Capítulo 15

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A chuva havia virado uma tempestade, com trovões ressoando alto, mesmo com elas debaixo da terra

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A chuva havia virado uma tempestade, com trovões ressoando alto, mesmo com elas debaixo da terra. Uma hora havia se passado e nada de Lorenzo retornar, Yuna cochilava na poltrona, Luiza ainda choramingava baixinho, deitada com a cabeça no colo de Yara, Gaby estava sentada na outra poltrona, o corpo empertigado analisando a porta, a espera de qualquer movimentação humana.

— Preciso ir ao banheiro — Gabriela disse ao se levantar, Yara foi a única que interagiu com um simples aceno de cabeça, então a loira voltou ao corredor, abriu a primeira porta, era um depósito com baldes, vassouras, rodos, tapetes e mais algumas bugigangas que Gaby não conseguiu decifrar, o que Giovanni estava pensando, que aconteceria um apocalipse zumbi? Ela sorriu.

A porta oposta era um quarto, no mesmo tamanho, tinha dois beliches e dois armários pequenos, caminhou de novo pelo corredor, encontrou mais um quarto, exatamente como o anterior, até que achou o banheiro, tinha quatro cabines e duas pias, ela fez sua necessidade o mais rápido que pôde, lavou o rosto e voltou a fazer o reconhecimento do local, antes que Enzo voltasse, abriu a porta oposta a do toalete e tateou a parede a procura do interruptor, era um mini escritório, com uma escrivaninha, computador, cadeira, cabos de internet, uma poltrona e uma estante com poucos livros, ela apurou tudo detalhadamente... pistas, precisava de pistas!

— Vamos ver o que você tem aqui — Falou ao sentar em frente ao notebook, o aparelho era protegido com senha, ela bufou irritada, mas mesmo indignada tentou as senhas mais padrões e óbvias possíveis. — Merda Lorenzo! — Xingou ao fechar a tampa do aparelho com força.

— O que está fazendo aqui? — O garoto questionou, a jovem se assustou. Ele aproximou-se, estava completamente encharcado, havia tirado a capa, e suas vestimentas pretas lhe agarravam ao corpo, Gabriela forçou os olhos a ficarem no rosto dele.

— Nada — Ela se levantou rapidamente. — E caio?

— Tive que insistir para ele ir embora, disse ser uma brincadeira com alguns amigos da escola, acredito que ele desconfiou um pouco, mas foi embora pelo menos.

A cacheada assentiu.

— E como podemos sair daqui?

— Ainda não podem — Indicou para que ela saísse do cômodo e, quando ela o fez, trancou a porta, Gaby o fitou interessada, algo de importante tinha lá dentro e, ela iria descobrir. — Estão procurando vocês ainda, pegaram alguns carros, é muito perigoso sair agora — Eles chegaram na sala.

— Vamos embora? — Luiza indagou ao sentar-se, a face se contorceu numa careta de dor. — Estou morrendo, não posso ficar mais um segundo aqui!

Gabriela e Lorenzo rolaram os olhos.

— Não podem, estão fazendo uma varredura pela fazenda toda — Lorenzo sentou na ponta do sofá e meneou a cabeça para Yara. — Pensei que fosse mais inteligente.

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