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Quando o relógio marcou sete da noite pontualmente eu estava de volta ao hotel, trazia comigo algumas pastas para ler essa noite e alguns documentos para assinar

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Quando o relógio marcou sete da noite pontualmente eu estava de volta ao hotel, trazia comigo algumas pastas para ler essa noite e alguns documentos para assinar. Travei o carro antes de caminhar até o elevador e apertei o mesmo assustando-me quando o elevador de serviço se abriu e Lúcio saiu do mesmo carregando uma caixa.

- O que está fazendo? – perguntei surpreendendo-o e o mesmo deixou a caixa no chão.

- Boa noite senhor Styles, estou ajudando a senhorita Janet com a mudança. – sorriu. – Parece que ela encontrou um bom apartamento hoje, coincidentemente no mesmo prédio onde o senhor comprou um apartamento há duas semanas. – comentou aumentando seu sorriso.

- Que bom pra ela, mas ela realmente vai se mudar ainda hoje? Já está tarde. – suspirei incomodado.

- Sim senhor, não a moveis para levar então ofereci o carro para ajuda-la. – disse pegando novamente a caixa e assenti entrando no elevador apertando o andar da minha suíte.

Assim que cheguei ao andar entrei pela porta entreaberta da suíte e encontrei Janet na sala guardando alguns de seus livros que ela havia deixado na mesinha de volta á caixa.

- Boa noite. – murmurei tirando meu paletó e a mesma levantou a cabeça olhando para mim.

- Boa noite. – respondeu simples antes de se virar novamente para a caixa. Janet usava uma calça moletom e regata enquanto seu cabelo estava preso em um coque.

- Realmente vai se mudar a essa hora? Não acha melhor deixar para amanhã?

- Estou saindo do trabalho as seis todos os dias essa semana, se eu for esperar só poderei me mudar no fim de semana. – explicou ainda agachada no chão e me abaixei à frente da caixa encarando-a.

- Eu disse que não tinha pressa, você pode ir no fim de semana se quiser. – murmurei inquieto. A verdade é que eu sabia que provavelmente ela iria hoje, mas por algum motivo estava me sentindo ansioso ao vê-la ir embora, havia me acostumado a sua presença todos os dias, eu chegava as sete, tomava banho e então nos encontrávamos na cozinha para escolher o jantar eu estava acostumado a essa rotina agora.

- Eu achei um lugar que me permitiu me mudar hoje, é perfeito então não tem porque esperar. – sorriu fraco terminando de guardar seus livros e suspirei ajudando-a a fechar a caixa.

- Foi tão ruim assim? – perguntei impulsivamente quando nos levantamos e Janet me encarou confusa.

- O que?

- Morar comigo, foi tão ruim assim? – encarei seu rosto em silêncio observando cada uma de suas feições que passavam de surpresa para confusa em um curto período de tempo.

- Não. – disse quase em um sussurro. – Você inacreditavelmente foi o único que me ajudou quando precisei, mesmo contra a minha vontade me arrumou até um emprego. – sorriu desviando seu olhar do meu. – Mas... Não somos exatamente amigos não é? Acho que já está na hora de parar de incomodá-lo.

- É... Não somos amigos. – murmurei dando um passo para trás. Ela estava certa afinal, éramos praticamente estranhos, como inquilino e moradora, apenas isso. Não acredito que estava deixando minha mente ir tão longe com isso.

- Eu vou dar um jeito de te pagar futuramente, pela sua generosidade comigo e sua ajuda. – murmurou pegando a caixa com dificuldade e colocando sobre o sofá.

- Não precisa você me ajudou quando estava doente, deixamos isso por encerrado. – afirmei e Lúcio entrou na suíte para pegar a última caixa.

- Já está tudo pronto senhorita, só falta à última mala do quarto. – avisou pegando a caixa do sofá.

- Tudo bem Lúcio, eu desço com ela. – sorriu para meu motorista que apenas assentiu saindo novamente com a caixa. – Então... – sorriu suspirando. – Muito obrigada Harry, por tudo. – disse se aproximando um pouco mais e balancei a cabeça em afirmação.

- Foi... É... Tudo bem. – murmurei confuso e Janet sorriu.

- Tchau Harry. – se aproximou deixando um beijo em minha bochecha e instintivamente segurei em sua cintura a mantendo próxima a mim.

Seus olhos castanhos encararam os meus mais próximos e nunca me senti tão impulsivo quanto esse momento, podia sentir seu coração bater tão rápido quanto o meu e nossos narizes se tocaram.

- Harry. – seus lábios se moveram enquanto seus olhos confusos tentavam decifrar o que os meus lhe diziam, mas a verdade era que nem eu sabia o que estava fazendo nesse momento, eu apenas não queria que ela fosse embora.

Meus lábios rasparam contra os seus e meu rosto se aproximou ainda mais não restando nenhum espaço entre nós, nossos lábios se uniram com calma e delicadeza, pressionei meus lábios contra os seus capturando seu lábio inferior entre os meus, e logo sua mão tocou minha bochecha puxando meu rosto para mais perto.

Sua língua passeou por minha boca de encontro a minha e minha pele se arrepiou enquanto minhas mãos a seguravam com mais força, nossos lábios se esmagavam um contra o outro com certa urgência agora, sua boca chupou minha língua e me senti fraco e entorpecido pelo seu cheiro.

Apertei sua cintura e subi uma mão para segurar em sua nuca enquanto apenas nossas respirações fortes e os estalos em nosso beijo eram ouvidos pela suíte. Era como o paraíso, talvez o meu paraíso pessoal.

De repente sua mão abandonou meu rosto e ambas tocaram em meu peito empurrando-me um pouco para longe, nos encaramos ofegantes e confusos, seus lábios estavam avermelhados e inchado o que apenas me fazia querer prova-los novamente.

- Não. – Janet sussurrou recuperando seu fôlego. – Isso não pode acontecer. – afirmou pegando-me de surpresa.

- Eu... Me desculpe eu não queria—

- Não. – afirmou novamente interrompendo-me. – Você não pode fazer isso comigo Harry, você não é bom pra mim. – disse firme e um pouco mais alto fazendo-me dar um passo para trás. – Eu não sei o que você pensa que está fazendo, mas eu não serei mais um dos seus jogos egoístas.

- Janet. – chamei e a mesma negou.

- Eu não vou ver você novamente, nunca mais. – afirmou irritada e meu peito se apertou.

- Isso não é um jogo, eu apenas... Apenas me sinto assim sobre você, estranho e indeciso eu não sei explicar como me sinto. – confessei frustrado e Janet negou.

- Então esqueça isso Harry, o quanto antes apenas esqueça isso.

- Você não se sente da mesma maneira? – perguntei tentando me aproximar novamente e Janet negou se afastando.

- Como eu poderia sentir isso por você Harry? Você é uma pessoa cheia de ódio que não ama ninguém, como eu poderia me sentir assim? – gritou andando até seu quarto e saiu de lá puxando sua mala rapidamente. – Fique longe de mim, é isso que eu quero. – afirmou com os olhos tremendo em raiva e permaneci parado no mesmo lugar.

- Janet. – chamei em um fio de voz tentando assimilar tudo o que havia acabado de acontecer.

- Eu sou grata por tudo que fez por mim, mas é aí que acaba o meu sentimento por você. – disse firmei parando próximo à porta. – Olha para você Harry. – apontou. – Como eu poderia amá-lo? – perguntou quase em um sussurro fechando a porta antes que eu pudesse pensar em respondê-la.

Talvez fosse isso afinal, eu era uma pessoa que não merecia o amor.

Meu pai criou dois filhos que nem eram realmente seus com amor e carinho por todos esses anos, Janet amou por anos alguém que nem ao menos a merecia, e nenhum dos dois poderia me amar, então era isso.

Eu era uma pessoa que não merecia o amor.

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Ah... o sofrido primeiro amor da nossa criança grande 

Returns h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora