Capítulo 2;

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Capítulo dois — afogar as mágoas


Mesmo dizendo que pareço um babaca, você sempre irá me procurar.


Mesmo passando dois anos, aquela presença marcante de Jungkook continuava a mesma e ele tinha noção que quanto mais passasse os anos, seria a mesma.

Jeon Jungkook foi o primeiro ômega na linhagem Jeon a assumir o posto de líder e mesmo com pouco tempo comandando o território norte, era bastante respeitado. As pessoas sabiam que quem ofendesse o líder sofreria as consequências.

Ao lado de seu braço esquerdo, Kim Taehyung, Jungkook passava pelo corredor com a cabeça erguida e com leveza. Tinha recebido informações de crianças trabalhando com os vendedores de drogas, enquanto deveriam estar em horário de escola ou brincando na rua. O que Jungkook mais prezava era a educação das crianças e tentava tirá-los de condições precárias, muitas vezes que pais viciados colocaram.

Atrás dos dois, tinham mais cinco capangas, todos usavam preto e tinham em mãos armas. Naquele ponto onde as drogas eram produzidas, muitos que trabalhavam ali ficaram assustados por ver Jeon Jungkook em carne e osso. Só significava uma coisa: alguém sairia morto.

— Jay, meu querido Jay… — A voz do ômega saiu baixa na sala, espantando os alfas e os betas. — O que conversamos? Sem crianças ou adolescentes fazendo o seu serviço, ou eu preciso explicar novamente? Não é a primeira, nem a segunda vez que escuto isso e quer saber o que mais me impressiona? — Pressionou as bochechas de Jay com as pontas dos dedos. O nariz do alfa ainda tinha rastros de pó branco ali e Jungkook balançou a cabeça. — Que foi você que os chamou para vender. Tsc, você nunca aprende.

Com a arma destravada, Jungkook passou o cano pelo rosto do homem.

— Podia ter me falado que eu procuraria pessoas para vender pra você, mas preferiu ir pelo caminho errado e isso é triste. Como sou uma pessoa muito boa, deixarei você escolher a forma que morrerá — sorriu e livrou o alfa do aperto. — Vamos lá, Jay, tique-taque.  

— Por favor, não faça isso! Eu não devia morrer só por causa disso! Só são crianças, não valem nada! — falou desesperado.

— Mano, era melhor você ter ficado quieto. — Taehyung zombou de Jay. — Agora que o Jung te mata.

— Exatamente por serem crianças! — o Jeon explodiu apontando o dedo na cara do alfa. — Queria saber se fosse a porra do seu filho vendo cocaína por aí!

— O que? Como você sabe do meu filho?

— Eu sempre sei de tudo, Jay — deu os ombros antes de apertar o gatilho. A bala atravessou a testa do alfa e o barulho do corpo caindo, fez os outros na sala entenderem que Jungkook nunca brincava em serviço. — Da próxima vez que eu escutar que alguma criança está vendendo por essa região, o Jay não vai ser o único morto.

— Que tal irmos naquela boate nova? — Taehyung perguntou animado. Eles já tinham saído do prédio e voltavam para a casa do Jeon. — Tô com saudades de ver você embriagado por minha causa.

— Haha, Taehyung, muito engraçado, tô morrendo de rir — rolou os olhos.

A amizade de Jungkook e Taehyung surgiu de crianças, o Kim tinha derrubado o sorvete do ômega e para compensá-lo, pegou do chão e enfiou na boca dele, todo sujo de terra. E depois de entender que não podia comer nada do chão, o alfa chamou Jungkook para jogarem bola.

Eles eram o oposto um do outro, enquanto Taehyung era animado e extrovertido, Jungkook era tímido e quieto. Porém quando estava só os dois, Jungkook virava uma pessoa diferente do que mostrava para o mundo.

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