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Daniele

Eu mal conseguia encara-lo. Era demais pra mim tudo aquilo e eu estava segurando o máximo possível para não chorar. Sérgio estava adorando tudo aquilo, parece até que ele se alimenta da desgraça e destruição alheia, ele era um babaca. 

- Não estamos em um filme de romance Gabriel. - Falei. - Apenas nos deixe ser feliz. 

- Ser feliz? Só pode estar de brincadeira né? Cadê a câmera? - Gargalhou.

- Não estou achando a menor graça. - Disse o mister. - Quero que tudo fique bem claro aqui nesta sala, para que quando saias não aconteça novamente, ou terei que tomar medidas extremas. 

Gabriel que antes estava rindo, agora se encontrava sério e encarava Sérgio com se fosse mata-lo naquele momento. Depois virou seu olhar para mim que imediatamente olhei para qualquer outro lugar que não fosse ele. 

- Ok. - disse calmo. - Não acontecerá novamente, estou tirando meu time de campo agora. 

Gabriel havia mudado completamente sua personalidade, o jeito que soltou aquela frase me parecia muito estranho. 

- Ótimo. - Sérgio disse. 

- Que bom então! Podemos viver em clima pacífico para o bem do time. 

Todos concordamos. 

Na saída para ir até o estacionamento Gabriel colocou o boné e seguiu até seu carro, não disse ou fez absolutamente nada. 

Eu obrigatoriamente, tinha que ir para minha sala buscar uns exames, então desviei de Sérgio e entrei na minha sala. 

- Fugindo? - Ele entrou de supetão. 

- Pra onde? debaixo da arquibancada? 

- Engraçadinha. - sorriu. - Podemos jantar hoje? 

Passei a mão em meu rosto tentando me conter para não socar a cara dele. 

- Olha só, já fiz a minha parte, agora me deixa em paz!

- Calma, é só um jantar, não um pedido de casamento. - levantou as mão em rendição. - A não se que você queira se casar comigo. 

revirei os olhos. 

- Ok, entendi. - sorriu. - Se mudar de ideia, estarei no hotel até amanhã a noite.

Ele saiu. 

[...]

Estava deitada na cama quando escutei uma voz familiar vindo da sala. 

era ele. 

Virei pro outro lado na esperança de estar com sono e dormir profundamente pra não escutar sua voz, mas eu não estava com sono suficiente para isso. 

Ouvi batidas na porta e então me levantei para atender. Era a Marilia.

- Gabriel está lá embaixo. 

- Que bom, hoje eu não desço. 

- Para de ser idiota! - me deu um tapinha na cabeça. - Ele está com um cara péssima. 

- Eu sei. - abaixei o olhar. 

- O Reguilon desistiu mesmo de te levar pra Madri a força? 

- Sim, mas ainda insiste em ficar comigo. 

Revirou os olhos. 

Ouvi como que por instinto uma voz feminina vindo sala. 

- Chamou alguém além do Gabriel pra vir aqui? 

É você - Gabigol - Ainda te amo?Onde histórias criam vida. Descubra agora