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Laboratorio nacional de Hawkins

29 de agosto de 1979 - 10 dias antes do ataque

A El conseguiu. Já não havia nada que me impedisse de usar o meu poder. Podia controlar a mente de qualquer pessoa. Do Peter.

Ela parecia assustada. Temia que eu lhe fizesse mal. Claro que eu não seria capaz de lhe tocar.

- promete que não contas a ninguém que fui eu. Principalmente ao Peter. - pediu

Sorri como resposta e levantei-me. Não queria perder tempo, mas também não sabia ao certo o que ia fazer. Podia entrar na mente do Peter, mas também podia entrar na mente do pai e fazê-lo libertar-me a mim e aos outros.

Quando entrei na sala de treinamento o pai esperava me e o Peter estava do seu lado, confiante.

- Chegaste, ainda bem. Temos de treinar os teus poderes. Testá-los até ao limite. Da última vez correu mal, mas estou confiante de que vais conseguir desta vez.

Com correr mal, o pai queria dizer que precisou de me castigar porque eu não consegui fazer o que ele queria.

- Quero que vejas o que a número onze está a fazer. Quero que descrevas o que ela sente e o que ela pensa.

Concordei com ele, mas não fiz o que ele pediu. Em vez de entrar na mente da El entrei na dele. Agora que estava livre podia manipular os seus pensamentos.

- Peter, podes continuar com a sessão. Não me estou a sentir muito bem e vou dormir. - disse o pai, fazendo o que eu mandei e saindo da sala

O Peter olhava-me com ódio. Percebeu o que eu fiz.

Sorri para ele e entrei na sua cabeça. Podia sentir tudo que ele sabia e podia ouvir os seus pensamentos. Era perturbador.

"Vou matar-te. Sabes que sou capaz. Não vale a pena tentares. Não consegues vencer-me!"

O seu cérebro gritava, mas ele não se mexia.

- Ainda achas que és tu que mandas? - perguntei-lhe num sussurro

Ele não se mexeu. Não permitia que ele fizesse. Mas o seu cérebro respondia.

"Ainda não percebeste. Quem manda ainda sou eu. Tu não tens coragem de fazer nada. Tens medo.
E eu tenho te na mão."

Ele tinha razão, eu não tinha coragem de lhe fazer nada, mas não admitiria em voz alta.

Saí da sua mente e ele não perdeu tempo e empurrou-me contra a parede.

- Vais parar com isso agora. Isto não é uma brincadeira! - disse e apertou o meu pescoço

Sorri, sem me soltar. Ele parecia cada vez mais irritado. Ele sabia que eu poderia entrar na sua cabeça a qualquer momento. Ele não tinha nenhum poder.

- Tens medo de que eu arruine o teu plano. Seria vergonhoso ser derrotado por uma cópia. Quer dizer, tu és o tão poderoso número um e mesmo assim estás nas minhas mãos? Que triste.

Sorri e ele apertou ainda mais o meu pescoço, fazendo-me parar de respirar.
Tentei entrar na sua cabeça, mas não conseguia concentrar-me enquanto ele me magoava.

- Peter! - sussurrei sem ar

Ele percebeu que se não parasse eu morreria e soltou-me. Levei as mãos ao pescoço e olhei-o nos olhos. Ele parecia assustado, mas não arrependido.

- Podias ter-me matado! - gritei e empurrei-o

Ele não se mexeu. A minha altura comparada a sua era ridícula.
Bati no seu peito.

- Não deixaria que morresses. Seria patético. - disse

Podia sentir lágrimas nos olhos, mas lutei para que elas não caíssem. Não ia deixar que ele me fizesse chorar.

- Não acredito em ti. És incapaz de ser humano!

- Não. Claro que não sou capaz de ser humano! Humanos são inúteis. Eu... nós somos superiores. - gritou

Não consegui controlar as lágrimas. Sentia-me fraca. Humana.

- Talvez, mas ser humano é mais do que ser inferior a nós. Pelo menos eles não são monstros como tu! - gritei de volta

Tudo que pude sentir foram os seus lábios contra os meus. Não esperava que ele o fizesse. Achava que ele me mataria ali, não que me beijasse.
As suas mãos agarraram a minha cintura e encostaram o meu corpo ao seu.

- Nunca mais grites comigo. E não me chames monstro. - sussurrou enquanto beijava o meu pescoço

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Cara de quem vai manipular até ao final

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Cara de quem vai manipular até ao final

Let me go | 001Onde histórias criam vida. Descubra agora