Alianças:: Yoonkook

Capítulo 6;

CAPÍTULO SEIS;; PREPARATIVO

A luta de cada dia é aguentá-lo em todos os ambientes. 

O alfa sorriu macabro quando recebeu a pasta. O outro homem suava em nervosismo, esperava a próxima ordem do chefe; mesmo não concordando com ele, era obrigado a fazer aquele serviço sujo. 

— És um homem de palavra, senhor Lee — o líder disse folheando as folhas —  Pode ir, lhe chamarei quando for necessário. 

— tudo isso é preciso mesmo? — a beta olhou descrente para o pai. Sentia nojo por ser filha de um homem tão cruel. 

— Claro, minha pequena, eles quebraram o laço que tinham conosco. E ninguém dá as costas para um Kang. 

Taeyang assistiu Jaemin tragar o charuto e revirou os olhos. — Não sei como sou sua  filha, você é tão baixo. 

— Obrigada, querida, isso não me atinge. Soa mais como um elogio. 

[...]

Uma semana convivendo com os ômegas em sua casa se tornava cada dia mais complicado. Com Heechan, Jungkook conseguia lidar, mas com Jimin e Yoongi era outra história. 

Naquele curto período, Jungkook passou a fumar o dobro que fumava. E com isso, recebia reclamações do Min, porque ele deve diminuir o vício, se não quisesse morrer cedo. 

— If this ômega doesn't shut up, I'm going to shoot him in the head — Jungkook falou jogando o isqueiro na mesa. (Se esse ômega não calar, vou dar um tiro na cabeça dele)

— Também não precisa de tanto, Goo, o ômega não fez nada contigo — Taehyung tentou acalmar o amigo. — Além do mais, ele também está certo. Você precisa diminuir com o cigarro. 

— Você precisa mesmo é desestressar, por que não arranja uma puta pra transar? — Soojin perguntou e Taehyung revirou os olhos. 

— como se isso fosse adiantar.

— Me ajuda bastante, você também deveria aderir — sorriu pro Kim. 

— Talvez a alfa esteja certa. Talvez eu precise foder alguém pra isso passar — Jungkook sorriu. 

[...] 

— Morar aí está sendo ruim? — Jinwoo perguntou preocupado — O Jungkook fez alguma coisa com vocês? 

Yoongi tinha gostado de como Jinwoo agia, sempre mandava mensagem perguntando como estava e se precisava de algo. Era um cuidado que Yoongi não tinha recebido do pai. 

— Tá tudo bem, senhor Jeon, o Chan já se acostumou com a casa. O Jungkook só tem um péssimo vício, às vezes ele passa o dia com cigarro na boca. 

— Hum, esse é o único problema? Por que se for, dá pra consertar rapidinho. 

— Sim, mas não tem problema. Pedi para o Kim tentar abrir os olhos dele.
 
— Tentarei conversar com ele, ômega, fique tranquilo. Mas mudando de assunto, que tal começar os preparativos para o casamento? Não vamos fazer algo grandioso ou vocês só assinam a papelada — Jinwoo propôs, sabendo que o filho nunca concordaria com uma festa. 

— Pode ser, senhor Jeon. 

Yoongi não estava nem um pouco contente por ter que se juntar a Jungkook, não saberia se conseguiria viver anos do lado daquele irresponsável.

Só estava fazendo aquilo pelo irmão e pelo lugar que cresceu. 

[...]

O cheiro de perfume barato deixou Jungkook anestesiado. Como sentiu falta daquele ambiente. Ver aquelas prostitutas trabalhando para conseguir o que comer, lhe fez pensar se seria nisso que sua mãe trabalharia caso não conhecesse Jeon Jinwoo. Mas o pensamento não durou muito, estava ali para se divertir e aproveitar os últimos dias de solteiro. 

— Que honra tê-lo aqui, Jeon. 

O ômega abriu um belo sorriso ao reconhecer o homem. Ele mudou.

— Hoseok-shi! Quanto tempo! 

 — É, foram quatro anos. 

— Vamos, Goo, precisamos provar as bebidas daqui — Taehyung não mentiria, a ideia de comer alguém estava se tornando boa. Só não admitiria aumentar o ego de Soojin. 

— Nós nos vemos por aí, Jeon. Quem sabe não matamos a saudade? — Hoseok sugeriu com malícia. 

A noite só está começando. 

[...]

Park Jimin encarava o teto do quarto. Foram bons minutos decidindo se falasse a verdade para Yoongi. Não queria acabar com a amizade, assim como não queria mais manter em segredo. 

Aproveitou que Heechan estava dormindo e combinou em encontrar o ômega nos fundos da casa. 

Suas mãos estavam trêmulas, era agora ou nunca. Não aceitaria  em perder Yoongi para Jungkook.  

— Espero que você tenha um belo motivo para ter me chamado até que fora, um frio do caralho — Yoongi chegou reclamando e estranhou não receber nenhuma movimento do Park — Jiminnie? 

Jimin assustou-se com o toque repentina e vê-lo tão perto, e sentir o cheirinho de avelã, fez seu coração acelerar. 

— Honey… — chegou a se aproximar do Min e sentiu os olhos arderem. 

Yoongi estranhou quando Jimin começou a chorar e preocupado com o amigo, o abraçou. 

— Se continuar chorando, eu vou chorar também. — Yoongi disse. Eles tinham uma diferença mínima de altura, mas Yoongi conseguia ser mais alto. — Me conta o que houve. 

— Eu te amo tanto, hyung…

— Eu também, Jiminnie, mas não entendo onde você quer chegar. 

— Eu te amo tanto que dói o coração, te amo muito mais que amigos. Amo como amante. Não vou conseguir te ver do lado do Jeon, mesmo que seja um casamento para unir terras. Sei que você nunca me viu como outra coisa, mas me dê uma chance.

Yoongi tinha os olhos arregalados e surpreso com a confissão inesperada. Afastou-se para enxergar o rosto dele e sentiu o coração apertar só por vê-lo todo inchado. 

— Jiminnie…

O Min se preparava para falar a verdade pro amigo quando escutou o irmão chamar. 

— P-pode ir, a gente conversa depois — Jimin falou secando as lágrimas. Ele estava acabado. 

 — Tem certeza? — perguntou receoso. Não pretendia deixar o Park sozinho ali, tinha medo do que ele poderia fazer. 

— Vai, o Chan precisa de você. 

A Lua havia sido testemunha do coração partido de Park Jimin. E o céu que antes estava todo estrelado, fechou-se trazendo uma terrível chuva. O grito que Jimin deu foi abafado pelo barulho da água caindo no chão. 

[...]

— Você é maluco? 

Jimin não sabia quanto tempo passou na chuva, não sabia se foi minutos ou horas. Talvez tivesse sido horas, Taehyung ainda estava com a mesma roupa que tinha saído. 

— Por que tá aqui nessa chuva? Quer ficar doente? 

Taehyung achava aquele muito ômega estranho.

Quando chegou do puteiro, Taehyung foi beber água. Tiraria o mais rápido o álcool do corpo. Até então, estava aproveitando a água gelada quando reparou numa silhueta no quintal. Estranhou e pensou que fosse um ladrão, mas ao chegar perto, toda postura que tinha desmanchou ao perceber que era Jimin ali. 

Algo dentro de si o deixou em alerta, o ômega estava todo cabisbaixo. 

— Você não vai responder? Tá bom então. 

Com maestria, o alfa levou Jimin até o quarto que ficava. Suspirou observando o ômega tremer de frio.  

— Você vai dar um trabalho.