“Desculpa
eu não queria agir assimmas é que
você não me deu alternativasa não ser
te apaixonar em mim e depois fingirdesinteresse.
– as vezes, gosto de agir como um homem.”
– do livro: Borboletas Carnívoras,
(disponível somente no Wattpad).Missouri – Kansas.
Dia da morte de Nama.O céu estava escuro, tempestuoso e o ar frio. Uma neblina esquisita rondava os becos da rua enquanto Lucca se protegia da chuva com um guarda-chuva, enquanto tentava conseguir coragem dentro de si, para entrar na casa com aparência suspeita. Ele suspirou fundo sentindo seus pulmões queimarem de tão gelado que o ar estava, e então, caminhou até a porta de madeira.
Gakya havia lhe mandado a localização da casa acompanhada de uma mensagem misteriosa “precisamos conversar”. Ele estava com receio de entrar e acabar acontecendo algo de ruim. Com os últimos acontecimentos, ele acredita que é impossível algo lhe surpreender, mas, Lucca nunca mais duvidaria da capacidade do destino de armar novas surpresas capazes de superarem as anteriores.
Ele entrou na casa ouvindo a porta ranger e o chão fazer um barulho esquisito ao ser pisado, como se ele estivesse esmagando uma caixa de papelão cheia de tomate pobre, fazendo o odor azedo de coisa estragada, subir e permanecer no ar.
Lucca achou a aparência interior da casa assustadora, como se tivesse saído de um filme de terror. Ele estava torcendo para não ser o personagem idiota que entra na armadilha do monstro.
– Gakya? Eu recebi a sua mensagem. — falou parando em frente ao quatro de Edgar Allan Poe, denominado de “o retrato oval”. – Eu estou aqui. O que queria falar comigo? — Perguntou sem tirar os olhos da pintura.
– Eu aconselho que não olhe muito para ela.
Lucca desviou os olhos para a sala ao lado do quadro, podendo assim ver o rosto de Gakya, totalmente desfigurado.
– Você pode acabar perdendo a consciência de seus atos. — Gakya dizia com a voz aveludada.
– O que houve com o seu rosto?? — Lucca se aproximou perplexo, conseguindo ver com mais clareza, a falta de pele e exibição excessiva de seus dentes, sujos de sangue e pareciam um pouco derretidos.
– Eu — ela passou os dedos acima de suas bochechas, limpando um resquício de sangue na pouca pele que ainda restava – chorei pela primeira vez. Isso é realmente, aliviante. — enquanto Gakya falava, certa pele do canto inferior de seu maxilar era derretido por uma lágrima fervendo, fazendo uma outra parte cair no chão.
– Você, você o que? Você chorou e seu rosto ficou assim? Gakya, isso é impossível. Vem, vamos comigo até o hospital. — ele disse pegando no ombro dela, na intenção de guia-lá até a saída, mas, Gakya apertou com força seu braço.
– Isso tudo é culpa sua!
Lucca tentou puxar seu braço, mas falhou, ela estava com uma força surreal. O olhar de Gakya, era tão assustador que uma vez que Lucca ergueu os olhos e gravou-o em sua mente, ele sentiu como se estivesse desde o momento que chegou, olhando para o retrato oval, como se sua alma tivesse perdido a consciência dos seus atos, e agora, estivesse totalmente paralisado, em extremo pânico e sem saber o que fazer. Ela colocava tanta força nos dentes, que além de ver seu maxilar mexer, Lucca conseguia ouvir o ranger dos dentes um no outro, deixando sua fúria escancarada.
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Em Teus Sonhos [EM RETA FINAL]
Paranormal- Eu, Lucca, invoco e dou autorização a espíritos sexuais que assumam uma aparência cativante de meu gosto nos meus sonhos e me proporcionem momentos de prazer intensos esta noite. Assim seja, assim se faça. - ele colocou o papel em baixo do prato...