Capítulo 26

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Dembélé narrando

Quinta feira e a favela está a todo vapor, passei o dia inteiro resolvendo as contabilidade das bocas, com alguns gerentes. A  minha cabeça está explodindo de tanto estresse e b.o  dentro de casa é fora.
Minha irmã falou que não tem mais condições de ficar com os irmãos da virgina, porque vai ter que ir viajar.
E pra falar a verdade eu não tô querendo devolver eles agora, porque o combinado foi ela engravidar primeiro e até agora nada, Essa garota é muito sortuda só pode.

Cheguei na casa da minha mãe e do portão eu já ouvir uma gritaria da porra! O pessoal aqui não sabe falar sem gritar não!
a casa  cheia de gente como de costume.
Quando minha irmã me viu entrando, parou de falar na mesma hora, sabe nem desfaça que estava falando de mim, essa otaria.
Tinha uma tia minha na sala, parei pra falar com ela.

- tá tudo certo? - ela fez um gesto com a mão de mais o menos. - tá faltando o que pra ficar tudo tranquilo? - essa minha tia tem uma doença que dá esquecimento, ela não lembra de quase nada, tem dias até que fica agressiva, botando o terror aqui dentro. Ela não teve filhos e quem está cuidando dela é a minha mãe, porque a minha outra tia não aguentou mais.

Cintia: quem é você? - deu até vontade de rir, esse bagulho é foda! - sai da frente da tv. - deixei ela lá e fui entrando pra cozinha.

- Dá o papo que eu quero saber?  - me olhou. - eu vou metade da conversa de vocês. - ela Deu de ombros.

Carla: foi o que eu te falei castiel, não vou poder continuar cuidando das  crianças. eu vou  viajar eu vou  se especializar na minha careira. - tenho maior orgulho da minha irmã ela faz faculdade de gente de doido de  Psicóloga. - devolver para ela, eles estão sentindo falta da irmã e vice-versa, isso não e coisa que se faça não! A garota é super de boa e você nesse problema todo. - Ela está assim agora, defendendo a sínica da Virgínia.

Mãe: até hoje eu não sei de quem são essas crianças, e nem quero saber com certeza tem mulher envolvida nisso. Seus filhos não são porque são branquinhos, e aqui só nasce preto. mas se você quiser eu posso ficar com eles meu filho. - colocou minha comida na mesa. - senta vem jantar.

Sentei e comecei a comer. a comida da minha coroa e muito gostosa, me deixa fraco. Esse meu lance com a Virgínia as únicas pessoas da minha família que estão ciente nisso é o coroa e a Carla, de fora e só os cara que trabalham comigo.
Minha mãe e uma mulher muita chata pra nora, a mulher do coroa que o diga, papo reto minha mãe massacra muito ela.
Com a mãe do meu filho e a mesma coisa odeia ela de todas as formas, que ver o diabo mas não que ver ela.
A única que ela gosta é uma que eu me envolvi uns tempos atrás, mas não foi nada sério da minha parte.
Papo reto minha coroa e casca grossa criou 3 filhos sozinha, sem depender de ninguém.
Ela tem todo o meu respeito.

Fiquei mais um tempinho lá, conversando com o pessoal e depois meti o pé pra tomar uma cervejinha, ninguém é de ferro, né?
Chegamos no bar e pedi logo uma torre de chopp, papo reto! só deu tempo eu colocar o copo na boca.
Eu não tava acreditando no que eu tava vendo, a Virgínia saindo do banheiro o olhar da desgraçada bateu com o meu, ela sentou em uma mesa que estava de frente pra mim.

A minha vontade era de sair arrastando ela pelos cabelos, fiquei só observando quando ela levantou e veio  na minha direção, disse que tinha um assunto importante pra falar comigo, ignorei ela legal. Uma hora dessas e ela no meio da rua com quem não presta.
A minha raiva é que ela diz que está sofrendo por causa dos irmãos, mas só vevi no meio nyo meio do mundo, quando eu proibi ela vê só.

quando ela deu o papo que está grávida eu fiquei sem uma resposta, a minha única ação foi levantei na mesma hora e saí levando ela até o  meu carro e viemos para a minha kitnet


- você tem cara de sínica e já mentiu pra mim várias vezes. - ela ficou piscando os olhos várias vezes.

Virgínia: e mesmo? - se levantou. - então faz assim? Quando a minha barriga crescer você vai saber se eu estou mentindo. Eu vou embora. - ele segurou o meu braço. - tá me segurando pra que?

- fica de boa aí, e me conta quando você descobriu essa gravidez.

Virgínia: na segunda-feira eu fiz o teste e Deu positivo. - se sentou novamente. - você fez de tudo pra me engravidar e agora fica nessa desconfiança.

- que desconfiança o que? Eu estou no meu direito de saber tudo certo. O filho também e meu. - tirei a camisa e fiquei fazendo vento com ela, calor da porra! - peguei o meu rádio na cintura. - perninha na escuta? -  vou mandar o perninha com uns teste de gravidez, porque em um eu não confio.

perninha: pode fala patrão, tô ouvindo tudo.


- vai na farmácia e compra uns quatro testes de gravidez. - quando eu falei ela me olhou revirando os olhos.

perninha:  correto patrão. e pra compra o que mostra os meses de gravidez ou o outro que mostra a listra vermelha? - nesse assunto aí eu sou mane, não entendo nada.

-  trás os dois tipo pó, agora para de papo e vai fazer esse bagulho, rápido - eu já tava um pouquinho nervoso!

perninha: jae patrão.  conta vinte  que eu já chego.

Virgínia: não sei porque comprar quatro testes, que palhaçada. - me olhou. - nessa casa não tem ventilador não e ?

- você sabe que só tem lá em cima. - me sentei perto dela e fiquei olhando para os peitos dela. - daquele dia em que a gente estava aqui, você já sabia que estava grávida? - eu percebi que os peitos dela estavam diferentes, bem maior.

Virgínia: não! Eu te disse que eu descobri na segunda. - confirmei e fiquei na minha.



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