O Primeiro Encontro

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Não está revisado.
Os sonhos de Si-eun serão escritos em Itálico.

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Ao chegarem em Jumadeung, Si-eun começou a andar, ignorando os chamados de Ryung-gu. Estava decidida a ir falar com a Imperatriz, para trocar de equipe. Embora ela soubesse que estava errada, jamais admitiria isso para os outros. E também, não valia a pena. Ela não continuaria trabalhando com eles. Ela bufou, bagunçando o cabelo, e virou ao corredor a direita, esbarrando em alguém e quase caindo no chão com o impacto.

Ótimo, era só o que me faltava, pensou. Se levantando, ela falou irritada:

─ Olha por onde anda.

No entanto, assim que seus olhos encontraram o rosto da pessoa a qual tinha esbarrado, toda a raiva que sentia evaparou, e as palavras lhe sumiram.

Si-eun encarou o homem estupefada, vendo ele arquear uma sobrancelha e a olhar de forma séria.

Piscando diversas vezes numa tentativa de sair do estado de transe em que estava, ela deu alguns passos para trás, se curvando e pedindo desculpas. Ficando ereta novamente, ela estendeu uma das mãos na direção dele.

- Eu sou a nova ceifadora, Im Si-eun.

Ela não sabia se podia se considerar uma ceifadora, mas quem ligava?
Hesitando por um instante, os olhos dele miraram a mão esticada de Si-eun, como se considerando se aquilo valia a pena.

Aparentemente não, porque ele cruzou as mãos atrás das costas.

- Park Joong-Gil.

Uau, a voz dele... Era provavelmente a voz mais linda e atraente que Si-eun havia ouvido.

Observando ele ir embora, ela colocou uma das mãos sobre o peito, bem onde seu coração estava, sentindo-o bater rapidamente.

Park Joong-Gil. Era um nome bonito. Combinava com ele.

Suspirando, ela se lembrou do que havia ido fazer ali, e pigarreou, voltando a andar em direção ao escritório da Imperatriz.

A mulher a olhava curiosa.

- Por que não quer ficar no time de gerenciamento de risco?

- Uh, digamos que eu não concorde com a gerente do time em certas coisas...
Para falar a verdade, a Diretora era um pouco intimidante, mesmo com aquela aparência amigável.

A Imperatriz cruzou as mãos, apoiando o queixo nelas.

- Hm, okay. Qual a equipe que escolheu se juntar?

- A equipe de escolta, talvez? - Si-eun deu um sorriso amarelo, tentando esconder o sentimento estranho que sentia.

Por que a equipe de escolta? Bem, a resposta era óbvia. Estaria perto do homem de seus sonhos. Assim seria mais fácil descobrir sobre o porquê ele aparecia neles. Ou era isso que ela pensava.

Como faria isso? Ainda não tinha chegado nessa parte.

Suspirando, a Imperatriz balançou a cabeça.

- A equipe de escolta não possui vagas. Como eu havia dito antes, as únicas que têm vagas são a equipe de edição, a equipe de vendas internacionais, e a equipe técnica. E, claro, a equipe de prevenção.

Oh. Droga. Ela havia esquecido desse detalhe.

Todas as equipes pareciam ter um trabalho entediante e chato, a única interessante era justamente a equipe a qual ela não queria ficar.

Pensando bem, Si-eun estava velha demais para ficar agindo daquela forma.

Havia trabalho só um dia naquela equipe, e sendo honesta, não se dar bem com colegas de trabalho era algo comum.

Suspirando de forma que deixasse claro seu descontentamento, ela deu de ombros.

- Acho que vou continuar na equipe de prevenção, então.

A Diretora sorriu, batendo palmas.

- Ótimo!

Se virando para sair, ela parou, dando um passo para trás e voltando a encarar a Imperatriz.

- Na verdade, tem mais uma coisa
.
A Diretora acenou, pedindo para que ela continuasse.

- Eu sonho com uma pessoa várias vezes, mas eu nunca vi ela antes. E os sonhos são muito realistas. Você sabe se isso significa algo?

- Sonhos tomam uma forma diferente da realidade.

Ela abriu a boca na intenção de perguntar o que aquilo significava, quando foi interrompida por uma ceifadora entrando no escritório, dizendo ter um assunto de trabalho pra tratar com a Imperatriz.

Si-eun fez um biquinho, saindo da sala da Diretora. Aquilo não havia sido de grande ajuda.

Ela não sabia a quanto tempo estava no escritório de gerenciamento de risco, mas estava começando a sentir suas pálpebras pesarem e o cansaço começar a se alastrar por seu corpo.

Nenhum dos membros da equipe havia aparecido ainda, e Si-eun não sabia o que fazer, nem onde os procurar, então achou melhor ficar esperando. Eles provavelmente ainda estavam resolvendo o caso de Eunbi.
Suspirando, ela bocejou, cobrindo a boca com o dorso da mão.

Desistindo de tentar lutar contra o sono, ela cruzou os braços sobre a mesa, se inclinando e apoiando a cabeça neles.

"Por que você não me ama?", ela perguntou, desviando o olhar para que ele não pudesse vê-la chorar.

Ela esperou por uma resposta, mas a única coisa que recebei foi o silêncio.

"Eu estou cansada de tentar.", sussurrou. "Não importa o que eu faça, você só consegue me olhar como se eu fosse uma estranha, como
se eu fosse alguém que despreza, sendo que sou sua esposa!", ela se virou para encará-lo, franzindo o cenho. "O que eu fiz para merecer ser tratada assim?"

Ele suspirou, a olhando por alguns segundos.

"Já tivemos essa conversa diversas vezes. Sou seu marido, mas sempre deixei claro que esse casamento não seria real, e sim apenas por conveniência."

O observando ir embora, ela caiu de joelhos, apoiando as mãos no chão e mordendo o lábio inferior numa tentativa de impedir os soluços de escaparem de sua boca.

Estava cansada daquilo.

Fio InvisívelOnde histórias criam vida. Descubra agora