Íris

Slide

Oi gente! Como estão ?
Como no domingo não teremos um capítulo (pelo dia dos namorados)...sejam bem vindos a mais um capítulo!
Boa leitura e beijo no coração 💚

Damian Wayne pov.

Bobby Montana não roncava, pelo menos isso. Do contrário de Tim, meu tradicional companheiro de quarto em missões.
Eu não costumava dormir, não pela noite, pelo menos e agora, estava enfrentando dificuldades com a nova rotina.
Minha noite se passou invadindo o sistema da faculdade e me cadastrando previamente nas aulas extras. Eu precisava acabar com essa droga logo.
Ouço um gemido baixinho e direciono meu olhar rapidamente.
Bobby se estica sobre seu edredom e senta-se na cama em silêncio, parecendo tentar entender onde estava.
Ela coça o cabelo preso e parecendo um esfregão e me encara, me encarando confusa por um momento mas depois parecendo entender a situação.
- Oi. — saúdo.
Eu não sabia pedir desculpas, algo como "simpatia" poderia tentar resolver nosso pequeno impasse da noite anterior.
- Oi.— respondeu simples e foi para o closet, pegou algumas roupas e trancou-se no banheiro.
- Drama. — murmuro revirando meus olhos.
Me levanto suspirando determinado a mais uma tentativa, e me surpreendo ao ver a garota sair do banheiro com os cabelos presos, com uma bandana vermelha na cabeça e vestida com um conjunto de moletons de ginástica.
Suspirei e tentei uma abordagem sutil.
- Você chegou a ouvir algo na minha ligação ontem a noite ? — pergunto cauteloso.
- Não, estive ocupada. — respondeu colocando o equipamento de futebol em uma bolsa esportiva.
- Nada...? — ela me interrompe.
- Me desculpe, Damian. — sorriu triste. – Mas eu preciso ir ao treino, podemos conversar outra hora ?.
- Ah sim, eu entendo. — respondo. – Adeus.
Ela sorri e sai do quarto fechando a porta.
Ela parecia ridiculamente deprimida.
Merda!
Eu resolveria isso, um banho e um pouco de paz, silêncio e organização me fariam bem.
Entro distraidamente no banheiro, trancando-o.
- MERDA! — grito chocado encarando a bagunça de cosméticos sobre a pia e a toalha pendurada no box. – O que custa deixar a merda das coisas, na merda dos seus lugares ?
Nem a liga dos assassinos era tão ruim quanto isto.
Bobby em apenas um dia me mostrou como era desorganizada e sem um pingo de bom senso.
Irritado, acabo me atropelando nos pensamentos e noto que estive literalmente jogando o líquido de um de seus produtos de maquiagem pela pia. Merda! Meu problema com Bobby só piorava.
E agora eu teria que comprar um tal corretivo para me desculpar.
A porra de Damian Wayne, criado como herdeiro da liga dos assassinos mais letais do mundo, tendo que comprar maquiagens no shopping. Meu avô estaria envergonhado.

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Bobby Montana pov.

Amarro as chuteiras e carrego meu capacete saindo do vestiário.
- Coragem, Montana. — murmuro sozinha e me aproximo da roda de garotos que provavelmente tinham o triplo do meu tamanho.
- Ei, treinador! — chama um garoto me encarando. – Quando nosso quarterback de verdade vai chegar ? — os outros garotos riem. – O clube de ginástica fica em outra quadra. — sorri maldoso.
- Tudo bem, senhores. – suspirou o treinador. – Vamos tratar a senhorita Montana com respeito e começar os treinos de força...você vem comigo, Montana.
- Ela não aguenta nem os treinos com a gente. — comenta um garoto e eu suspiro encarando o treinador.
- Quero que dê algumas voltas correndo enquanto começo o treino com os garotos. — me encara.
- Mas senhor...— me interrompe.
- Sem tratamento especial por aqui, Montana. — responde curto me dando as costas.
Babaca.
Enterro meu capacete bufando no canto do campo e começo a correr com pela quadra, sentindo o sol já começar a fritar minhas bochechas.
Durante minha terceira volto, estreito meus olhos e encaro a figura masculina me encarando na saída do vestiário.
Drácula. Digo, Damian.
Diminuo a velocidade da corrida parando a sua frente.
O que ele fazia aqui ?
- Oi. — saúda ela. – Preciso conversar com você.
- É muito importante ? — pergunto encarando o campo, vendo os garotos alongarem-se para o que eu sabia ser treinos de força.
Merda. Me deixariam fora dessa.
- Sim, eu acidentalmente quebrei sua maquiagem. — me mostra os cacos em sua mão e eu distraidamente encaro-o voltando meus olhos para campo, onde os garotos gemiam e contorciam-se para carregar o que chamávamos de "trenó". Especies de almofadas de peso que exigiam força nas pernas.
- Certo, Damian...pode me esperar alguns segundos, por favor ? — encaro rapidamente o garoto e sem deixa-lo responder, corro novamente ao campo.
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