Capítulo 18 - O Preço

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Capítulo 18 - O Preço



LAURA BIEL


O caminho de volta a casa do Torricelli foi silencioso. Massimo não invadiu o meu espaço, mas esteve ao meu lado o tempo todo.

O desanimo e a tristeza me abateram completamente, embora eu nunca tenha sido de consumir energias pesadas. Todos me olhavam com pesar e hesitação. Aquilo me deixava furiosa.

Massimo me acompanhou até o meu quarto e antes que saísse me observava.

- Precisa de alguma coisa? - pergunta.

Eu dou de ombros.

- Preciso de um banho.

Ele estende a sua mão em minha direção e eu o acompanho. Levou-me até o seu quarto.

- Sente-se que vou preparar a banheira. - disse.

Massimo foi até seu banheiro e ligou a água da banheira, jogou sais de banho e esperou até que a água estivesse aquecida. O cheiro amadeirado tomou o ambiente e, de certa forma, me foi agradável.

Ele ajoelhou-se a minha frente e tirou os meus saltos delicadamente.

Levantou-se e tirou seu paletó, desabotoou sua blusa preta e tirou o meu vestido. Tirou a minha lingerie, a qual ele mesmo escolheu, e levou-me a banheira.

A água quente relaxou o meu corpo e eu suspirei encostando a cabeça em seu peito. Eu estava sentada a sua frente.

Ali não tinha desejo ou provocações.

Havia sido uma noite pesada e sombria.

- Se quiser chorar, chore. - disse.

- Chorar agora não vai resolver nada. - respondo dando de ombros.

Ele suspira.

- Nada vai acontecer com você. - disse.

- Não é com isso que me preocupo. - digo. - Na verdade, eu não me importo mais. Eu não sei mais quem é Thomas Biel. Certamente, não é o meu pai. Minha mãe deve estar revirando-se no túmulo.

Massimo apoia seu queixo em minha cabeça e suspira.

- Você terá o seu tempo de digerir isso tudo. Foi uma longa noite. - diz. - Aqui não é uma prisão, caso queira algo é só me dizer ou ao James que providenciaremos.

- Ao que parece, todos querem me aprisionar. - respondo. - Eu não sou livre, você me mantém aqui.

Viro para encara-lo.

- Laura...

- Você sabe que sim, Massimo. - o interrompo. - O amor não surge assim, impondo coisas as quais devo seguir, pois não me deixa escolha.

- Estaria segura sem mim? - questiona. - Eu lhe pedi 365 dias. Acha que isso inflama o meu ego? Eu estou rendido sem sequer resistir a isso. Mante-la aqui também é bom para você porque com o que vem acontecendo em sua família, na Grécia ou no Irã, você estaria em perigo. Iriam caça-la onde estivesse porque as pessoas com que estamos lidando são gente grande. Gente suja, que faz qualquer coisa pra conseguir o que quer e seu pai deu esse poder a elas sob você. Sinto muito.

Ele suspira.

- E eu torço que ao final desses 365 dias, enquanto não meço esforços para protegê-la, você se apaixone por mim. É o meu desejo, mas eu não a obrigarei a me amar, pois sei que quando a toco o seu corpo reage. E na minha cama só há prazer.

De Caso Com Meu RivalOnde histórias criam vida. Descubra agora