Capítulo 13 - Cancún - Parte 1

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Capítulo 13 - Cancún - Parte 1


MASSIMO


A luz que entrava pela janela entreaberta reluzia na pele de Laura. Estava dormindo de bruços totalmente nua, o cabelo em coque frouxo e a respiração tranquila. Estou igualmente nu observando a paisagem da varanda aberta. O vento quente era agradável.

O café em minha mão estava extremamente quente. Meu corpo ainda estava úmido pelo recente banho, acabei penteando os cabelos para trás com os próprios dedos.

O cheiro da maresia inebriava meus sentidos. Era agradável, leve. Uma boa forma de descansar, mas não saberia viver aqui. Já são muitos anos na máfia siciliana.

O hotel fica numa área mais afastada, mas muito bem localizada. De frente para o mar, mas parece mais uma área privativa. Perfeito para quem não gosta de exposição e quer serenidade. Ficariamos poucos dias, mas que fossem o mais tranquilos possíveis.

O iate ja nos aguardava e eu deveria acordar Laura, mas ao voltar minha atenção pra ela a encontro deitada e com os seios expostos. Me observava com um sorriso de canto.

- Que horas são? - pergunta.

- A hora aqui não importa. - respondo sereno.

Ela deita novamente, mas dessa vez de barriga pra cima e se espreguiça. Caminho até deitar-me sob seu corpo com calma.

Laura imediatamente morde a boca.

- Cansada da viagem? - pergunto.

- Descansei bem. - responde.

- Apronte-se para que possamos fazer um passeio. - digo.

Laura não questiona.

Nos vestimos sem rapidez e saímos juntos e de mãos dadas pelo hotel. Coloco uma bermuda neutra e camisa branca. Óculos escuros para proteger do sol.

Laura usa um vestido branco leve e solto com um biquíni vermelho por baixo.

No iate, estamos a sós. Somente o comandante e o cozinheiro presentes e nos deram total privacidade. Tomamos café da manhã navegando ao mar, sentindo o vento no rosto.

Tinha meu computador na mesa a minha frente e eu estava ao telefone com James.

- Alguma notícia de Nacho? - pergunto.

- Sem indícios de seu paradeiro. - responde. - Recebemos a carga dos russos e ja esta no galpão. Os seguranças estão lá 24 horas por dia, então qualquer coisa que aconteça seremos notificados imediatamente.

Observo Laura tomar sol a frente do iate.

- E Biel? - pergunto.

- Não tentou contato. - responde.

- Não o quero em Sicily. - respondo.

- Entendido, Massimo.

Suspiro.

- Informe meu tio que, em breve, retornarei e preciso conversar com ele. Certifique-se que meu pai esteja tendo cuidados médicos diários.

- Claro. Não se preocupe, eu o atualizarei de tudo.

Desligo o telefone.

- Aonde quer que você vá a mafia o seguira. - diz.

Dou de ombros.

- Da tempo de você correr. - respondo em tom de brincadeira.

- Eu tenho essa opção? - questiona.

Aquelas resposta me incomodou mas passo a ignorar quando volto a minha atenção para o computador. Realmente por onde quer que eu fosse jamais conseguiria me afastar da máfia siciliana. Era uma benção e uma maldição que teria de conviver pelo resto da minha vida. Ja tinha o costume então penso que se tivesse uma outra vida não saberia me adaptar.

De Caso Com Meu RivalOnde histórias criam vida. Descubra agora