Capítulo 37

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Virgínia narrando

Eles desceram a escada, ela veio para a sala e ele ficou na cozinha e me chamou com a mão.

- vou falar com o seu pai. - falei para o Gabriel porque a gente estava conversando, ele estava me contando sobre as namoradas que ele disse que já tem. - oii ? - falei assim que eu cheguei perto dele.

Castiel: por que você não falou com a minha mãe ? -  me olhando bem sério.

- quem chegar em quem fala, né ?. - ele deu um suspiro pesado. - a sua mãe não gosta de mim, eu sinto isso. - ele negou. - eu sei que e, então eu não vou estar forçando nada. Se fala comigo, eu respondo e trato super bem. Mas eu não sou do tipo que fica babando sogra não, Não mesmo!

Castiel: independente, pô! tem que falar com a minha mãe, dá pelo menos um boa noite! - eu rir. - tem que manter uma boa convivência por mim.

- e só isso? - perguntei já irritada.

Castiel: vamos lá pra você falar com ela. - ele foi na frente e eu atrás.

- tudo bem ? - perguntei a ela. - seja bem vinda a minha casa. - dei um sorriso. - o que você, você não, né ? E  senhora, a gente tem que tratar os mais velhos com respeito. O que a senhora achou da minha casa?

Cristina: só não está melhor por um detalhe que não vem ao caso agora. - me olhou de cima a baixo. - essa casa realmente e muito linda! Você e muito sortuda.

- eu não ando com  sorte, não!  essas coisas e pra quem não tem fé em Deus. - me sentei no sofá. - mas o sortudo da história e o seu filho. - olhei para o Castiel. - pra me conquistar foi um sufoco. O bichinho lutou muito pra esse relacionamento da certo. Não foi amor?

Castiel: e mesmo, eu sou sortudo até de mais. - falou com deboche.

Cristina: onde vocês se conhecem se ele estava preso esse tempo todo? - o silêncio reinou no meio da conversa. - foi lá dentro. - respondeu a própria pergunta.

Cintia: eu estou com fome, nessa casa não tem comida Cristina? - levantou do sofá.

- vamos para a mesa dona Cíntia. - levantei. - na minha casa e barriga cheia, aqui todo mundo e bem tratado. - ela veio junto comigo para a cozinha. - ela sentou na cadeira.

Castiel: você está muito bonita! - falou no meu ouvido. - fechei a porta da geladeira e coloquei a coca cola em cima da mesa. - tenta se dá bem com a minha mãe.

(...)

Cintia: essa comida está muito boa! Você e uma ótima cozinheira. - colocou mais um pedaço de lasanha no prato dela.

Cristina: eu não achei nada de mais, aqui não tem nada de surpreendente. - ficou remexendo a lasanha com o garfo. - a minha e muito mais gostosa, não e filho? - ele ficou calado.  - você sabe fazer de tudo dentro de uma casa, né ? - não respondi. - eu quero o meu filho sendo muito bem tratado.

- quando a senhora estiver com tempo. - dei ênfase. - a senhora pode vir fiscalizar se ele e bem tratado ou não! - se ela quer entrar nessa onda de indireta e perguntas estúpidas eu também entro. - mas se a senhora quiser ter mais certeza de que ele e bem tratado e só vim e fazer as coisas pra ele, eu não me encômodo, não! Eu acho até melhor pra mim.

Cristina: eu não sou nenhuma desocupada, como umas e outras aqui nessa favela que fica o dia todo coçando o cu dentro de casa enquanto o marido trabalha. - sorri. - eu gosto de ter o meu dinheiro, não sou preguiçosa e muito menos vagabunda. - o Castiel e o Gabriel levantaram da mesa.

Castiel: a gente vai jogar um vídeo game. - tocou no meu ombro e eu confirmei.

- mas quem foi que lê disse que a profissão da  vagabunda e fácil? - ela deu um suspiro pesado. - e melhor mudar essa sua conclusão.

Cristina: eu acho melhor você para com esse seu joguinho de boa moça. - olhou dentro dos meus olhos. - você não vai me enganar, você pode estar achando que enganou o meu filho, mas eu não. - apontou o dedo pra mim. - filho não prende homem, vê se aprende.

- não precisa ficar nervosa, não! - sorri. - longe de mim querer dar golpe da barriga em traficante, isso eu deixo pra quem não tem perspectiva de vida! - dessa vez quem sorrio foi ela. - no meu caso quem levou um golpe foi eu.

Cristina: e mesmo? E você foi fazer o que na cadeia? Eu já disse, você não me engana. Foi da a buceta por dinheiro no presídio sim ! - falou um pouco alto.

Cintia: meu deus! - falou incrédula. - prostituta de cadeira eu conheço várias da sua época Cristina. Você e prostituta de cadeia ? - perguntou a mim.

- eu não sou prostituta e muito menos de presídio. - mordi lábio inferior. - eu tenho os meus princípios e nunca me prestaria a esse papel por dinheiro fácil. - olhei para a Cristina. - como e que você pode falar uma coisa com tanta certeza? - ela ia falar mas eu cortei. - mas eu fui sim para o presídio ficar com o seu filho, mas ele que veio a minha preocura, ele foi quem se ofereceu pra mim. Foi por isso que eu te disse: ele que me deu o golpe da barriga. Mas se você quiser saber essa história com mais detalhes é só perguntar diretamente para ele. Ele se humilhou bem muito pra mim sabia? Coitado. Ele sabe que eu sou muito valiosa, e fez de tudo para morar comigo acredita? Pra mim engravidar então, foi uma luta.

Cristina: você é uma descarada mesmo. - falou com ódio na voz. - mas se depender de mim esse seu ego vai acabar bem rápido minha nora.

- sinta-se a vontade, se você conseguir me separar do seu filho, eu serei grata a você pelo resto da minha vida. - sorri. - só fica com traficante a mulher que não tem perspectiva sogrinha, eu não quero viver de tráfico, não!

Cristina: Esse seu joguinho não é suficiente para me fazer perder, você tem que aprender a ser melhor, as minhas cartas são as melhores norinha. - afastou o prato de perto dela. - pode colocar na pia  da próxima vez coloque  mais tempero na comida, ficou sem gosto. - fez cara de nojo.

- se você quiser entrar na minha mente, pode entrar, eu te convido porque o cenário que você vai se deparar, vai mudar a história da sua vida! - levei o copo até a boca e acabei com o restante do líquido. - você pode entrar na minha mente a vontade, se você vai sair ou não já não e mais comigo. Mas eu te adianto uma coisa, esse jogo já tem uma ganhadora e não e você. - pisquei para ela. - eu só tenho a cara de besta, mas eu sou o próprio demônio.




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