CAPÍTULO 32

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LUCY GONZALEZ

Entendi o que Dominic precisava. Ele queria o Deckard como aliado, porém me tirou da jogada porque sabia que se eu achasse que ele estava realmente do lado errado da história, eu iria acabar com ele. Eu sou um perigo pros planos dele, então ele me incluiu na jogada e me colocou a par dos planos dele. Você pode discordar da execução, mas não pode discordar do plano. É bom e foi por isso que eu já fiz isso antes.
Parabéns, Dominic. Quem não sabe fazer, copia mesmo — foi o que eu disse quando Queenie terminou de explicar.

Concordamos que eu não era uma boa companhia ao Owen. Principalmente quando ainda há tanta raiva no meu coração direcionada a ele. Deckard nos dividiu e enquanto ele e Owen iam atrás da Cipher e do garoto que o Dom fez, eu iria para a Rússia. Na base da antiga União Soviética, eu conseguiria informações que poderiam me ajudar a sair do controle do Sr. Ninguém. Não existe lugar melhor para colher informações estadunidenses do que a base inimiga.

— Você deve ser a Lucy. — a morena hispânica me encarou

— E você a Madame M. — a encaro com a mochila no ombro

— Meu nome é Margarita. — dá de ombros — Deckard me avisou que você viria.

— É, ele me falou sobre você. — murmuro

— Reuni tudo o que você vai precisar. — ela abre um baú, dentro da mala de um SVU — Você é cunhada dele?

— Não, melhor amiga. — pego a submetralhadora que ela trouxe nas mãos

— O Deckard não é de muitos amigos. — ela franze o cenho

— Pois é, por isso que eu sou a melhor e a única. — dou de ombros

— Aí, gata. — Amethyst chamou a atenção — O que conseguiu pra gente chegar até lá?

Ter Amethyst como parceira seria algo interessante.

— Eu vou separar vocês, é mais seguro. — Margarita explica — Deckard explicou que a prioridade é a Lucinda, então eu vou enviá-la direto. A magrela aí pode dar um pulo no sul, pegar o transporte e ir te buscar.

— Ótimo. — murmuro

— E, mais uma vez, o que conseguiu para nós? — Amethyst a encara impaciente

— Sabe pilotar, né? — elas se encaram

— Acha que tá falando com quem? — franze o cenho — Com o Owen?

— Owen sabe pilotar. — franzo o cenho

— Feito um bebê.

Me equipei com a malha térmica que manteria meu corpo aquecido e depois vesti a calça, a blusa e o casaco tático. Calcei luvas que deixavam as pontas dos meus dedos de fora, botas e peguei os acessórios necessários como granadas, munições, outros explosivos, comunicador, rastreador. Eu estava me sentindo como a Batgirl.

Eu fui colocada em um trem de carga, depois em um comboio de carga e por último cheguei em Vladovin. Era um deserto de gelo absurdamente frio e a base ficava sobre uma baía congelada. Eu sempre me admirei com o tamanho do território russo e em como eles mesmos não conseguem utilizar naturalmente parte desse território, por ser apenas gelo para todos os lados. Existem várias teorias da conspiração que dizem que debaixo de todo aquele gelo existem usinas que trabalham noite e dia, armando o país com as maiores e piores bombas nucleares e tanques militares.
Vai saber o que é realmente verdade, nesse lado do mundo.
De snowmobile, eu segui até a base usando um capacete e vi a exata hora em que Dominic invadiu a base, usando a arma eletromagnética para derrubar suas defesas. Nossa equipe entrou logo atrás dele, numa distância curta entre um e outro. Segui o caminho de destruição deixado por eles.

Redenção - Jakob TorettoOnde histórias criam vida. Descubra agora