Os Alunos remontam-se em torno do cartaz gigantesco colocado por Sra. Paydrel para a próxima peça de teatro.
Luke abriu em retorno um sorriso grotesco, olhando o grande cartaz e até mesmo os classificados dos testes de segunda.
Os testes foram basicamente uma apresentação obrigatória. Fiz o que deveria, ou seja: escolher o papel de uma árvore e não falar nada, justamente por ter nota extra e de fato não necessitar de esforço nenhum.
Luke por vez escolheu o papel do principal, em geral um espantalho conversador e amigo da protagonista.
Não foi surpresa nenhuma ver os classificados. Eram todos os mesmos, Alice sempre ganhará a protagonista, já Luke não conseguiu o papel que tanto queria. Acabou que Paydrel o colocou como uma árvore ao meu lado.
— Isso é tão injusto — Gritou Luke na frente de todos os alunos. Seu olhar era tristonho, ele de fato queria o papel principal. Embora eu tenha certeza que era apenas para chamar atenção.
— Se acalme — Falei puxando-o para a cantina — Não muda em nada ter um papel significativo na peça, eu estou contente em ser uma árvore.
— Mas eu não! — Disse Luke. Em seguida sentando-se em uma das cadeiras azuis do refeitório.
A voz de Luke pirraçou quando começaram a gritar na cadeira ao lado.
Os gritos desde ontem continuaram, os jogadores gritavam e até mesmo torciam para a nossa equipe de Beisebol.
Em exato, todos gritavam em apenas uma região do refeitório. As líderes de torcida estavam todas amontoadas em torno dos jogadores. Elas pareciam prontas para se casar.
Tinham mais maquiagem em seus rostos do que eu em minha vida inteira. Elas moviam seus rosto em esplendor, enquanto por vez os alunos pareciam olhá-las como se fossem deusas.
Jazz não estava ali, o que me surpreendeu. Geralmente todas andam unidas, grudadas entre os jogadores. Deveriam todos estar falando da festa de Marcley.
Geralmente é a festa do ano. Todo aluno quer ir, mas Marcley sempre me convida. Ele sempre diz "Uau, você realmente é daora" eu sempre lhe ajudei a pegar latinhas de Coca-Cola na cantina e de certo modo ele parecia ser grato.
A festa seria meia-noite e pelo sorriso monumental de Luke ele não foi convidado.
— Merda, ainda não vou ir nisso — Disse Luke, com seus olhos mais fechados do que nunca — Realmente seria legal ir para esta festa.
— Seria não — Retruquei enquanto me aconchegava na cadeira da cantina — É bem mais parecido com adolescentes bêbados sem nada para fazer da vida.
— Você diz como se já tivesse ido!!
— Eu fui, mas não aproveitei tanto — Na época havia apenas ficado em meu canto. Justamente por literalmente não conhecer ninguém, chegou ao nível de alguns alunos maconheiros me ofereceram drogas.
— Você recebeu convite este ano? — Disse Luke, seus olhos estavam geniais, como se ele estivesse tendo uma grande idéia — Orem, me diga. Você conhece Marcley?
Pensei em respondê-lo, mas era claro que ele iria me pedir para si um convite. Não precisei discordar, já que o garoto já fechou a cara quando olhou meu rosto.
— Por mim! — Retrucou Luke, olhando diretamente para os meus olhos.
— Não! Eu nem converso com ele — O Jovem fechou o rosto, pareceu bravo por minha fala. Acho que poderia falar com Marcley, embora não o conheça de fato — Ok — Meus olhos se estreitaram, nervosa em conversar com o garoto. Mas o sorriso brincalhão de Luke me animou.
♧♧♧♧♧
O sinal tocou em um alto som, pensei duas vezes na minha fala. Mas os pensamentos apenas me deixaram mais confusa.
Com velocidade passei entorno de toda á cantina.
Parei exatamente onde costumava parar, na frente da Tia Petersburg. Meus olhos entreolharam os de Marcley
Ele utilizará as mesmas roupas de sempre, suas calças jogadas até abaixo da cintura. Seu cabelo preto desarrumado e suas roupas góticas.
Ele parou ao meu lado com seu mesmo olhar de sempre.
— Ae Orem? — Disse Marcley com um sorriso brando.
— Oi Marcley, então sabe sua festa? — Estava mais nervosa que o comum.
Minhas pernas tremiam e eu estava suando demais, até mesmo para mim. Isso porque nem calor estava.
Tentei parecer calma, mexi em meu cabelo mas ele pareceu mais desarrumado que de costume.
— O que tem? Você recebeu seu convite, né? — Seus olhos eram azuis e atraentes, pareciam uma maré, uma água pura.
— É claro, mas. Eu queria te perguntar algo.
Mesmo com as palavras saindo da minha boca, eu ainda estava nervosa.
Murmurei diversas vezes em minha cabeça como xingar Luke, agredi-lo verbalmente de diversas formas.
Queria remenda-lo de socos por sua ideia maluca, ele achava que era quem?
— Bem, o que tem? — Fungou Marcley.
— Um amigo meu, sabe? O Luke.
Seus olhos se arregalaram, com o garoto olhando-me seriamente por uns dois segundos, embora tenha parecido vários séculos.
— O garoto novato? O esquisito?
Eu pareci surpresa, não pensei que ele iria conhecer Luke.
— Bem, ele fica perturbando eu e meus amigos nas apostas. Então…
"Às apostas" Era assim que os alunos chamavam um jogo de venda.
Você escolhia algo importante que pertencia ao seu colega e então apostava um valor, geralmente em torno de 35-48 euros por objeto.
— Sim, acredito que seja ele — Resmunguei fechando meu rosto.
Tremi em mesmo instante mas não exitei e perguntei:
— Poderia dar um convite a Luke?
Marcley olhou-me confuso, mas assentiu com a cabeça.
— Pode ser, mas espero que ele não irrite as garotas da piscina.
Dei um sorriso fraco, andando depois para fora da cantina. A última coisa que vi foi um aceno de Marcley de tchau para mim.
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O Dia Perfeito
Teen FictionOrem muda de opinião em seu novo ano ao encontrar um lindo garoto encapuzado. Por vez as dúvidas de Luke trazem ênfase ás ações de sua amiga.