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Dulce POV


Duas semanas se passaram desde de que Christopher e eu nos vimos pela última vez, não o procurei mais desde do ocorrido e senti que foi melhor assim. Jack me levou para sair algumas vezes, mas eu não o queria apenas para sexo, senti falta de como era ter essa "relação" com Christopher e decidi ir procurá-lo após duas longas semanas de zero contato.

Sai do trabalho mais cedo e decidi ir em sua casa, eu não tinha certeza se ela já havia saído do estúdio, mas mesmo assim eu fui na esperança de vê-lo e consegui chegar lá um pouco antes das quatro da tarde. Fiquei em frente a porta e pensei por um instante se deveria bater ou ir embora, então respirei fundo e bati duas vezes na porta. Christopher abriu e arqueou a sombrancelha quando viu que se tratava de mim.

— Que surpresa! — ele disse apenas.

— Oi, eu posso entrar? — perguntei e ele se afastou para o lado e me deu espaço para entrar.

Caminhei entrando em sua casa, olhei para trás e vi ele parado esperando que eu falasse alguma coisa.

— Então, pra que veio? — ele disse.

— Vim te ver, saber como você está. — ele soltou um riso baixo e foi andando em direção ao sofá. — Acha que estou brincando? — perguntei ao notar seu comportamento.

— É estranho você me ignorar por duas semanas e aparecer aqui como se não tivesse acontecido nada.

— Ok. — engoli em seco. — Eu te falei que precisávamos dar um tempo, foi justamente o que eu fiz.

— Um tempo? Você saiu daqui aborrecida quando eu concordei com o que você disse.

— Você está querendo discutir, é isso?

— Estou relatando o que aconteceu anteriormente, não contei nenhuma mentira, certo?

— Eu não quis te procurar porque precisei desse tempo, eu precisava pensar e colocar a minha cabeça no lugar.

— Claro, e agora que colocou você aparece aqui disposta a reatar.

— Percebeu que está falando coisas que não tem certeza?

— Dulce, você saiu daqui com raiva e não falou comigo desde de então. Como você quer que eu fique?

— Eu vim aqui pra gente conversar, mas parece que você só quer brigar.

— Eu quero que você me explique o motivo pelo o qual você veio aqui, esqueceu de tudo que aconteceu?

— Não esqueci de nada! Já disse que eu vim aqui pra te ver e saber como você está.

— Digamos que eu estou bem, e ai? Vai embora agora e me ignorar por sabe sei lá, quantas semanas?

— É, você não está nada bem. Está com muita raiva e impaciente até.

— Podemos falar sério?

— O que você quer que eu diga? — perguntei e vi Christopher andar em direção a mim.

— Eu quero que você diga o que veio aqui para dizer, não vem com esse papo de saber se eu estou bem.

— É melhor a gente esquecer isso. — fiz menção de sair e ele apareceu novamente em minha frente.

— É isso que vai fazer? Ir embora como da outra vez? Não é assim que se resolve as coisas.

— Você está sempre querendo me dizer o que fazer, eu já sou adulta!

— Então, aja como uma! — aumentou a voz e eu engoli em seco.

— Você me pede para agir como adulta, mas parece que eu sou uma criança e você o meu pai.

— Eu não te digo em nenhum momento o que fazer.

— Sério? Desde de que cheguei você me disse várias vezes para agir como adulta.

— Você me perguntou o que eu queria que você fizesse. Eu tinha que responder, não?

— Eu tô perdendo o meu tempo, você só sabe falar e falar. Isso me cansa.

— Você não vai embora! — segurou meu braço e me aproximou de seu rosto.

— O papai vai me colocar de castigo? — debochei.

— Eu sei como quero te colocar. — senti um tom malicioso em sua fala.

— E o que te impede de fazer isso? — mordi o lábio inferior que fez seus olhos mudarem de direção no mesmo instante.

Christopher passou a língua por seus lábios e voltou seu olhar para mim, me fez ficar de costas e me puxou para si, de imediato já senti sua ereção. Ele jogou meu cabelo para o lado e depositou beijos por meu pescoço que se estenderam até minha orelha, sua mão deslizou por minha coxa e seguiu para minha parte íntima e por um segundo eu quase caí com a forma como ele me tocou.

Virei de frente e sem pensar duas vezes ele me beijou, fiz menção de sair e ele me colocou em seus braços, seguindo comigo em direção ao seu quarto. Christopher me colocou na cama e foi até o banheiro, em menos de um segundo ele voltou com uma camisinha na mão e sem camisa. Fiquei deitada o olhando e ele ficou esperando que eu fizesse algo, então tirei minha roupa e fiquei completamente nua.

Christopher se aproximou e depositou beijos pelo o corpo fazendo minha pele arrepiar, ele seguiu até chegar em minha parte íntima e não demorou para que ele a beijasse também, mordi o lábio quando ele fez menção de chupar e acabei soltando um gemido involuntário que o fez rir. Ele me pediu para ficar de joelhos na cama, esperei alguns segundos e ele colocou as mãos sobre minha cintura, quando me dei conta ele já estava dentro de mim, com estocadas leves e fundas que me deram vontade de gemer o mais alto que pudesse, mordi os lábios com força para não deixar que isso acontecesse e Christopher deu um tapa forte em minha bunda, continuei sem manisfestar nenhum gemido e ele aumentou seus movimentos para me fazer ceder ao silêncio e obteve êxito na tentativa.

Ele me fez ficar assim por alguns minutos e continuou com intensidade seus movimentos, eu estava completamente sedenta de tê-lo dentro de mim e aquela sensação foi sem dúvidas muito intensa e prazerosa, depois de nos entregarmos a um intenso orgasmo, ficamos deitados em sua cama observando o teto.

— Não vai falar nada sobre a sua tentativa falha de não gemer? — ele disse por fim quebrando o silêncio.

— Tentei te dar o troco por ter fingido que ia fazer oral. — ele riu. — Me desculpa por te falado com você daquele jeito.

— Tudo bem, também te peço desculpas por ter sido tão rude com você.

— Posso dizer que já fizemos as pazes. — dei risada e ele concordou.

Tudo havia voltado ao normal? Não sei dizer, mas estávamos muito bem para quem não se via há duas semanas.

Afraid Of Love (Vondy)Onde histórias criam vida. Descubra agora