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Dulce POV

No dia seguinte eu fiz as mesmas coisas que faço todos os dias, fui trabalhar e quando cheguei em casa não demorei muito até ir para a casa de Christopher. Era quase final da tarde, peguei minha bolsa e segui em direção ao endereço que ele havia me dado. O bairro onde ele mora é a coisa mais linda de se ver, as casas todas bem conservadas e cheias de detalhes, os jardins são lindos demais e as ruas bem tranquilas. Cheguei na frente de sua casa e toquei a campainha, Christopher abriu logo em seguida e soltou um sorriso quando me viu em sua frente.

— Pode entrar, Dulce. — se afastou e eu entrei.

Não pude deixar de observar os detalhes de sua casa, tudo limpo e bem organizado. Posso dizer que ele tem bom gosto quando o assunto é decoração.

— Sua casa é linda. — elogiei.

— Obrigado! Sente-se vou buscar algo pra gente beber. — sorriu indo em direção a cozinha.

Sorri satisfeita e cruzei minhas pernas enquanto esperava que ele retornasse, continuei olhando para cada detalhe daquela sala e era impressionante o quanto tudo estava chamativo. Eu não sabia que existia homens com tanto talento para arrumação, peguei minha bolsa e deixei o celular no silencioso. Não queria que nada e nem ninguém pudesse atrapalhar aquela noite, pois alguma coisa me diz que não iríamos apenas ficar conversando. Christopher voltou da cozinha com uma garrafa de vinho e duas taças na mão, colocou na mesa de centro e adicionou um pouco em cada taça, me dando uma em seguida.

— Você adivinhou, vinho é a minha bebida favorita. — sorri e experimentei um pouco.

— Eu também gosto de vinho, digamos que as melhores pessoas gostam desse tipo de bebida. — sorriu.

— Então, seu pai sabe que você se mudou?

— Eu não disse nada para ele, acredito que ao ver meu quarto vazio ele se deu conta de que eu fui para algum lugar. — se afastou da mesa de centro com a taça na mão.

— Ah, consigo me colocar na situação e imagino como eu ficaria se fosse comigo.

— Foi uma merda descobrir tudo, mas esse é um assunto que eu não quero ficar falando.

— Me desculpe. — tomei mais um pouco.

— E você? Como foi o trabalho?

— Hoje foi bem tranquilo, tirei a tarde para descansar.

— A rotina de atendimentos deve ser bem cansativa, não é mesmo?

— Sim, mas eu amo o que faço. Escolhi a profissão dos meus sonhos e gosto da forma como eu a exerço.

— Interessante. — sorriu enquanto se concentrava em tomar mais um gole daquela bebida.

— Como é mesmo o nome do programa que você trabalha como assistente de produção?

— Night of Laughter, significa noite de risos em português. É um programa de comédia.

— Eu nunca assisti.

— Se você gosta de comédia, é uma boa.

— Talvez eu veja.

— Me desculpe se for incômodo eu perguntar isso, mas seus pais moram aqui com você?

— Não, minha mãe mora em Nova York junto com meu pai. Eu vim embora para estudar medicina e então consegui um emprego e aqui estou eu.

— Fico feliz que tenha dado tudo certo, você conseguiu o emprego na profissão dos seus sonhos.

— Sim, atualmente eu falo com eles por vídeo chamada.

— Deve sentir muitas saudades.

— Sinto sim, meus pais são meu porto seguro. Foram os primeiros a me apoiarem na busca de realizar meu sonho.

— Isso é incrível, gostaria que comigo tivesse sido assim.

— Seus pais não te apoiaram?

— Minha mãe morreu quando eu era pequeno.

— Nossa, sinto muito.

— Meu pai é um ator conhecido, mas atualmente está aposentado. Eu meio que me inspirei nele para trabalhar no que faço hoje, mas na verdade eu gostaria de ser mais.

Quando falava de seu pai, eu percebi que Christopher ficava um pouco emotivo. Era claro que ele ainda sentia muita falta da mãe e a única pessoa que ele achou que poderia o apoiar, fez exatamente o contrário.

— O que você gostaria de ser?

— Gostaria de escrever enredos e fazer parte da produção de séries e filmes ou pelo menos estar perto no processo. Qualquer coisa que eu pudesse ajudar a produzir, e não apenas ser aquele que confere se os figurinos estão no camarim ou se os equipamentos para a gravação daquele dia estão em ordem.

— Você pode conseguir isso, nada é impossível.

— Dentro da empresa que eu trabalho, sei que não conseguiria. Eles só me vêem como alguém que está ali para ver se as coisas estão em ordem.

— Isso não impede de você tentar em outro lugar ou ir atrás da sua própria, basta ter força de vontade e acreditar que consegue. Sei que nada é fácil, mas se você não tentar, não tem como saber.

— Tem razão, eu costumo achar que sou incapaz em muitas coisas.

— Você acha, mas ao menos tentou? Se a resposta for não é sinal de que você está pensando errado. Tem que tentar.

— Obrigado pelos os conselhos, Dulce. Ninguém nunca me disse isso antes, ouvir isso de você é muito especial pra mim.

— Magina, não precisa agradecer.

Bebemos o resto do vinho e continuamos conversando sobre vários assuntos, sentei ao lado de Christopher e íamos ficando cada vez mais próximos. Começamos a nos beijar no sofá, ele colocou uma de suas mãos em volta do meu pescoço, auxiliando o beijo que estava acontecendo ali.

Sentei em seu colo e o beijo ia ficando cada vez mais intenso, desci uma das alças do meu vestido e ele começou a beijar suavemente aquela região ali. Christopher ficou de pé e me levou nos braços até o seu quarto, me deitou na cama e ficou em minha frente tirando cada peça de sua roupa e me deixando cada vez mais  exitada. Depois foi minha vez de tirar o vestido que lhe dava total visão do meu corpo, depois tirei o sutiã e vi ele passar a língua de leve entre seus lábios.

Desci minhas mãos em direção a minha calcinha e comecei a tira-la bem devagar, por fim a joguei no chão. Christopher subiu na cama e começou a beijar meu corpo, me causando vários arrepios e conseguindo me deixar cada vez mais louca para tê-lo dentro de mim.

Afraid Of Love (Vondy)Onde histórias criam vida. Descubra agora