Só nós duas estamos aqui...

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“Hoje foi um
daqueles dias
que eu queria
sumir

mas não havia
nenhum lugar
que eu pudesse
ir

eu
desejava
chorar

mas não tinha
onde ficar
sem que me
olhassem
e
perguntassem

queria mesmo
era uma
única vez
não ter que
engolir o choro
como hoje
fiz.”

– do livro: Esquecer Meu Nome,
(disponível somente no Wattpad).

Memória de Emily.

    – Emily, esse cheiro de lixo está me irritando. Não vai jogar fora?

    – Estou indo. — disse ela, deixando o prato que estava lavando em cima da mesa, pegando o saco de lixo e caminhando até a porta.

    – Sai daí seu idiota! — Gritou Erick, assistindo ao futebol na televisão.

    Emily fechou a porta da casa andando até a lixeira do lado de fora, colocando a sacola dentro. 

    – Quer ajuda? — Perguntou Barry, que havia aparecido atrás dela.

    – Não obrigada. — ela fechou a tampa da lixeira e antes que pudesse sair Barry pegou em seu braço delicadamente.

    – Precisamos conversar.

    – Eu conheço você?

    – Sim, quero dizer, ainda não.

    – Eu não quero conhecer ninguém, está bem? Sou casada. — contou tirando a mão de Barry de seu braço.

    – Eu quero dizer que eu conheço você mas apenas daqui alguns anos.

    – Isso é uma cantada? Porque é terrível. — ela anda até a porta da casa.

    – Você vai morre. — falou Barry chamando a atenção dela, que se virou de imediato.

    – Como?

    – Daqui alguns anos ele vai te bater muito e você vai morrer.

    – Isso é alguma piada?

    – Eu estou falando sério. Se não, como eu saberia que ele bate em você?

    – Saberia como todos dessa rua sabem. — ela cruza os braços.

    – Veja bem, eu não estou fazendo nenhuma piada. Eu posso te salvar, e você só precisa responder uma pergunta.

    Ela fica desconfiada, mas o que ele poderia fazer com apenas uma pergunta, não é mesmo?

    – Pergunte.

    – Se pudesse se salvar mas pra isso correria o risco de machucar outras pessoas, faria isso? Mesmo se quando se salvasse, pudesse mata-lo? — Diz referindo-se a Erick?

    – De qual modo eu me salvaria?

    – Bem, você poderia — ele dá uma pausa, pensando na melhor maneira de contar sem parecer um maluco – se transformar em vampira.

    – Vampira? — Perguntou rindo.

    – É. — concordou um pouco constrangido pelas risadas dela.

    – Eu vou entrar antes que ele me veja falando com você.

    – Espera! Eu posso provar que não estou louco. — diz mostrando seus olhos vermelhos para ela, que tirou a mão da maçaneta da porta, se aproximando mais dele.

Em Teus Sonhos [EM RETA FINAL]Onde histórias criam vida. Descubra agora