42.

1K 99 14
                                    

Pov Maraísa

- Duzentos e cinquenta reais que é menina - Luísa tentava apostar comigo.

Hoje é o dia que vamos descobrir o sexo do bebê, tenho a sensação que é menino, mas a minha família toda diz que é menina, não sei em quem acreditar.

- Não posso apostar - Bato na sua mão que está estendida na minha frente - Marília me mata.

Marília nunca gostou de aposta, para ela, era uma coisa super ilegal, talvez seja, mas ninguém vai ficar sabendo.

- Eu dobro a aposta - Ela ainda tentava me convencer que isso é uma boa ideia - Maraísa, eu sei que você quer apostar...

Tento não ser manipulada, mas é difícil, sempre gostei de apostar, e se eu ganhasse, era um bom dinheiro.

- Tá... - aperto a mão da minha amiga - Mas só cem reais.

- Cento e cinquenta.

- Fechado - dou um sorriso animada, tenho quase certeza que é menino - Cento e cinquenta.

- Cento e cinquenta, do que Maraísa? - escuto a voz da minha esposa e meu corpo congela - Espero que você não esteja apostando o sexo do nosso filho.

- Lau me chamou na cozinha - Luísa se levanta rapidamente e sai correndo na direção da cozinha.

- Falsa manipuladora - falo baixo.

- Você não me respondeu - Lila se aproxima e ficando em pé na minha frente - Do que vocês estavam falando?

- De como você é linda - falo sorrindo e puxo suas mãos.

- Você não espera que eu acredite nisso?

- Amor é só uma aposta - falo e no mesmo instante recebo sua cara de reprovação - E eu acho que vou ganhar.

- Você sabe o quanto eu odeio isso - Ela tenta se afastar, mas eu me levanto puxando seu corpo para mim - Você vai tirar essa aposta.

- Eu vou... - Deixo um beijo na sua bochecha, e começo uma carícia na suas costas - Suas costas ainda estão doendo?

- Um pouco - Preciono um pouco seu corpo para frente, fazendo que sua cabeça deite no meu ombro - Não queria sair de casa hoje.

- Podemos remarcar.

- Não podemos - Ela diz se levantando - Pelo menos hoje é nosso dia de folga.

- É... - Pego o meu celular para ver a hora, e vejo que já estamos quase nos atrasando, de novo - Tá na hora.

Meu pai ia levar a gente hoje, as meninas iam ficar em casa, já que provavelmente, elas não iam poder entrar.

- Acho que é menina - Meu pai falava animado - Achei que meu primeiro neto, ia vim da Maiara.

- Todos acharam - Marília brinca com a situação - Mas eu ainda acho que é um menino.

- Vocês já escolheram o nome?

- Ainda não - Minto, já escolhemos o nome, porém decidimos só revelar quando descobrirmos o sexo.

- Acho que chegamos - ele estacionava na frente da clínica - Quando acabarem, me liga, que eu venho buscar vocês.

Agradeço meu pai pela ajuda e saio rapidamente do carro, para ajudar minha esposa, a descer do carro. Entramos de mão dadas, como de costume e fomos direto para a sala do doutor.

- Você tem sentindo alguma coisa fora do normal, Marília? - o médico doutor perguntava enquanto fazia os procedimentos do ultrassom.

- Nada fora do normal, além das dores nas costas e enjoo.

- É normal os enjoos, talvez seu humor mude um pouco também - ele explica - Por conta dos hormônios.

- Vai dar para ver o sexo do bebê? - pergunto acariciando o rosto da minha esposa.

- Acho que sim, depende muito da posição que o bebê estiver - Ele começa a mostrar o tamanho que o bebê já estava, além de explicar que ja passamos da fase de risco, tirando um peso das minhas costas.

- Eu te disse que ia dar tudo certo - Lila diz sorrindo na minha direção.

- Eu sei - deixo um beijo nas suas mãos.

- Acho que vamos conseguir ver - O homem chama a nossa atenção - Vocês acham que é menino ou menina?

- Eu acho que é menino - Falo olhando para a tela do ultrassom, como se eu entendesse alguma coisa.

- Eu também - Lila falava apertando a minha mão.

- Vamos ver... - O doutor estava animado, provavelmente por estar acompanhando a gravidez desdo início, para ele também é uma descoberta - As duas acertaram, é um menino.

Me sinto realizada, independente do que fosse, eu ia amar de qualquer jeito, mas sempre quis ter um menininho correndo pela casa, me aproximo da minha esposa e deixo vários beijinhos no seu rosto, ignorando totalmente a presença presença homem ali.

- Amor... - Marília tentava me afastar - Ainda estamos aqui.

- Eu sei - me afasto, ainda com um sorriso no rosto - Eu só estou feliz.

- Não se preocupem - Ele dizia desligando os equipamento e nos entregando os exames - Eu já acabei por aqui.

Saímos da sala, eu não conseguia parar de falar sobre o quando eu estava animada, tinha vários planos, caso fosse menina, ou se fosse menino.

- Temos que finalizar o quarto - começo a listar as coisas que faltam na minha cabeça - Temos que comprar as coisas e...

- Mara... - Lila tentava me parar.

- Acho que podíamos contratar alguém - acabo ficando desesperada, faltava muita coisa ainda - Você acha que o quarto é muito pequeno?

- Maraísa, a gente precis-

- Provavelmente, eu vou falar com o pessoal da reforma...

- Carla Maraísa Henrique Mendonça - Ela gritava, parando na minha frente- Você precisa ligar para o seu pai.

Volto minha atenção para a minha esposa, e ligo para o meu pai nós buscar, eu estava animada, e não conseguia ficar quieta, nem no carro, consegui conter a minha animação, tinha feitos planos que finalmente iriam se realizar.

Quando chegamos Marília foi direto para o quarto, não falou nada, segundo ela estava sentindo enjoo, não contamos nada para ninguém ainda, íamos contar no final de semana, quando todos estivessem juntos.

- Amor... - procuro minha esposa pelo quarto e a encontro deitada na cama, olhando alguma coisa no celular - Eu tive outra ideia.

Quando deito do seu lado, sinto meu corpo sendo puxado, sua boca vai em direção a minha, suas mão sobem pela lateral do meu corpo, apertando em lugares específicos, me permito puxar um pouco o seu cabelo, e morder o seu lábio inferior, meu corpo é empurrado para deitar na cama e suas pernas rodeam a minha cintura, quando tento aprofundar o beijo, mas ela se afasta.

- Eu te amo - sua respiração estava falha e sua boca inchada - Mas a sua voz está me irritando.

- Me desculpa - tento olhar nos seus olhos, mas a sua boca sempre vai ser chamativa.

- Eu sei que você está animada - ela diz saindo do meu colo e deitando do meu lado - E eu te amo por isso, mas você não parou de falar um minuto.

Entendo o seu lado, e penso que eu realmente, não parei de falar um segundo.

- Podemos só ficar deitadas assistindo alguma coisa? - Ela diz sugestiva.

Não respondo nada, apenas me deito e me aconchego no seu corpo, aproximando minha cabeça do seu pescoço.

- Eu amo essa sua mania - sua voz saia calma.

- Seu perfume me acalma - deixo vários beijinhos no lugar.

Não conseguimos nem terminar um filme direito, antes de sentir que ela já estava dormindo, começo a pensar que nunca assistimos um filme completo, ou porque ela dorme, ou porque acabamos fazendo outras coisas.

Consequences (Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora