#destinopostal
Park Jimin
Geralmente eu espero meu padrasto sair, para evitar alguns casos. Mas, dessa vez, foi diferente. Minha mãe me acordou com aquele sorriso doce e o selar carinhoso em minha testa, nem tanto costumeiro por mim. Não pude conter o quanto me senti feliz com aquilo, me senti amado e mesmo sonolento, sorri para a mesma. Meu sorriso não durou tanto em meus lábios quando ouvi a mesma dizer algo que, agora que me lembro, me arrepiou por inteiro.
ㅡ Se arrume, meu bem! O Yejun vai levar você para escola.
ㅡ O que? Não precisa.
ㅡ Por favor, sim? Só para termos um café em família. Vocês dois sempre saem e me deixam aqui sozinha...
Não somos uma família. De fato, pensei em citar isso. Mas, isso a chateia e eu detesto vê-la chateada, principalmente quando o assunto é o seu marido nojento.
ㅡ Claro, sem problemas.
Com problemas. E muitos.
ㅡ Deixe de preguiça e saia logo dessa cama.
ㅡ Já estou indo, mamãe.
Me levantei cambaleando, aquelas garrafas de soju me baqueiam sempre, eu realmente sou fraco para bebidas. Fechei a porta do banheiro, me escorando na mesma. Há essa altura, minha mãe havia fechado a porta do meu quarto também. Suspirei cansado, inquieto e ansioso.
Encarei meu rosto amassado no espelho e tentei arrumar meus fios escuros.
ㅡ Céus, parece que levei um choque. ㅡ Arregalou as orbes. ㅡ As vezes queria dizer a ela que aquele homem é nojento.
Tirei meu pijama e encarei minha barriga, meu rosto, meus braços.
ㅡ Engordei de novo.
Me auto repreendi e entrei no box, sentindo a água fria molhando minha pele clara. Lavei meus cabelos, esfreguei minhas coxas encarando as cicatrizes que ali haviam. Escovei os dentes, e fechei a torneira.
Saí do banho e logo fui a briga de todas as manhãs.
ㅡ O que eu visto?
Optando por algo mais confortável, peguei uma calça moletom e uma blusa que com certeza cabia dois de mim.
Abri a porta do quarto, finalmente indo ao encontro das escadas. Escutei barulhos dos talheres e a risada de minha mãe.
ㅡ Agora sim! Bom dia, meu filho! Fiz seu lanche.
ㅡ Oh
Apenas isso sai da minha boca ao ver a lancheira que a mesma carregava.
ㅡ Eu não tenho mais oito anos, mãe...
ㅡ Eu sei disso, meu pequeno. Mas, fiz sua comida favorita! Quero você se alimentando forte, meu bolinho de arroz.
Bolinho de arroz? Há décadas não escuto esse apelido. O que deu em Park Minji hoje?
ㅡ Tudo bem, obri-
Minha fala é tomada quando sinto o alfa se aproximar do ressinto.
ㅡ Bom dia, meus amores.
Sua voz me enoja.
ㅡ Bom dia. ㅡ Ditou simples. ㅡ
ㅡ O que temos para o café hoje, meu amor?
Revirei os olhos.
ㅡ Panquecas.
ㅡ Minhas favoritas. ㅡ Se sentou em um dos bancos do balcão.
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Querido Ninguém [Concluída]
FanfictionNum cenário de tédio, Jimin encontra solace na escrita de cartas aleatórias, despejando seus pensamentos e emoções. Contudo, o curso de sua vida se transforma drasticamente quando uma dessas cartas é inadvertidamente aberta, revelando seus sentiment...