[Chrissy Cunningham x Eddie Munson]
A garota perfeita e o metaleiro desajustado. É verdade quando dizem que os opostos se atraem, mas tem algo mais a ser acrescentado neste ditado: os opostos se completam.
Essa é uma história na qual Chrissy Cun...
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Chrissy ficou boa parte do caminho calada, sem saber pra onde estavam indo, fitando a janela, e até aliviada pois prefere qualquer coisa a ter que voltar pra casa ou ter uma noite de insônia repleta de pesadelos.
Eddie também dirigiu calado, engolindo em seco de vez em quando, se perguntando se dava meia volta com o volante e a deixava em casa, se arrependendo, sem saber o que deu na cabeça dele para estar fazendo isso.
Chrissy notou ele meio calado, meio estranho, afinal Eddie costuma ser falante, engraçadinho ou irônico, exagerado, muito expressivo e performático na maior parte do tempo, fruto de sua personalidade ENTP.
Ela também está receosa e meio surpresa com tudo que está acontecendo. Não sabe porque aceitou, ou melhor, porque pediu pra ele sair com ela. Se sente tão sozinha e ele foi tão gentil quando ninguém mais é, que ela se sentiu...confortável ao lado dele. A última pessoa no mundo que ela achou que se sentiria confortável ao lado.
Os dois estão, pois nunca esperaram ter a companhia um do outro. Eddie jamais imaginou algo assim acontecendo. Personalidades e vidas tão diferentes, não tem como isso funcionar, eles não sabem nem como manter conversa um com outro.
Eddie decidiu continuar dirigindo, ainda preocupado e sentindo pena da garota olhando pela janela. Ele olhava de relance para ela de vez em quando, notava ela com as mãos em cima das pernas e a cabeça na janela, pegando vento nos cabelos, como se aquilo fosse libertador. E então ele desviava o olhar segundos depois.
Chrissy também olhava pra ele de relance de vez em quando, notando ele pensativo, dirigindo com só uma mão e a outra apoiada hora na perna e hora escorada entre o queixo e a boca, e então ela desviava também.
Eddie ligou o som, cansado daquele silêncio constrangedor e a rádio local tocava o solo de Detroit Rock City, ele deixou no menor volume possível e viu Chrissy movendo lentamente a cabeça ao ritmo da música enquanto olhava pela paisagem. Ele sorriu baixo com isso.
Os dois continuaram calados durante todo o caminho. Os dois receosos. Os dois confusos. Os dois franzindo o cenho de vez em quando meio perdidos com a companhia nada costumeira um do outro.
- É aqui - ele parou o carro no estacionamento e Chrissy reconheceu o lugar na hora. Ela fez uma careta, como Eddie esperava que ela fizesse.
- É só que...é muito cheio - o medo de ser vista com ele.
- Não é não. Quer dizer, sim, é muito cheio, mas não agora - ele fitou o relógio marcando 22h20 da noite - Fechou há vinte minutos atrás - afinal, estavam em dia de semana e o boliche fechava cedo.
- E como nós vamos entrar se está fechad...- ela desistiu de ter a resposta e sentiu o coração batendo acelerado quando percebeu que iam invadir ao ver a naturalidade com a qual Eddie desceu do carro no estacionamento vazio. Chrissy sempre tão certinha nunca fez nada do tipo e tem medo de rebeldias assim, principalmente porque se ela sair no jornal ou manchar o nome da família sua mãe a mata e a família de Jason vai a odiar também.
