Esposa

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Si-eun olhou pela janela do carro, observando o trânsito.

Ela havia deixado Joong-Gil sozinho após a conversa que haviam tido. Não tinha coragem de ficar com ele e esperar para ver como ele reagiria após ver seu passado com Koo Ryeon.
E agora, isso era tudo que conseguia imaginar.

Ele havia chorado? Algo havia mudado após descobrir o que aconteceu?

Si-eun engoliu em seco.

— Onde você estava mais cedo?

Ela desviou o olhar da janela e encarou o reflexo de Ryung-gu projetado no retrovisor do carro.

— Eu... estava no escritório de Joong-Gil. Estávamos conversando.

— Eu achei que vocês tinham terminado...

Si-eun franziu levemente o cenho.

— Não estávamos em um relacionamento.

Ryung-gu suspirou e balançou a cabeça em desapontamento.

— Eu não entendo porque você continua a perdoá-lo. Essa já é a segunda ou terceira vez que ele machuca seus sentimentos. — Ele virou a cabeça para o lado, numa tentativa de fazer contato visual. — Por que você insiste tanto nisso?

— Ryung-gu. – Jun-woong o interrompeu. — É melhor deixá-la em paz. Si-eun sabe o que é melhor para ela.

— Eu só não entendo.

Jun-woong o lançou um olhar irritado.

Si-eun encarou as próprias mãos, que estavam apoiadas em seu colo.

Ele não estava errado. Mas Si-eun não conseguia simplesmente cortar contato com Joong-Gil e não o perdoar.
Não sentindo o que sentia.

— Eu acho que é o que acontece quando amamos alguém. – ela sussurrou.

— Você não precisa se explicar, Si-eun. – Jun-woong disse, e em seguida olhou para os dois colegas. – Chegamos.

Si-eun olhou em volta, vendo através da janela um prédio próximo.

– Por que estamos aqui?

— Olhe isso. – Jun-woong disse, mostrando uma transmissão ak vivo em seu ipad. Si-eun inclinou-se para frente na intenção de enxergar melhor. — Esse prédio está no fundo de cena de todos os vídeos do homem em que a senhora Koo bateu.

— E o que te faz pensar que ela vai aparecer? – Ryung-gu perguntou.

— Ele continua a provocando.

Eles esperaram, assistindo a transmissão em busca de um sinal da presença de Koo Ryeon, e então saíram do carro, correndo em direção ao prédio.

— Vocês podem ir embora. – Koo Ryeon disse.

Eles haviam seguido Koo Ryeon até o terraço do prédio. Si-eun a olhou apreensiva. Ela sequer os olhava.

Jun-woong deu um passo em direção a ela.

— Você precisa parar.

Os três começaram a tentar convencê-la a voltar para Jumadeung com eles.

Si-eun estava realmente preocupada com Koo Ryeon, e se ela não parasse naquele momento,  sua punição seria ainda pior.

— Choi-hui precisa de você. – Si-eun a olhou. — Você sabe que precisa parar. Que isso que está fazendo não é o certo.

Koo Ryeon a encarou, considerando o que eles haviam dito.

— Isso é uma reunião de equipe? Vocês não falam muito, não?

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