Afraid Of Love (Vondy)

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Dulce POV

Respirei fundo depois de mergulhar em uma tristeza enorme, a cada dia que se passava a falta que eu sentia de Christopher aumentava. Continuei tentando me convencer de que eu não deveria estar me sentindo daquele jeito, mas os pensamentos vinham cada vez mais fortes acompanhados de um aperto no coração. Acabei dormindo tarde da noite, já que no dia seguinte eu não precisaria trabalhar. Fiquei jogada no sofá como quem não quer nada da vida, então ouvi a campainha tocar e curiosa fui abrir.

— Mamãe? — fiquei surpresa.

— Oi minha filha! — deixou a mala no chão e me abraçou forte. — Que saudade. — desfez o abraço pegando sua mala e entrando em casa.

— Eu não sabia que a senhora viria hoje. — fechei a porta e fiquei esperando a resposta.

— Não estava nos meus planos aparecer assim, mas eu não tinha mais o que fazer na cidade. — sentou-se no sofá.

— A Lilly está lá dentro, acho que dormindo. — cocei a nuca e sentei ao lado dela.

— E você como está?

— Bem. — engoli em seco.

— Como te conheço muito bem, sei que você está mentindo e tem alguma coisa errada.

— Não, muito pelo o contrário. — mirei o chão esperando que ela desistisse de me perguntar.

— Depois eu vou ter uma conversinha com você, não pense que eu vou esquecer.

— Mamãe! — gritou Lilly quando chegou na sala. — Que felicidade! — a abraçou forte e ficou de joelhos de frente para ela.

— Oi meu amor! Feliz em me ver?

— Claro que sim! Dulce, você não me avisou que a mamãe tinha chegado.

— Eu já ia, mas você apareceu. — ouvi a campainha tocar e Lilly correu para abrir.

— Olá, bom dia! — era um homem desconhecido e aparentemente mais velho, ele sorriu e chegou com mais uma mala em mãos.

— Oi querido, eu já ia te ligar. — mamãe disse e ele sorriu se aproximando.

— Desculpe amor, passei na padaria e comprei algumas coisas para que pudéssemos tomar café. — deixou a mala no chão.

— Amor? — perguntei confusa.

— Mamãe, a senhora não disse nada para a Dulce? — perguntou Lilly surpresa.

— Eu acabei esquecendo de contar, mas esse momento não é tão ruim para dizer.

— Me dizer o que? — continuei insistindo para que alguém falasse de uma vez por todas.

— Minha filha quero te apresentar o Ricardo. — apontou para ele que sorriu.

— Olá, Dulce.

— Quem é você? — não pensei duas vezes em perguntar.

— Não fale dessa maneira. O Ricardo é meu companheiro, estamos juntos.