Capítulo 7 - Minha

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Capítulo 7 - Minha


Um mês depois...



MASSIMO


Com as mãos nos bolsos da calça, observo o corpo inerte a minha frente. Era de um dos seguranças do Biel. Esses ataques sorrateiros aos Torricelli vinham acontecendo antes mesmo da captura de Laura. Era algo a se investigar e, por enquanto, a melhor escolha foi ter mantido-a comigo em sigilo.

Havíamos mandado, por meio de celular, ao Biel uma mensagem passando-se por Laura. Dizendo estar na Grécia. Após isso, telefone desligado.

Seria questão de tempo até que ele chegasse até mim, pois, com certeza, notaria a longa ausência de Laura e a falta de notícias. Mas tudo em seu tempo e eu jamais fugiria de confronto.

Em minha casa, ninguém a encontraria. Sequer chegaria perto devido a distância de meus hectares e a forte segurança ao redor de minhas terras. Eu tinha muito em Sicília e grande parte da Itália, imóveis e investimentos que nem mesmo o Biel teria conhecimento.

Em casa, os dias tem sido infernais. O desjejum ora silencioso, ora irritante com Laura tem tirado a minha paciência. Assim como no jantar.

Mandei James certificar-se de comprar roupas para ela a seu gosto e diversas lojas de fora da Itália, para total sigilo, foram a minha casa. Ela simplesmente gastou quase dois milhões em roupas, lingeries, bolsas, sapatos e jóias.

Eu sabia que ela fazia para me incomodar, me tirar do sério. Mas se ela gastasse o triplo daquele valor deixando-a bela como esta todos os dias eu não me importaria.

Minha casa tem 20 quartos e ela ocupa um deles, longe do meu. Depois de sua provocação em meu banheiro achei melhor para a minha sanidade mental manter-me afastado dela. Como eu me envolveria com uma Biel?

Seria um ultraje para a minha família. Embora, se eu quisesse pouco estaria me fodendo para a família.

Desde pequeno o meu destino era a máfia siciliana, aprendi a atirar, negociar e matar. Políticos me pedem dinheiro, mas eu odeio política e toda merda suja que tem envolvido nisso.

Afastei Olga de Laura e a mandei para os domínios de meu tio que era muito mais brando do que eu.

Meu pai afaga meu ombro e tosse sangue em sua mão.

- Tem ido ao médico? - pergunto.

- É terminal, Massimo. - responde tossindo. - Estou fodido.

O câncer esta matando meu pai aos poucos. Não havia mais tratamento possível e os remédios ja não amenizavam sua dor. Era questão de tempo.

Ele chuta a perna do morto a nossa frente.

- Em breve, estarei como este imbecil. - diz. - Não me importo de morrer desde que não seja pelas mãos de um Biel. No meu enterro quero que haja festa, uísque e putas.

Acabo sorrindo.

Em meu relógio de pulso já eram 03:55 e eu precisava dormir. Estava exausto e aquele assunto me causava tremores no estômago. Não prolonguei aquele momento e dirigi de volta para casa.

No carro, James não disse uma palavra. Fomos em silêncio até que chegassemos no hall de entrada.

- Olga esta irredutível. - diz.

De Caso Com Meu RivalOnde histórias criam vida. Descubra agora