É você - Gabigol - Ainda te amo?

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aproveitem a maratona!!

Daniele 

- Mas por que ele disse isso? - Marilia segurava meu celular com a ultima conversa que tipo com Gabriel. 

- Sei lá. - Olhei murcha para minha amiga. 

- Amiga, pelo amor de Deus, esse homem é louco por você acorda!

- Não é nada. - franzi a testa. - Ele já está até em outra. 

Marilia revirou os olhos. 

- Se arruma. - Levantou da cama. - hoje é dia de vitrinni. 

- Não! Hoje é dia de passar a noite assistindo Stranger Things. 

- Oxi mulher, levanta esse rabetão da cama e lets.

- Que vocabulário é esse Marilia?

- Cala a boca e se veste. 

[...]

Era estranho estar na Vitrinni sem o Gabriel. Mesmo que separados, a presença dele estava fazendo falta. 

- Que cara de cu é essa? - Perguntou Gizellen

- Nada, só estou um pouco enjoada. 

- Cara, você está tão magrinha, que as vezes eu esqueço que você tá grávida.

- três meses e nenhuma barriga, eu terceiro mês parecia um baiacu.

todas rimos. 

Encostei na sacada do camarote para ver melhor a multidão do pessoal na pista. De lei minha coca bem gelada na mão e uma água com gás me esperando no balde para combater minha azia. 

De repente, senti um líquido escorrendo pelas minhas pernas. Não era xixi, por que eu não estava com nem um pouco de vontade, também não era bolsa estourando, já que eu ainda estava com três meses. Coloquei a mão no líquido que pelo aspecto não parecia nem um pouco com xixi. Assim que trouxe para minha visão, eu não pude acreditar, era sangue. 

Me faltou ar e minhas pernas ficaram fracas. E como já era meu esporte favorito, eu desmaiei. 

Acordei no hospital. Marilia estava na poltrona mexendo no celular e tinha uma bolsa de soro em um acesso na minha veia. 

- O que aconteceu? 

- Graças a Deus você acordou. - Disse alegre. - Como você tá? 

- Confusa. O que foi que me trouxe pro hospital? 

Marilia respirou fundo. 

- amiga, eu...- ela foi interrompida pelo médico.

- Boa noite, Daniele não é? 

concordei. 

- Boa noite Dr.

- Então vamos recapitular... - ele pegou a prancheta nas mãos. - Você estava grávida de 13 semanas, não é? 

Concordei. 

- Mas por que ''estava''?

meu coração já estava começando a acelerar.

- Sentiu cólicas, contração, algo anormal para essa idade gestacional? 

- não. 

- Caiu? 

- Então, acontece que você teve um aborto espontâneo. 

Apertei meus olhos na esperança de ser apenas um pesadelo. 

- Você chegou aqui desmaiada. Sua amiga me passou as informações e me informou sobre o ocorrida na emergência. Imediatamente providenciamos uma ultrassom para escutar o coração do feto e infelizmente não detectamos movimentos ativos e nem batimentos cardíacos. Você direcionada a uma sala especial para que fizéssemos a curetagem. O procedimento foi um sucesso, não há mais vestígios embrionários em seu útero e foi possível observar que o motivo do aborto não foi infertilidade. 

Eu olhava em choque para o médico. Não conseguia esboçar reação e nem dizer uma palavra. 

- Sugiro que faça um pequeno resguardo durante 30 dias e beba bastante líquidos, se alimente bem e não pegue peso. Assim que os trinta dias passar e você se sentir totalmente recuperada, poderá tentar novamente, lamento sua perda. 

Ele me entregou alguns papeis e saiu.