⚜Capítulo 12⚜

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  Capítulo 12: Sempre soube que te amava

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Capítulo 12: Sempre soube que te amava.

 
     Quando Yibo desembarcou no aeroporto de Gusulan não esperava ver Haikuan lá lhe esperando. Apenas tinha dito ao amigo que horas retornava porque ele estava lhe enchendo a paciência sobre o motivo da viagem inesperada. Ele melhor do que ninguém sabia como o agente odiava coisas de última hora.
 
     – Parece um Dejá Vu de semanas atrás. – O agente comentou ao ver o amigo encostado no carro.
 
    — Só queria ter a certeza de que você realmente voltaria. – comentou o historiador.
 
     — Já te disse que as vezes você parece um idiota?  
 
     — Já, mas eu prefiro ignorar. Então vai me dizer o que foi fazer em Měirényú? – perguntou enquanto os dois entravam no carro.
 
     — Você conhece essa cidade?
 
      — É óbvio. A alguns anos atrás estive lá para fazer uma pesquisa, a cidade antigamente se chamava...
 
      — Qishan. – Yibo completou.
 
      — É, você ainda não me disse o que foi fazer lá. É sobre o caso em que você está trabalhando atualmente?
 
       — É algo pessoal. Quando eu tiver alguma resposta te digo.
 
       — Então, isso não tem nada a ver com o príncipe Lan Wangji? 
 
Yibo virou sua cabeça de maneira rápida em direção ao amigo surpreso com suas palavras.
 
       — O que você disse?
 
       — Quando eu estive lá também  foi a trabalho. Eu estava pesquisando sobre morte do príncipe e encontrei fatos interessantes. Sem contar que minha viagem a capital recentemente também teve o mesmo propósito.
 
        — Porque não me disse?
 
        — Você estava muito ocupado e além disso, você não é a pessoa mais aberta para suposições sem provas. Então, não  achei que fosse necessário relatar.
 
       — Talvez eu esteja começando a rever meus conceitos, e antes que se anime, eu disse que talvez.
 
      Haikuan riu, sabia que o amigo era cabeça dura e achou melhor não pressionar. Ele melhor do que ninguém entendia que as coisas estavam um tanto confusas naquele momento. O alfa ainda processava suas descobertas na capital, como a pintura dos jovens príncipes eram cópias exatas suas naquela mesma idade. O alfa deixou o agente em seu apartamento, como já era noite ele preferiu não estender a visita. Porém, acabou esbarrando com o casal Meng que parecia chegar de um passeio.
 
      Yibo apresentou-os a Haikuan, o historiador em dois minutos de conversa se sentiu animado com a especialidade da terapeuta, e Yibo agradeceu por ela ser discreta e não comentar sobre a consulta que teriam no dia seguinte. Haikuan despediu-se de todos prometendo uma visita em breve ao consultório da terapeuta.
 
     Quando o agente já estava no elevador indo para seu andar acompanhado do casal, ele quis perguntar algo.
 
       — Sra. Meng?
 
       — Sim, agente.
 
        — A senhora já foi a Měirényú?  – ele perguntou e a mulher pareceu surpresa com aquela pergunta.
 
       — Eu nasci lá, mas  não tenho nenhuma lembrança de fato pois quando eu tinha apenas dois anos meus pais se mudaram para GusuLan, mas eu nasci naquela cidade. Porque?
 
       — Eu acabo de vir de lá, foi a minha primeira vez indo até aquela cidade. E como ela não fica muito longe daqui achei que fosse comum que as pessoas de Gusu a visitassem com frequência. – tentou parecer indiferente. Imaginou que talvez a Sra. Bai que ele “conheceu” por lá fosse uma parente distante.
 
       Logo o elevador se abriu e cada um seguiu para seu apartamento. Yibo repassava em sua mente todos os acontecimentos daqueles dois dias que esteve em Měirényú. Ele já não tinha mais como negar que suas visões significavam alguma coisa, que Xiao Zhan tinha alguma coisa a ver com elas também e talvez fosse a parte mais importante delas.
 
     Precisava analisar com cuidado sobre o que faria a seguir. Ele pegou algumas folhas  em branco e espalhou pelo chão, em cada uma delas ele anotou dados das coisas que haviam acontecido com ele desde que chegou a Gusu.
 
    Ele começou anotando sobre sonhos com a sereia, depois como todos os episódios que teve uma visão seja acordado ou dormindo Que Xiao Zhan estavam nele. Pouco a pouco ele começou  a traçar um perfil dele mesmo com as coisas que lhe aconteceram. Cercam de duas horas depois ele estava de pé olhando as folhas dispersas no chão. Os nomes de Haikuan, Xiao Zhan, Haoxuan,  Bowen e Sra. Meng foram os que mais se repetiram.
 
     Ele ficou imaginando a ligação que eles tinham com suas visões. Foram Haikuan, todos os outros ele só havia  conhecido em GusuLan, ou seja, apenas a poucas semanas atrás. Com Xiao Zhan estava claro que a ligação que eles tinham era romântica, a menina como o dono do restaurante falava deixava claro que eles foram um casal, bastava saber quando e onde. Esperava que a consulta com a sra. Meng no dia seguinte pudesse lhe dar algumas respostas pois naquele momento ele se sentia mais perdido do que nunca. Achou melhor ir dormir e descansar a mente, sabia que não encontraria nada naquelas folhas.
      
...
 
    No dia seguinte quando já estava na delegacia com Haoxuan e Bowen, ele esperava que Jiyang tivesse alguma notícia.
 
       — Vamos lá, Yubin. Acho que você está perdendo a sua habilidade. Talvez eu devesse ter contratado aquele seu amigo, como era mesmo o nome dele? Pong... Long...
 
      — Kong. Qual é chefinho, você me mandou procurar uma agulha num palheiro. E o Kong jamais faria o que eu faço. —  os três alfas estavam com o telefone no viva-voz  enquanto Yibo pressionava seu companheiro de time.
 
       — Você ainda não me deu nenhuma boa notícia.
 
       — Calma, chefinho. Eu estou quase lá. –  o barulho do teclado de Yubin  era ouvido facilmente pelos outros três. Ele digitava numa velocidade que faria qualquer pessoa normal se irritar.
 
       — Ainda estou esperando. – Yibo anuncia girando a caneta impaciente entre os dedos.
 
       —  Há quartoze registros de Ômegas desaparecidos com as características que você me deu.
 
        — Exclua casados, universitários e que tenham filhos.
 
       —  Só um minuto.
 
       — Sessenta, cinquenta e nove, cinquenta e oito...
 
        — Você já foi mais paciente, chefinho.
 
        — Quarenta e cinco,  quarenta e quatro, quarenta e três....
 
        — Consegui, agora só temos seis registros.
 
        — Exclua maiores de trinta anos.
 
Yubin estava concentrado na sua tarefa e sabia que Yibo o pressionará mais e mais. Ele gostava dessa adrenalina, e conhecia bem a inteligência do chefe. Confiava cegamente nos comandos de Yibo.
 
        — Três registros. Dois estudantes que abandonaram a escola e um trabalhava em casa.
 
        — Foco nos dois estudantes. O que sabe sobre eles?
 
        — Guang Shi, dezenove anos, histórico de fugas e os pais deram queixa quatro meses depois do desaparecimento.
 
         — E o outro?
 
         — Só um segundo....achei. Dado como desaparecido duas semanas depois do desaparecimento. Shan Huan, vinte e dois anos, uma detenção por porte de drogas quando ainda era adolescente, pais divorciados.
 
        — É esse. Achamos nosso Paciente Zero. De onde é a família? – Yibo agora tinha os dois braços apoiados na mesa  em cada lado do telefone, e Haoxuan e Bowen já começavam a fazer suas anotações.
 
        — QinheNie.
 
        — Mande Cao Yuchen falar com a família e descobrir mais sobre o desaparecimento. E não esqueça de coletar DNA para testar com a nossa vítima, dessa vez quero que você vá com ele, verifique celular e computadores se ele tiver, em casos assim os pais costumam deixar as coisas dos filhos intactas  para quando retornarem.
 
        – Pode deixar, chefinho. Mais alguma coisa?
 
        — Tem sim.
 
        — Meus olhos,  ouvidos e dedos são todos seus.
 
        — Você mandou bem, Yubin. E se quiser saber, eu Jamais trocaria você por um nerd qualquer.
 
        — Pode repetir isso, chefinho? Quero gravar como toque do celular?
 
       — Adeus, Yubin. – Yibo desliga em seguida.
 
     Logo os três alfas concluíram mais um dia de trabalho. Eles sentiam que estavam próximo de pegar o assassino, sabiam que o celular da última vítima já estava sendo analisado pela equipe de Yibo e só levaria poucos dias para recuperarem todos os dados. E sobre a vítima desconhecida da cidade vizinha poderia avançar ainda mais as investigações nas próximas horas. Cao Yuchen era um agente experiente e logo daria notícias para Yibo.
 
      — Agente Yibo, gostaria de jantar em nossa casa hoje? – Bowen pergunta. — Bom, é que é nosso aniversário de casamento e vamos receber alguns amigos... – o alfa começou um pouco sem jeito.
 
      — Claro. Me mandem o endereço por mensagem e desde já, meus parabéns.
 
      — Obrigado. – Haoxuan agradece. Aquela seria a primeira vez que alguém do trabalho deles iria a casa dos dois. Haviam uma certa incerteza,  mas de alguma maneira eles confiavam no agente quanto a sua privacidade.
 
        Como era horário de almoço, logo o casal se despediu do agente pois ainda teriam que ir  comprar algumas coisas que seriam usados no jantar logo mais. Yibo, depois de recolher suas coisas pensou em ir almoçar no restaurante de Xiao Zhan.
 
     Porém o destino tem jeitos diferentes de nos surpreender.  Assim que saiu pela porta da delegacia encontrou com o rapaz passando por ali, ele carregava dois arranjos de flores com ele.
 
      — Que surpresa. – Yibo diz assim que se aproxima dele e Wei Ying  que estava distraído olhando para as flores só percebeu o alfa quando já estava trombando  no peito dele.   
 
      — Wang... Yibo.
 
      — Devia olhar para a rua e não para o chão quando se estar andando. – ele diz de maneira divertida.
 
      — Só estava admirando as flores por alguns segundos. Indo almoçar? 
 
      — Sim, estava indo até seu restaurante. 
 
     — Eu te acompanho. — Eles caminharam pela calçada enquanto seguiam Para o restaurante de Wei Ying.
 
      O rapaz não podia negar que sentia seu coração se aquecer sempre que encontrava com ele.
 
      — Belas flores. – Yibo disse e Wei Ying quase sorriu imaginando que  o alfa estivesse com ciúmes.
 
     — Estas são minhas. – ele levanta o arranjo com rosas amarelas. E estas são para dois amigos que estão fazendo aniversário de casamento hoje.– Ele aponta para o vaso com uma orquídea.
 
     — Você também vai ao jantar na casa de Bowen e Haoxuan?  – perguntou surpreso.
 
 
    — Sim, eles me convidaram.
 
    – Você  vai acompanhado? Quero dizer, você vai com quem?
 
    — De táxi. – disse segurando o riso.
 
    — Tem um assassino à solta nesta cidade e você vai ficar andando por aí sozinho a noite?
 
    — Meu filho vai sair para tomar um sorvete com o namorado e minha filha acha que isso é programa de gente velha. – o alfa rir ouvindo aquilo.
 
     — Eu posso vir te buscar se quiser.
 
     — Eu adoraria, espero não atrapalhar você.
 
     — Você nunca atrapalharia.
 
 Ao chegarem  no restaurante, Yibo abriu a porta para o rapaz entrar. Como o lugar estava lotado já que era hora de pico, ele sentou-se perto mais próximo das janelas laterais. Wei Ying  fez questão de atende-lo, desde atender ao seu pedido até fazer sua comida. Os olhares entre eles deixava claro que algum clima estava rolando ali.
 
       — Hey, chefinho? Conseguiu um admirador bonitão. –Ji Li  comenta. — Se você não quiser, me avisa que eu levo ele pra minha casa e cuido direitinho.
 
   Wei Ying  mostrou os dentes para o rapaz que rapidamente levantou os braços em rendição e rindo dele.
 
      — Tire seus olhos dele.
 
      — Calma, eu só estava brincando. – disse contendo a risada. — Está bem na cara que vocês estão tendo alguma coisa. Você olha para ele como se ele fosse a joia mais preciosa e ele vira para cá a cada cinco minutos e disfarça quando percebe que estamos observando.
 
      — Bobo. Volte ao trabalho.
 
 De longe Wei Ying  admirava Yibo aproveitando sua comida. Era muito satisfatório para ele ver aquilo, por meses Wangji o alimentou e cuidou dele com todo amor e carinho, e poder retribuir aquilo era importante para ele.
 
     Enquanto almoçava, Yibo ligou para Sra. Meng desmarcando a consulta daquele dia e trocando para o dia seguinte. Ele não esperava que fosse convidado para um jantar e achou melhor deixar aquilo para outra hora, já que não sabia como ele ficaria depois da tal sessão.
 
     Depois que terminou de almoçar ele foi até o caixa para pagar a conta, mas foi informado que Xiao Zhan não permitiu que ele pagasse pela refeição. O alfa insistiu, porém os atendentes se mantiveram firmes. Vendo que não conseguiria nada ali ele foi até o apartamento de rapaz já que  como não o via pelo restaurante acreditou que ele estivesse na sua casa.
 
     Ele tocou a campainha e logo Xiao Zhan apareceu, ele usava um roupão e seus cabelos estavam molhados, indicando que ele acabara de sair do banho. Foi inevitável para Yibo não esquadrinhar aquele corpo extremamente sexy diante de si, algo que não incomodou em nada Xiao Zhan.
 
     — Você não me deixou pagar pelo almoço. – ele disse encarando a gotícula de água que deixava seu pescoço  até se perder no vão do decote do roupão.
 
     — Você me deixaria pagar pela carona?
 
     — Não.
 
     — Então estamos quites.
 
Antes que Yibo pudesse dizer mais alguma coisa, Ji Li apareceu ali para entregar o celular que Xiao Zhan que ele havia esquecido no restaurante. Automaticamente o alfa se colocou na do rapaz impedindo que Ji Li visse que ele estavam sem roupas, Wei Ying  segurava-se para não rir, seu Wangji ainda era o mesmo alfa ciumento de antes mesmo que não lembrasse disso ainda.
 
     O jovem beta deixou os dois e voltou para o restaurante escondendo o próprio sorriso.
 
      — Acho que você não precisa se preocupar com Ji Li, ele é um beta. – Wei Ying  disse rindo e só então Yibo percebeu que seus feromônios estavam afastando os outros.
 
      — Eu... eu... te pego mais tarde. – o alfa estava de saída e Wei Ying  segurou sua mão, foi até ele o beijando em seguida. Yibo não esperava, mas não perdeu tempo em retribuir, suas mãos rapidamente foram para a nuca de Wei Ying  adentrando entre seus cabelos úmidos.
 
     O peito de Yibo subia e descia intensamente, quando se separaram havia fogo e desejo entre eles.
     — Acho melhor eu ir embora, ainda preciso voltar para a delegacia. – disse ainda sentindo o hálito quente de Wei Ying próximo do seu.
 
     — Te vejo mais tarde. 
 
     — Sim.
 
Com muita dificuldade os dois se afastam e o alfa sai dali.
     O dia correu de maneira bem estressante para Yibo, o alfa teve em contato com várias delegacias  buscando crimes semelhantes  nas cidades vizinhas à GusuLan.  Até pensou em cancelar a sua ida ao jantar do casal de alfas, mas lembrou que veria Xiao Zhan logo mais e não queria perde a chance vê-lo novamente. Depois que foi para casa escolheu uma roupa simples e quase se arrependeu de ter levado tão poucas roupas para aquela viagem, escolheu um conjunto básico de roupas escuras e tênis.  No caminho da delegacia até sua casa havia comprado uma garrafa  de vinho para levar como presente ao casal de amigos e depois foi buscar Xiao Zhan.
 
        O rapaz como era de se esperar, o aguardava na frente do restaurante. Ele usava uma saia longa, com uma blusa preta com uma leve transparência e um blazer por cima. Seus cabelos estavam soltos deixando com leves ondas naturais o que fez o alfa perder algumas batidas do seu coração.
 

Bu Wang ( Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora