Capítulo 39 - De volta a Itália
DON MASSIMO
Meu tio me encarava com um olhar de quem tinha poucas e boas a me dizer. Eu ja sabia o que ele estava pensando então só me limitei a seguir com os meus planos antes que vazassem mais informações a respeito.
Era noite e eu deveria seguir para Sicily, mas Laura já vinha me atrasando desde cedo. Cismou de organizar meu escritório e, pelo que o médico havia informado, na próxima semana ja conseguiriamos saber o sexo do bebê. Bebê. Ainda era uma palavra muito estranha pra mim.
Quando ela abre a porta do meu escritório, rapidamente me arrependo de tê-la convidado. Laura usava uma vestido vermelho que visivelmente me deu a idéia de que ela não estaria usando sutiã.
A encaro sem reação.
- Vá se trocar.
Ela ergue uma sobrancelha com ironia.
- Não vou me trocar. - teima.
- Então você fica. - digo.
Me tio suspira enquanto eu levanto e a deixo falando sozinha no escritório. Antes que eu feche a porta do meu carro, ela me interrompe e eu travo o maxilar.
- Você não me obedece! - quase grito. - O que acha que vai acontecer com você saindo assim? Porra!
Ela me olha incrédula.
- Eu estou indo a Sicily para uam reunião. - digo entre dentes. - Com contrabanditas, traficantes e outros filhos de uma puta e você, minha mulher, quer chamar atenção deles? Porra! Foi um erro, a porra de um erro ter trago você pra Itália!
Completamente incrédula, Laura não me impede mais de fechar a porta e a deixo na porta de casa. Dentro do carro, meu tio solta um pigarro.
- Você esta precisando relaxar. - diz.
- Essa mulher me tira do eixo! - digo.
- E é exatamente por isso que esta com ela. - responde. - Acha que sua mãe não chamava atenção? Ela deixava seu pai louco! Perdi a conta de quantas vezes eles brigavam mas ele ficou agressivo demais. Exigiu demais. E você sabe o que aconteceu.
Acelero com o carro.
- Não é só por isso. - respondo. - Laura parece ignorar o fato de que Romero esta atrás dela. Parece que quer provocar a todos, causar uma guerra.
- Don Massimo, você esta parecendo um adolescente. - retruca revirando os olhos. - Laura é uma bela mulher que querendo ou não ela vai atrair olhares, vai chamar a atenção de qualquer jeito. Não há o que você diga que vá mudar isso.
Pego meu celular e tento ligar para ela.
Naquela noite, Laura não atendeu as 78 chamadas que lhe fiz.
Era madrugada, por volta de 3:45h, quando eu ainda estava em Sicily ouvindo o que aquele traficante de mulheres tinha dizer. Por vezes tentou me persuadir a entrarmos em parcerias, mas não era do meu interesse fazer de Sicily um prostíbulo de luxo.
- Não é o que eu quero para cá. - digo. - Você tem alguma outra proposta?
Ele suspira dando de ombros.
- Então, eu digo o que é possível. - continuo. - Colocarmos strippers, mulheres no pole dance para manter os cliente por mais tempo em Sicily. Mas teria de ser suas melhores mulheres.
- Claro. Mas uma coisa liga a outra, certo?
- Nesse caso, se as meninas quiserem fechar uma noite com algum cliente será fora daqui. - digo. - Isso é com elas.
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De Caso Com Meu Rival
Hayran KurguNa Sicília, existe uma rivalidade antiga entre famílias de grande renome. Laura sempre preferiu afastar-se dos grandes conflitos que sua família trazia, mas envolve-se com Massimo, o atual herdeiro da família Torricelli. Massimo e Laura terão de lid...