CAPÍTULO 30 - Dias em Portugal - Parte 1
LAURA BIEL
Fazem quase vinte dias que não vejo Don Massimo. Dias esses que descubro um pouco mais de Portugal e da rotina da fazenda. Ainda vinha passando mal quase que diariamente, mas a intensidade dos enjoos haviam diminuido.
Naquela manhã ensolarada, eu usava um short jeans, blusa social semi aberta de Massimo e botas para cavalgar.
Ia de encontro aos recém nascidos potros. Alguns estavam dormindo e tinha Olga que amamentava um deles com mamadeira. A égua havia morrido no parto. então eu vinha alimentando-os diariamente.
Assim que me vê, Laura mostra-se nervosa e gagueja.
- Ainda bem que acordou. - diz. - Tentei fazer sozinha já que ontem você estava muito indisposta mas não levo jeito pra coisa. Eles são muito agitados.
Ocupo seu lugar e seguro a mamadeira com mais firmeza para que o potro se alimentasse.
- Mais dois meses e les devem desmamar, até lá tenho que vir masi algumas vezes ao longo do dia. - digo. - Se você ficar nervosa, eles ficarão agitados. Tente ser o mais calma para que eles fiquem mansos. Perderam a mãe e se sentem inseguros demais.
Olga sorri.
- É surpreendente vê-la tão compenetrada em tarefas como essas. - diz. - Nunca imaginei que uns dias em Portugal te faria tão leve.
Suspiro com pesar.
- Tento me ocupar como posso. - digo.
- Muitos problemas em Sicília? - pergunta.
Dou de ombros com pesar.
- Creio que sim. - digo. - Só rezo para que não seja meu pai quem esteja trazendo tantos problemas. Estou cansada de estar envolvida neles e temo pela vida de Massimo.
- Ele sabe se cuidar. - diz.
- Ele não é de ferro. - respondo.
Ela da de ombros.
- Mas se ele me mantém aqui então, com certeza, Biel que vem lhe trazendo problemas. - continuo.
Sinto uma cólica forte e me inclino pra frente. Olga me da apoio imediatamente.
- Nossa! Laura! - diz preocupada. - Precisa ir ao médico ver isso!
- Não posso sair daqui. - digo.
Olga me ajuda a sair do celeiro e ir em direção a meu cavalo. Mas eu tinha tanta cólica que cavalgar agora talvez intensificaria mais as dores.
Para a nossa sorte, uma caminhonete velha se aproximava e Olga acenou pedindo ajuda.
Um rapaz jovem e mediano me pegou nos braços e nos ajudou.A caminho da fazenda, ele não fazia perguntas e dirigia rápido.
Lá, somos recebidos por um segurança armado apontando um fuzil para nós. Arregalo os olhos, mas novamente sinto uma pontada aguda a qual me inclino automaticamente pra frente. Acabo soltando um gemido e aperto o braço do rapaz instintivamente.
- Sai do carro, Matteo! - grita o segurança.
Ofego e olho para ele.
- Abaixe isso. - peço ofegante.
- Precisamos de ajuda! - grita Olga. - Laura precisa de um médico!
Imediatamente o segurança me tira da caminhonete e corre comigo para o meu quarto no terceiro andar da fazenda. Outros seguranças falavam com o rapaz que havia me ajudado e Olga parecia estar numa ligação agitada.
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De Caso Com Meu Rival
FanfictionNa Sicília, existe uma rivalidade antiga entre famílias de grande renome. Laura sempre preferiu afastar-se dos grandes conflitos que sua família trazia, mas envolve-se com Massimo, o atual herdeiro da família Torricelli. Massimo e Laura terão de lid...