mas que a gente tenta melhorar... pelo menos alguns. — ela conta, sabendo que sua mãe sempre tem razão.

    Laís olha para a janela depois do que acabará de ouvir, então seus pensamentos começam a ter vida própria.

    – “Será que não existem mesmo?” — Pensou, sempre duvidando de tudo.

    Aysha sem se importar com o devaneio de sua amiga, olhou para a janela do quarto e então começou a apertar um pouco seus olhos, como se quisesse enxergar algo.

    – O que foi? — Perguntou Laís que se despertou voltando para a realidade.

    – Não sei, parece ter alguém na rua. — contou a menina se levantando. Ela então andou até a janela dando passos curtos e ao chegar perto, passou sua mão no vidro embaçado.

    Logo Laís se levantou também, ficando ao lado de Aysha e imaginando o que alguém estaria fazendo em plena tempestade de raios, há esse horário na rua.

    – Não tem ninguém! — Disse Laís.

    – Como assim? O homem de sobretudo preto está bem ali. Olhe para o poste! — Pediu Aysha, com esperanças da amiga apenas não estar olhando para o mesmo local.

    – Estou olhando, Aysha, não tem ninguém! — Sem entender nada, Lais sentiu uma sensação estranha, uma mistura de medo e pavor a estava revirando o estômago como uma dor de barriga.

    Aysha estava com os olhos totalmente paralisados, sua expressão parecia confusa.

    – Ele está bem ali, Laís! Nos olhando! — Já com os olhos lacrimejando, a menina sentiu seu coração acelerado e a adrenalina tomou conta de seu corpo junto com o medo.

    – Aysha não tem ninguém na rua! — Insistiu Laís, imaginando que ela estivesse vendo coisas ou com medo dos trovões.

    Sua cabeça estaria lhe pregando uma peça?

Em Teus Sonhos [EM RETA FINAL]Onde histórias criam vida. Descubra agora