Ren está pronto para seguir seu caminho na medicina, dessa vez, no Canadá. A fim de esquecer seus amores perdidos, se fechou para o amor focando nos seus estudos e amigos. Porém, mal sabia ele que, alguém pedia fortemente a estrela cadente que algum...
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Os ânimos na faculdade estavam exaltados e confusos. Alunos divididos em: os que amaram o cartão vermelho e os que odiaram.
Ali, todos eram alvos. Não tinha um padrão. Na época dos meninos, quem recebia o cartão vermelho eram as pessoas que, de alguma maneira, irritaram os F4. Mas agora, parecia que a pessoa da vez seria aleatória por ser uma pessoa anônima que implementou.
Os líderes da faculdade não levaram a sério, levaram para o lado irônico, achando que essa ação foi um trote de má fé e que não iria se repetir de novo, será mesmo?
Victor soltou o ar ao sair da sala de aula, não tinha visto o Brad o dia todo e se perguntava se ele estava bem depois do ocorrido mais cedo.
Ao voltar para faculdade, ele foi direto para suas aulas a fim de ocupar sua mente, estava preocupado com todos e não queria passar o dia pensando em coisas ruins.
Ele pegou seu celular do bolso do moletom amarelo ao senti-lo vibrar com uma notificação. Era a Daisy, dizendo que teria mais uma aula e que ele poderia ir embora se quisesse.
Victor apertou os lábios colocando o celular de volta no bolso. Ele consertou as mangas longas do seu moletom e quando já estava pronto para seguir seu caminho, ouviu a voz que tanto desejou escutar:
- Victor! - chamou Brad. Victor se virou e assistiu o Brad se aproximar com as feições um pouco tensas - Você está bem? Não está machucado?
- Eu estou bem. - admitiu Victor consertando seus óculos gigantes. Brad parou em sua frente e ele pôde ver o rosto do rapaz suavizar em ver que ele estava realmente bem.
- Graças a Deus. - disse soltando o ar - Eu fiquei com medo de você ter saído machucado dessa confusão toda de mais cedo. - sua voz transmitia sinceridade, deixando Victor confuso.
Essa preocupação de Brad o deixava intrigado, o Brad conheceu ele a uns dias e essa preocupação genuína era muito forte para tão pouco tempo.
- Porque... você se preocupa tanto comigo? - Victor perguntou, ele engoliu em seco ao ver Brad paralisar, provavelmente pensando no que dizer.
- Eu... Não sei. Só... Me preocupo. Tenho que admitir que nunca me preocupei tanto com alguém em tão pouco tempo que conheço, mas sinto que não tem problema. Talvez você seja especial. - Victor sentiu seu coração se apertar e um sorriso envergonhado brotar em seu rosto pequeno.
Ele apertou as mangas de seu moletom pensando se isso era um sonho, ele gostava de Brad há muito tempo, mas ele gostava do Brad que ele via de longe. Agora, ele vivenciava seus sentimentos revirados, porque nesse momento, estava começando a gostar do Brad que está perto dele.
O Brad estava preocupado, sensível e sorridente. Nunca imaginou que ele seria assim, tão... Maravilhoso.
- Está indo para casa? - Brad perguntou colocando suas mãos nos bolsos do seu letter jacket. Victor assentiu - Posso te acompanhar? - indagou, viu o exato momento que Victor arregalou os olhos por trás dos óculos. Brad sorriu desviando o olhar pela surpresa do Victor.
- Pode. - ele apertou os lábios em um sorriso. Brad assentiu e logo estavam andando lado a lado pelos corredores da faculdade.
Por onde passavam, havia pessoas falando sobre o ocorrido de mais cedo, a maioria deles falavam da "hipocrisia" de Ren. Por ele ter feito parte do cartão vermelho no passado e hoje ser a pessoa que está repreendendo o cartão.
Victor pensava que Ren estava certo em discordar, foi ele que vivenciou o cartão vermelho e sabe o sentimento ruim que aquilo tem. Ren, mais do que ninguém, sabe das consequências que o cartão tem.
- Você está preocupado com o Ren, não é? - Brad perguntou enquanto caminhavam calmamente pelas ruas, o vento gélido batia em seus corpos, porém o sol estava presente mas não trazia nenhum conforto.
- Sim, ele está muito triste com a volta do cartão vermelho. - disse, encarando o chão.
- Ele vai ficar bem, ele tem vocês. - Victor levantou o olhar e sorriu para Brad, devolvendo o gesto.
- Então... Porque quis me acompanhar? Não quero te atrapalhar, você tem seus amigos. - Victor disse, ele estava com medo de ser um incômodo, não queria que Brad deixasse de fazer algo por causa dele.
Ele se odiaria se Brad pensasse ou se sentisse mal ao seu lado. Porém, Brad franziu o cenho e perguntou:
- Você não quer minha companhia? - com urgência, Victor balançou a cabeça negando.
- Não é isso, eu gosto de você... Quero dizer, da sua companhia. - ele limpou a garganta tentando ganhar tempo para organizar seus pensamentos - Eu só... Fico com medo de você estar deixando de fazer algo que queira por minha causa. - admitiu.
Brad apertou os lábios voltando a encarar o caminho que seguiam.
- Eu quero estar com você. - ele fixou seus olhos no de Victor e viu a cor azul com brilhos pratas, ele sorriu ao ver isso - Não se preocupe, eu gosto de ficar com você.
Victor simplesmente sorriu, fazendo brotar um sorriso em Brad também. Foi nesse momento, que Brad sentiu seu coração acelerar e uma urgência ao admirar cada feição de Victor. Era como um ímã, que o trazia para perto.
Uma explosão de cores fluorescentes era o que Brad via ao encarar os lábios pequenos e rosados de Victor, ele o queria... Uma atração que Brad nunca sentiu antes, um vínculo foi formado naquele momento fazendo Brad experimentar um sentimento que nunca sentiu antes,a sensação de urgência em querer sentir Victor mais perto.
Naquele instante, Brad percebeu que estava destinado a amar o Victor, amá-lo tão apaixonadamente que ele já previa o quanto amaria esse garoto.
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