Adeus

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Si-eun respirou fundo e olhou para a sacola que segurava.

Após Joong-Gil sumir, ela havia ligado para Ryung-gu, assim como ele tinha a pedido.

E, no fim, quando todos voltaram para Jumadeung, Si-eun descobriu o porque dele ter sumido.

Joong-Gil havia assumido a culpa por tudo que aconteceu e tinha recebido sua punição.

Ele havia feito tudo aquilo... por Koo Ryeon. Ela estava certa disso.

Parecia que sempre que começava a pensar que Joong-Gil a amava, algo acontecia para lhe provar o contrário.

E talvez ela devesse desistir.

Se ele realmente amava Koo Ryeon, o certo seria desistir. Ir embora. Não vê-lo nunca mais. Esquecer de tudo.

E ainda sim, ali estava ela, com seu coração batendo ansiosamente só de pensar em vê-lo. Em saber que estava bem.

O amor era algo que tornava os humanos seres tolos, percebeu. Pois não importava quantas vezes ele a decepcionasse ou quantas vezes ela se sentisse em dúvida quanto aos sentimentos que ele sentia por ela, Si-eun sempre voltava para ele.

Ela deu alguns passos a frente, mas parou quando viu Koo Ryeon.

Ambas se encararam por um instante, e Si-eun notou que a ceifadora estava chorando.

Koo Ryeon desviou o olhar e começou a andar, passando por ela e indo embora.

Si-eun ficou parada. Talvez ter ido até ali houvesse sido um erro.

Conseguia sentir a insegurança tomar conta de si.

— Si-eun? Você está bem?

Ela olhou para Joong-Gil, e seu olhar suavizou ao vê-lo. Se aproximando dele, ela se ajoelhou, de forma que ficassem da mesma altura.

— Eu estava preocupada. Você... Você está bem?

Ela observou os cortes espalhados por seu rosto, preocupada.

— Não se preocupe.

Si-eun assentiu levemente.

— Eu trouxe algumas coisas para limpar seus machucados.

Joong-Gil sorriu minimamente.

— Não precisava se preocupar com isso. São apenas cortes pequenos.

Ela voltou a assentir, desviando o olhar.

— Tem algo te incomodando?

Si-eun ficou surpresa ao ouvi-lo perguntar aquilo. Seria tão transparente assim a ponto dele conseguir perceber o que sentia?

— Na verdade, tem sim. – Ela o encarou. — Você... você sente algo pela Koo Ryeon?

Ele franziu o cenho.

— Por que você acha isso?

Si-eun respirou fundo.

— Porque suas ações me deixam confusa.

— Eu confessei meus sentimentos.

— Sim, mas isso foi antes de ver seu passado com ela. – ela suspirou frustrada. — E suas ações desde então têm me deixado confusa. Primeiro você aparece para nos ajudar, para ajudar ela. E então você me chama de esposa! – Ela sentiu calor se espalhar por suas bochechas. — Mas depois você some e eu descubro que assumiu a culpa por tudo que aconteceu. Como quer que eu não fique insegura?

Só ao terminar de falar percebeu que estava ofegante. Havia falado tão rapidamente que tinha medo que ele não houvesse entendido uma palavra sequer.

Ela o olhou ansiosa, esperando uma resposta, ao mesmo tempo que temia pelo que estava prestes a ouvir.

Fio InvisívelOnde histórias criam vida. Descubra agora