Enfileirados e com uma postura impecável, os quadrados estavam dispostos para mim, e devo admitir que a sensação era boa. Não que eu estivesse gostando, ou quisesse os guiar para a finalidade que foram contratados, longe disso, mas o fato de poder tomar as rédeas e ditar minhas próprias regras é muito satisfatório.
Este império de sádicos vai acabar e esses filhos da puta terão o que merecem.
— Como bem sabem, nosso estimado anfitrião nos deixou. Não que vocês devam se importar, estão aqui para cumprir serviços, criar laços não é uma opção. Porém, isso muda tudo. Eu quero deixar as coisas, digamos que… mais interessantes. Preparem todos os seis jogadores, dêem a eles tratamento de reis, boa comida, os deixem bem vestidos, pois, ao meu sinal, quero que eles sejam reunidos na sala VIP do último jogo. Também quero que peguem o prêmio e dividam em maletas, em quantias iguais para os seis, mas não tudo, quero que enviem parte do dinheiro para a família dos mortos. Alguma dúvida?
Alguns balançaram a cabeça de forma afirmativa, sem pestanejar, mas houveram alguns que olharam para os lados, confusos.
— Não tenham medo de se manifestarem sobre o assunto, estou lhes dando permissão.
— Senhor, enquanto aos VIPS? — Perguntou um perto da ponta direita, um pouco ao fundo. Sua voz era firme e grossa, tal qual meu pau. — Eles talvez não fiquem satisfeitos com as mudanças.
— É muito pertinente sua pergunta. Ao meu sinal, quero que os leve para dentro da sala do jogo, exceto a VIP, ela vai para a sala com os jogadores. Os deixem o mais confortável possível, posicionem poltronas para todos e deixem o resto comigo.
…
Os jogadores, com suas feições abatidas, não fazem ideia do que está prestes a acontecer. Eles se sentam nos lugares designados aos VIPs com muita desconfiança, se entreolhando a cada instante, além de alguns olhares furtivos em minha direção. Há uma mesa recheada de aperitivos finos e bebidas caras, dos quais eles foram informados de que poderiam se servir, mas nenhum ousou tanto. Fui informado que poucos comeram, por medo de serem envenenados, talvez, ou por pura falta de apetite. Nessas circunstâncias a falta de fome é mais que justificada.
Está sala é muito parecida com a do jogo dos vidros, a diferença é a falta de estátuas humanas, mandei que retirassem, mas as cores do ambiente são muito semelhantes.
— O que você está aprontando? — Pergunta a VIP, vestida com o robe do nosso primeiro contato.
Ela está plantada ao meu lado e estamos sentados num sofá confortável, vendo os jogadores pelas costas. Suas poltronas estão bem diante dos vidros para que eles tenham visão privilegiada do jogo.
— O que você acha? — provoco.
— Não sei, você não costuma me contar muito dos seus planos. Mas… — botou a mão na minha coxa. — No seu lugar… — deslizou e apertou meu pau por cima da calça. — Eu estaria muito irritada com esses filhos da puta, caso eu ligasse para alguma coisa. Os faria pagar.
Segurei a mão dela e retirei do meu colo, não podia ceder aos seus dotes sexuais num momento tão crucial. E o que está para acontecer é tão satisfatório quanto ir para cama com a putinha.
— E é exatamente isso que vou fazer. Mas você deveria ligar, já que esses filhos da puta também te fizeram tão mal, não acha?
— Se realmente devesse, outros também deveriam, não sou a única do grupo que já participou do jogo, esqueceu? Eles são uns escrotos, mas também já foram vítimas. Esse jogo nos transforma, arranca o pior que temos dentro de nós.
Essa é a informação que deixa tudo ainda pior. Essas pessoas deveriam ter feito algo contra essa podridão, mas não, continuam crescendo às custas de quem está sofrendo. Todos nós somos, em graus diferentes, grandes oportunistas, não dá para saber até onde alguém é capaz de chegar para viver bem.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Round 6 - O policial e a VIP
FanfictionO policial Joon-ho se vê encurralado por uma das VIPs. Sem alternativas, com medo de entregar sua posição, se dispõe e acompanhá-la a uma das salas particulares, onde seus desejos mais sombrios se revelam. *Isso é apenas uma história! Não romantizem...