— Sente-se — mandei.
Obedientemente ela sentou, de pernas cruzadas, um pouco mais comportada do que estou acostumado.
— Fiz algo de errado? — perguntou sedosamente.
— Não sei, me diga você...
Ela apenas me encarou, em silêncio, aparentemente sem entender nada.
Dou voltas ao redor de onde ela está sentada, observando a máscara reluzir, enquanto ela acompanha cada um dos meus passos. Em nenhum momento a VIP pareceu estar tensa, o que me lembrava que nem uma arma apontada para a própria cabeça a intimidava.
— Recentemente fiz uma descoberta. Um traidor está entre nós.
— Um traidor?
— Sim e isso não foi muito difícil, ele não é nada discreto, tanto que sei que ele não trabalha sozinho — parei diante dela. — Apesar de indiscreto, ele é como uma enguia, ninguém consegue pegá-lo, mas soube, pela contagem de uniformes, que ele invadiu a sala de vocês e que está tendo ajuda de cima. Talvez por meio de ameaças...
— Hm. Entendi — disse com simplicidade. — Se pensa que tenho algum envolvimento está perdendo o seu tempo. E não sinto em lhe dizer que ameaças de morte não funcionam comigo.
— Por qual razão?
— Você sabe bem por qual razão — falou com frieza.
Me arrependi um pouco de ter tocado na ferida dela.
— Isso não me importa, só te trouxe aqui para você confessar.
— Confessar o que? Está me acusando de traição? — perguntou na mesma calma.
— Estou!
— Por que acha que eu tenho capacidade para tanto? — cruzou os braços e presumi que estava arqueando a sobrancelha.
— Você é a única mulher, seria a última pessoa que alguém desconfiaria... — falei sugestivamente. — Por sorte, não sou qualquer pessoa.
— Talvez você seja — disse desafiadoramente.
— Talvez eu seja? — Me aproximei até ficar da altura dos olhos da máscara, colocando uma mão de cada lado, a centímetros de distância do seu toque. — Não é você que anda fodendo com ele? Ou pensa que eu não sei das suas atividades sexuais com um clandestino? As câmeras não mentem.
— Se tem tanta certeza disso, por qual motivo está me perguntando tudo isso?
— Então está confessando.
— É você quem está dizendo, não eu.
Ela cruza as pernas para o lado oposto como se estivesse o mais confortável possível.
— Tire a máscara — saí de cima dela.
Ela obedeceu imediatamente.
Seu rosto se manteve inexpressivo, mas seus olhos pareceram me julgar.
— Sabe o que vem em seguida, não é? — Saco a arma e passo a ponta pela bochecha dela.
Não recebi nenhuma reação.
— Suponho que você vai me matar — passo o cano da arma em seus lábios, manchando com o batom vermelho. — Vá em frente, você só tem essa opção, não vou te contar nada.
Ela lambe a ponta e envolve sua boca ao redor, esperando para que eu puxe o gatilho, se entregando ao que pensa ser seu destino final. Seus olhos não desviam da máscara e ela não pisca. Puxo o gatilho e ouço o click da arma descarregada. Seus olhos permaneceram abertos até que ela piscou, confusa, esboçando alguma reação diferente e verdadeira, sem ser tesão, desde que a conheci.
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Round 6 - O policial e a VIP
FanfictionO policial Joon-ho se vê encurralado por uma das VIPs. Sem alternativas, com medo de entregar sua posição, se dispõe e acompanhá-la a uma das salas particulares, onde seus desejos mais sombrios se revelam. *Isso é apenas uma história! Não romantizem...