Capítulo 33

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Narrações intercaladas

Joana narrando

Eu estou com uma sensação de angústia dentro do meu coração, desde o momento em que a Virgínia saiu da minha casa. Quando a raiva passa e você percebe o que foi feito ou dito, o arrependimento bate na hora, e a pergunta que é feita é : por que eu fiz isso?

Se eu falar que eu não fiquei triste com todas as coisas que eu disse para a Virgínia eu estaria mentindo, eu  não me reconheci naquele momento, até agora eu não sei como eu agir daquele jeito.
Pela primeira vez na vida eu fui agressiva com alguém, eu nunca fui esse tipo de pessoa.
Eu estou arrependida, só não tenho coragem de admitir isso a ela.
O deus que eu sigo é um Deus de perdão e eu não conseguir compreender.  o inimigo me deixou cega, agir com a emoção e não  com a razão. E como eu disse eu não costumo agir dessa forma.
Mas no momento certo, quando as coisas se sossegarem entre a gente,  eu vou ter a
oportunidade de me redimir e nesse momento a única coisa que eu quero
E que deus possa abençoar ela e as crianças.
Me deitei na cama e já comecei a pensar nos sonhos estranhos que eu estou tendo nesses últimos dias e quando não é sonho, são as revelações de algumas irmãs proferidas a mim e  também tem as palavras que são pregadas, dentro do culto que estão tocando no meu  interior?

Eu não sei o que Deus tem reservado pra mim, mas sei que mudanças estão por vir e isso está me dando medo, sim, medo! Você sente quando algo vai acontecer, mas estou entregando tudo nas mãos de Deus e eu sei que ele irá cuidar de tudo, independente se for bom ou ruim.
Esses dias eu sonhei com um homem me dizendo "Só vive o propósito, quem suporta o processo" o negócio tá forte.

(...)

O culto de hoje foi extraordinário, o pastor é muito usado por Deus, eu gosto muito das pregações que ele faz. Hoje só tinha mulheres no culto, hoje o culto foi direcionado para o ministério das mulheres. Eu amo quando tem esses tipos de "reuniões" me sinto muito feliz!
Eu  já estava a caminho da saída quando escutei me chamarem.

Olhei na direção da voz e vi a irmã Maria.
Ela me chamou para tomar um açaí na praça, aceitei porque já  faz muito tempo que eu não converso com ela.

Maria: pós e minha amiga. -  ela me falou que a missionária Fernanda foi pega  traindo o marido, com uma mulher.

- deus condena esse tipo de coisa, isso é abominável na lei de deus. - rir sem humor. - mas eu não sou ninguém para julgar ela. - me lembrei das coisas que eu falei sobre a Virgínia.

Maria: você acredita que o marido ainda flagrou as duas na cama fazendo aquelas nojeiras. - fez cara de nojo. - deus tenha misericórdia dessas  mulheres se não elas  vão queimar no inferno, junto com satanás. - eu dei um riso sem humor. - mas quem sou eu pra jugar, né ?

- o único que pode nos jugar é deus. - eu estava  um pouquinho inquieta porque de frente da lanchonete tem um bar e o mesmo está lotado de  homens armados, sentados em volta de uma mesa e  bastante bebidas.

Eu senti que  um deles começou a me encarar de um jeito estranho e eu comecei a ficar inquieta. Tá repreendido em nome de Jesus, fiquei nervosa quando ele estava vindo na direção da lanchonete.
Quando ele chegou, mas perto eu o  reconheci, eu me lembrei que ele já foi na igreja alguns meses atrás e lá também ele ficou me encarando.

O que esse homem quer comigo, fiquei pensando. nessa altura do campeonato eu não 
estava ouvindo o que a  Maria falava.
A minha mão suando e o coração acelerado de nervoso!

Xxx: tá fazendo o que uma hora dessa na rua? - tocou no ombro da Maria. - eu não sei o porque eu pensei que ele estava vindo pra falar alguma coisa comigo. Que loucura da minha parte pensar uma dessa.

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