Agora é só você e eu

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LALISA MANOBAN5h53

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LALISA MANOBAN
5h53

Não vou mentir, Jennie é legal e uma boa companhia, mas teria sido incrível ter me sentado no Cannon Café pela última vez com os Plutões, conversando sobre tudo de bom e ruim que vivemos juntos. Mas era arriscado demais. Eu sabia das coisas e não queria correr o risco de um deles sair prejudicado. Mesmo assim, eles bem que podiam me mandar uma mensagem. Solto minha bicicleta e a empurro pela rua. Atiro o capacete para Jennie que quase o deixa cair.

— Então, para que lado a Rosé mora mesmo? — questiono. — Ou Chaeyoung?

— Por que você está me dando isso? — pergunta Jennie, balançando o objeto em mãos. — Ela gosta dos dois.

— Para você não abrir a cabeça se cair da bicicleta. — Eu me acomodo no selim. — Seria horrível se sua Última Amiga acabasse matando você.

— Isso não é uma bicicleta para dois.

— Tem apoio para os pés — argumento, indicando a roda traseira. Jisoo sempre pegava carona ali, confiando que eu não iria bater em nenhum carro e jogá-la para fora da bicicleta.

— Você quer mesmo que eu fique de pé na parte de trás da bicicleta enquanto você pedala no escuro?

— Enquanto usa um capacete — completo.

Puta merda, eu realmente achei que Jennie estava pronta para se arriscar.

— Não. Essa bicicleta vai ser a causa da nossa morte.

Esse dia estava mesmo a deixando louca.

— Não vai, não. Confia em mim. Pedalei essa bicicleta todos os dias por quase dois anos. Sobe.

Ela está muito hesitante, isso é óbvio, mas ainda assim coloca o capacete. Sinto uma pressão ainda maior para ser cuidadosa, porque eu odiaria receber um "eu avisei!" no que houver depois da morte. Jennie segura meus ombros, se apoiando neles enquanto monta na bicicleta. Ela está botando a coragem para jogo, e isso me deixa orgulhosa. É quase como tirar um passarinho do ninho — ou até mesmo empurrá-lo, porque ele já deveria ter aprendido a voar anos atrás.

Uma mercearia no fim do quarteirão está abrindo as portas enquanto a lua continua lá no alto, sobre um banco mais para a frente. Eu faço força no pedal quando Jennie pula para fora da bicicleta.

— De jeito nenhum. Vou andando. E acho que você deveria fazer o mesmo. — Ela desafivela o capacete, tira da cabeça e devolve para mim. — Desculpa. Estou com uma sensação esquisita e preciso confiar nos meus instintos.

Eu deveria ter botado o capacete e pedalado. Deixar Jennie visitar a amiga dela, e ir fazer minhas coisas, seja lá o que fossem. Mas, em vez de seguir meu caminho, penduro o capacete no guidão e desço da bicicleta.

— Vamos andando, então. Não sei quanta vida ainda temos e não quero desperdiçá-la.

[...]

O apartamento de Chaeyoung está a alguns quarteirões de distância. Passo a maior parte do tempo ouvindo Jennie dizer o quão horrível ela está prestes a se tornar quando contar para a melhor amiga que não vai mais estar aqui no dia seguinte.

Um dia com ela.Onde histórias criam vida. Descubra agora