Circo

1.9K 217 9
                                    

Si-eun e Jeon Bo-Yun estavam em uma cafeteria, esperando por seus pedidos.

Desde o último caso da equipe de prevenção, Si-eun e Bo-Yun tinham se tornado amigas. Por algum motivo, ela se sentia muito apegada a garota.

— Posso perguntar algo?

Si-eun a olhou, assentindo.

— É verdade o que Jun-woong disse naquele dia? Sobre você e o senhor Park?

Si-eun arregalou os olhos, pondo as mãos sobre as bochechas ao senti-las ficarem quentes.

— N-não! Jun-woong é um bobo e estava brincando.

— Hm. – A garota assentiu, desviando o olhar. — É que vocês parecem ser próximos, então pensei que fosse verdade.

Elas ficaram em silêncio por um instante. Si-eun mordeu o lábio inferior.

— Na verdade... pode-se dizer que tenhamos... um tipo de relação.

Bo-Yun a olhou surpresa, sorrindo largamente.

— Então vocês são namorados?

— Não! – Si-eun negou, balançando as mãos. — É... complicado.

A jovem pensou por um momento.

— Você o ama?

Si-eun piscou.

Aquilo havia a pegado de surpresa.

Nunca havia pensado sobre isso. Ela o amava?

Talvez fosse cedo demais para pensar em coisas do tipo. Ela gostava dele, sim. Mas não sabia se poderia dizer se o amava. Afinal, como alguém sabe que ama uma pessoa?

— Eu não sei. – Ela franziu o cenho. — Eu... gosto dele. Mas não sei se o amo.

Bo-yun se inclinou para frente, apoiando o queixo numa das mãos.

— O que você gosta nele?

Si-eun a olhou duvidosa, sem entender onde a ceifadora queria chegar.

— Bem... – Si-eun desviou o olhar, olhando pela janela. — Eu gosto como ele sempre me escuta. E como ele realmente presta atenção no que eu digo. Gosto como ele tenta me entender e como sempre que peço a opinião dele em algo ele é sincero e fala o que pensa, mas de uma forma que não me magoe. – Si-eun sorriu levemente. — Gosto como ele é estranhamente engraçado. E como sempre que ele sorri, desvia o olhar. É fofo. Ou como ele franze o cenho quando está confuso ou quando não sabe o que falar. – Ela riu. — Ele nem nota quando faz isso.

— Isso parece amor para mim.

Si-eun olhou para a garota, sem saber o que dizer.

— Você... acha? – perguntou.

Bo-yun assentiu.

— Tenho certeza.

Si-eun engoliu em seco, agradecendo silenciosamente quando a garçonete trouxe seus pedidos e a conversa se encerrou.


"Eu te amo."

Si-eun andava de um lado para o outro, mordendo o lábio inferior com força.
Talvez aquilo fosse uma má ideia.

E se ele não sentisse o mesmo por ela? O que ela faria? E se ele a rejeitasse? Risse dela?

Ela bagunçou os cabelos, frustrada.
Era ridículo. Estava agindo como uma adolescente apaixonada.

Ela só precisava perguntar o que Joong-Gil sentia por ela. Não era difícil. Ou ao menos era o que tentava dizer para si mesma numa forma de se tranquilizar.

Fio InvisívelOnde histórias criam vida. Descubra agora