Você se lembra de mim?

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*Itálico: narração dos sonhos de Si-eun*

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Desde o caso do golpista, Si-eun não havia voltado a trabalhar. Às vezes, pensava que a melhor opção era trocar de equipe, e então desistia da ideia, afinal ela já tinha feito amizade com todos da equipe de prevenção, e gostava do que fazia.

Os machucados de seu rosto já começavam a desaparecer, mas toda vez que ela se olhava no espelho voltava a se lembrar do que havia acontecido.

Além disso, Si-eun mal conseguia dormir as noites. Seus pesadelos estavam piorando.

Ela fechou os olhos, massageando suas têmporas levemente. Só de pensar no que havia sonhado noite passada fazia sua cabeça doer.

Suspirando, Si-eun entrou no escritório da equipe de prevenção, e se surpreendeu ao ver que estava vazio. Caminhando em direção a sua mesa, ela pegou seus poucos objetos pessoais.

Ao se virar para sair do cômodo, ela suprimiu um grito ao ver Jun-woong a olhando, segurando dois cafés, um em cada mão.

— Você voltou! - ele sorriu, mas sua expressão de felicidade se esvaiu ao perceber os objetos nas mãos de Si-eun.

- Si-eun... o que está fazendo? Você vai sair da equipe?

Ela o olhou, abrindo a boca para responder,  a fechando quando percebeu que não sabia o que dizer.

Não tinha certeza do que iria fazer ainda. Para ser sincera, tinha ido até o escritório porque sentia falta de estar com seus colegas.

‐ Eu não sei. - Ela franziu o cenho. - Eu...

- Você pode pensar por mais um tempo. Não precisa tomar uma decisão agora. - Jun-woong se aproximou, pondo os cafés que segurava sobre a mesa ao lado deles, e esticou os braços.
Si-eun deu alguns passos para trás.

Ele a olhou preocupado, se afastando.

- Desculpe, eu-

- Não precisa se desculpar. Na verdade, eu não sei porque fiz isso. - Ela deu uma risada forçada.

- Si-eun...

- Eu... é melhor eu ir.

Si-eun não deixou Jun-woong responder, caminhando em direção a saída, mas parou quando ouviu a voz de Joong-Gil.

Imediatamente, ela se lembrou do que havia acontecido a última vez que se viram. Sentiu suas bochechas corarem.
Mas o que ele estava fazendo ali?

- Por que você estava lá? - A voz dele ecoou pelo corredor. - Não, por que eu estava lá?

- Onde?

Si-eun franziu a testa ao ouvir a voz de Koo Ryeon.

Ela se aproximou da saída, curiosa.
- Em meus pesadelos.

Eles ficaram em silêncio por alguns segundos, e Si-eun avançou, pronta para sair do escritório, quando Joong-Gil voltou a falar.

- Todo ceifador se lembra de sua vida passada. Assim como eu. Por acaso, eu estava na sua vida passada?

- Não. Como sabe, minha vida foi cheia de pecados. É impossível que tenhamos nos encontrado em minha vida passada. Como você disse, foi só um pesadelo.

- Sim. Foi apenas um pesadelo. Esqueça que eu disse isso.

Si-eun esperou, até ter certeza de que Joong-Gil tinha ido embora, e saiu porta afora, parando ao ver Koo Ryeon, que a olhou surpresa.

- Si-eun... você-

- Sim, eu ouvi a conversa. - ela respondeu exasperada.

A ignorando, Si-eun começou a correr.

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