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Pov Marília

"Não há uma estrada real para a felicidade, mas sim caminhos diferentes. Há quem seja feliz sem coisa nenhuma, enquanto outros são infelizes possuindo tudo."

Uma estrada reta, sem chance de se perder, mas honestamente, se perder na estrada não se compara a confusão que está na minha cabeça.

Depois de tanto tempo, tentando, me machucando, e tentando novamente, eu simplesmente desisti. Talvez ela sempre seja o amor da minha vida, talvez eu chore toda vez que eu pensar nela, talvez doa para o resto da minha vida, possibilidades e possibilidades.

Honestamente, amar alguém acima de si mesmo, não é uma prova de amor, mas sim a falta dele. Me afastar com objetivo de me curar, como se nunca tivéssemos nos conhecidos, agora mais do que nunca é uma opção.

Saio dos meus pensamentos quando escuto meu celular tocando.

- EAI VAGABUNDA TA AONDE?

- Luísa, por Deus, é cinco da manhã - Falo escutando uma risada do outro lado da chamada - Você não deveria estar dormindo ou alguma coisa do tipo?

- Não, Maraisa estava aqui - Luísa indaga - Mas aí foi embora e disse que ia falar com você e tudo mais...

- Ela falou com você?

- Felizmente ela não falou comigo.

- Maiara voltou para casa a pouco tempo também.

- MAIARA ESTAVA AI?! - Grito sem me importar com o barulho que ia fazer - QUE FILHA DE UMA PUT-

Emergência no escritório, a próxima emergência vai ser a ambulância que vai levar ela para o hospital, depois que eu tentar cancelar o CPF dela.

- Ela tava sim - Luísa me interrompe - Mas amanhã você me conta o que você conversou com a Maraisa - a mesma diz desligando a chamada.

Dou uma pequena risada de desespero e continuo seguindo o caminho para minha casa. Quando chego, faço minha higiene, troco de roupa e vou para o meu próprio estúdio, com objetivo de tentar me distrair um pouco.

- Você é melhor do mundo nisso - Falo para mim mesma - Você consegue compor pelo menos uma música.

Horas e horas se passaram e quando me dou conta, está perto do horário do almoço.

Assim que desço as escadas vejo minha mãe, Lauana e Henrique na cozinha.

- Não lembro de ter permitido pobres dentro dessa casa - Brinco divertida.

- É meio difícil expulsar todos, quando a dona mora aqui - Henrique fala vindo até a minha direção para me abraçar - A gente veio te ver.

- Na verdade - Lau fala me dando um beijo na bochecha - Eu vim almoçar de graça mesmo.

- Idiota - dou um tapa no seu braço.

- Parece 3 crianças - minha mãe diz desviando as nossas atenções - Vamos o almoço está na mesa...

Entre conversas e provocações nosso almoço foi assim, geralmente aqui em casa é calmo, tranquilo, mas com Lau e Henrique é impossível qualquer minuto de silêncio.

Consequences (Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora