Hurt so good

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Oi gente! Como estão ?
Espero que não tenham me esquecido...
Gente, mais uma vez, desculpe pelo sumiço! Havia taaaanta coisa da faculdade pra fazer que fiquei meio doida lidando com tudo. Mas está se acalmando, ainda bem!
Como andam as coisas ? Espero que todos estejam bem e saudáveis!
Lembrando que Íris está na sua reta final, espero que aproveitem mais um capítulo e não se esqueçam de votar para seu personagem de escolha da próxima fanfic!

Link da votação:
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScEjwmbWGEzy1qsCynwdbrX7OnVMxAiLV178MZ3tEv5XwoLtA/viewform

Espero que aproveitem o capítulo!
Obrigada por tudo e amo vocês!
Beijo da Nan 💚



Obs: sugiro que leiam o capítulo ouvindo a música "Hurt So Good - Astrid S"



Obs: sugiro que leiam o capítulo ouvindo a música "Hurt So Good - Astrid S"

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⚠️ +18: assédio

Bobby Montana pov.


Os sábados comemorativos soavam quase como um Oscar para a família Wayne.
Convites em papéis caros eram enviados aos convidados, Damian me presenteava com mais um dos saltos de solado vermelho que eu tanto amava e eu automaticamente era empurrada para minha própria perspectiva superficial para lidar com isso.
Mais um sábado seria dedicado aos eventos sociais de Gotham, mais um dos vários dos últimos seis meses.
Seis meses em que minha vida poderia ser descrita como uma grande reviravolta.
Não havia mais apenas o futebol.
Não havia mais apenas eu.
Minhas madrugadas eram preenchidas por visitas silenciosas que eu já me acostumara a receber. Damian checava minha respiração, arrumava meus cobertores e partia. Era seu pequeno ritual e eu podia entendê-lo.
Os últimos meses haviam especialmente sido difíceis para nós dois, já que com os traumas da última missão, que Damian se recusava a partilhar, estávamos em uma linha tênue de uma explosão.
Ele não suportava ser tocado.
Cada mínimo toque podia gerar gritos, golpes e até um sumiço. O único momento em que encontrávamos um pouco de paz ainda juntos, eram tardes ao topo de uma colina, onde apenas ouvíamos nossas próprias respirações e dávamos as mãos.
Estaríamos lá um para o outro e sobreviveríamos a isto.
Vestindo o vestido azul que deixava minhas costas nuas e possuía uma fenda única até o início de minhas coxas, podia treinar copiosamente o sorriso que estaria escancarado em meu rosto pelas próximas horas. Solto os cachos loiros de meus cabelos, vendo-os cair em uma cascata harmônica e ouço o toque de meu celular. Suspiro encarando meu reflexo e tomo meu caminho pelos corredores de meu prédio.
Eu podia ver os olhos grudados a cada passo e cada tilintar de meus saltos altos. Podia notar um sutil caminho entre as pessoas que passavam, abrir-se para meus passos.
E em meu íntimo, um íntimo narcisista e despreocupado, eu adorava aquilo.
Atravesso a porta de vidro aberta e vejo Damian encostado em seu carro, com o terno meticulosamente feito sobre medida para seu corpo alto e musculoso. Seus dedos eram cobertos por anéis com pedras caras enormes e em seu pulso, o brilho sutil de um relógio caro.
Vi seus olhos esmeralda grudarem-se sobre meu corpo, analisando os mínimos detalhes de como eu me parecia.
Eu podia queimar apenas vendo o sorriso ladino que ele abria e a forma como seus olhos sutilmente soavam como uma promessa.
- Você está exuberante. — disse com a voz rouca e eu sorrio.
- Agradeço os sapatos. — digo a ele que sorri e abre a porta do passageiro para mim.
Eu gostava de admirar Damian e ele gostava disso, já que nenhum movimento passava despercebido sobre ele.
A pele dourada, os nós firmes de seus dedos agarrados ao volante, a forma como o tecido do terno abraçava seu corpo e a sutil memória, quase corrupta daqueles mesmos anéis que enfeitavam seus dedos, adornando meu pescoço enquanto ele se afundava sobre mim.
Já fazia algum tempo sobre isso, mas não era algo que dizíamos um ao outro. Estávamos sobre limite, e eu sabia disso.
Sempre estivemos sobre o limite, era como éramos. Sempre ali um para o outro, mas ao mesmo tempo, com peso em nossas costas.
Damian estava presente em cada um dos meus jogos, torcendo e me enviando lindas flores a cada derrota ou vitória. Eu podia ver seu esforço até para pegar em minha mão.
Desde que as feridas de Damian haviam cicatrizado, ele não me deixava vê-las. Assim como eu podia notar a forma como ele evitava olhar seu próprio reflexo.
Ele odiava aquilo e eu sabia.
Odiava os traumas e os fardos que ele e sua família carregavam.
Eu sabia o peso que tudo aquilo tinha.
O herdeiro de Gotham carregava a cidade sobre suas costas, até mesmo sobre suas cicatrizes.
E eu me contentava em ser seu suporte, em me juntar a ele sobre esse peso.
Há quase um ano, desde o momento em que ele me tratou com arrogância assim que nos vimos no pequeno alojamento da universidade, eu sabia que aquilo seria algo. Mesmo que fosse um pouco de inconveniente.
Mas não sabia a proporção daquilo, o quão doente por ele, aqueles olhos verdes me deixariam.

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