Redenção - Jakob Toretto

CAPÍTULO 07

LUCY GONZALEZ

Marchei pela agência, atravessando-a no ódio, vendo cada agente presente desistindo de me cumprimentar assim que sentiam a raiva que exalava pelo meu corpo. Abri as portas de vidro da sala do Penning e, ignorando tudo e todos ao meu redor, meus olhos focaram no Brian que arregalou os olhos assim que me viu.

— Espera aí, Lucy. — ele ergueu as mãos — Lu!

Eu espalmei as mãos em seu tórax e o empurrei com força, fazendo-o se chocar contra a parede.

— Cretino! — gritei ao acertar uma joelhada em seu estômago — Filho da puta, desgraçado!

Brian se curvou com o impacto do meu joelho e eu aproveitei para derrubá-lo no chão com um soco de cima para baixo. Ele caiu de joelhos, encolhido e eu chutei sua cabeça.

— Stasiak! — ouço Penning chamá-lo

— Não podemos deixá-la bater mais? — o ouço perguntar

Meu último golpe é um chute em suas costelas, quando Stasiak me prende em um abraço de urso e, com a ajuda de um outro agente, me carrega para o outro lado da sala.

— Eu devo lembrá-la, Sargento, que estamos em uma base do governo federal e não em uma corrida de rua? — Penning me encara

— Eu dei a ordem! — empurro Stasiak e o outro agente — Letícia Ortiz não poderia entrar nisso. Eu te dei uma ordem, O'Conner!

— O'Conner veio me pedir para colocar a Letty nisso. — Penning me olha — Ela veio falar comigo, queria negociar um perdão para o Toretto.

— Ah, jura? — estreito os olhos — E o senhor deixou? — o encaro

— Eu não sabia que você tinha vetado essa hipótese, Lucinda. — diz me olhando — Brian escondeu que já tinha apresentado essa ideia a um supervisor.

— Filho da puta! — tento ir pra cima dele de novo, mas Stasiak me segura

— Já chega, Gonzalez! — Penning diz severo

Eu empurro Stasiak novamente e me viro para a janela, após ver Sophie Trinh ajudando Brian a se levantar. Encaro a cidade através da janela e ponho as mãos na cintura, buscando um jeito de me acalmar.

— Não param de chegar reclamações da sua aventura no centro, O'Conner. — ouço Penning dizer

— E-eu tenho um nome. — o ouço dizer após tossir — David Park.

— David Park? — Stasiak pergunta — Jogue um biscoito pela janela e achará vários dele.

— É coreano e não chinês. — Sophie o corrige

— Park é um olheiro que recruta corredores de rua para serem mulas do cartel de Braga. — Brian explica — A gente encontra o Park e prende os bandidos. Simples assim.

— Simples assim? — me viro para encara-lo

Brian está sentado, tem as mãos pressionando as costelas e hematomas no rosto. A blusa está suja de sangue.

— Se é tão simples, por que não fez isso antes de arrastar a Letty pra essa sujeira toda? — pergunto

— Eu não arrastei ninguém. — ele me olha — Ela me pediu.

— Fraco. — rosno

— Gonzalez, você só ficou fora por três dias. — Penning me olha — Faltam onze.

— Põe na conta. — o encaro — Com o devido respeito a sua patente superior a minha, nem Deus me tira dessa operação.

— Então seremos obrigados a chamar pelo demônio. — Stasiak me olha