CAPÍTULO 37

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LUCY GONZALEZ

O calor e o clima árido de Montequinto estava me fazendo suar e praguejar. Enquanto Jakob observava o local com a ajuda de um binóculo, eu estava sentada em uma das motocicletas e resmungando pela demora.

— Você tá pronto pra rever seu irmão? — pergunto

— Você está pronta para revê-los? — devolve a pergunta — Quer dizer, você se acertou com eles e conviveu bem por todos esses anos e agora, por minha causa, fica contra eles.

— Eu não estou contra eles, estou contra aquele satélite.

— O fato de você estar comigo, já te põe contra eles, Lucinda.

— Eu contei parte da sua história pro Brian, ele confia em mim e isso já deixa ele ciente de que você é inocente.

— Você duvida demais da capacidade de manipulação do Dominic. — resmunga com o binóculo no rosto — Não se esqueça de que ele fez todo mundo acreditar que eu era um monstro, quando me colocou pra fora. Fez, inclusive, você desistir da ideia de pegar o seu carro e ir atrás de mim, naquela noite.

Suspiro.
Desço da moto e me aproximo dele, passando a mão por suas costas, o apertando.

— Eu sou importante o suficiente pra plantar a dúvida na cabeça dos que se importam comigo. — murmuro apertando seus ombros — Brian, Luke, Rom, Tej. Megan trabalhou pra mim, ela confia em mim.

— É, mas eles estão com o Dom agora.

Reviro os olhos e o puxo pra mim, fazendo-o tirar sua atenção do que acontece lá embaixo. Ele me olha, está visivelmente preocupado.

— O que acha que o Ninguém quis dizer com aquilo? — pergunta — Você confia em mim, né? Sabe que eu nunca mentiria pra você.

— Eu acredito em você, Jake. — seguro seu rosto, forçando-o a me olhar nos olhos — Não se preocupe com isso.

— Ainda acho que você deveria ter derrubado ele. — faz careta

— Ei, nós dois fomos subjugados por muitos anos. Combinamos que deixaríamos os outros explicarem seu ponto de vista, certo?

— Não sei mais se confio nele. — franze o cenho — O que ele ganha com isso?

— Não vamos pensar nisso agora. — o beijo rapidamente — Temos muita coisa pra fazer.

— Seus lábios estão secos e esbranquiçados. — me observa preocupado

— O calor daqui assusta, mas estou bem.

— Sei. — murmura contrariado — Eu tenho água no porta-luvas. Beba um pouco.

— Sim, agente Toretto.

Eu bebo um gole de água e volto a guardar a garrafa no carro dele. De onde estamos, conseguimos ouvir o barulho da confusão que nossa família está criando lá embaixo.

— Eles conseguiram abrir o cofre. — Jakob murmura — Estão vindo.

— Lá vamos nós. — resmungo montando na moto

— Ei. — me chama — Tenha cuidado.

— Eu deixo você passar Merthiolate em mim, se eu me machucar. — debocho

— Estou falando sério. — me encara

— Eu também.

Ligo a moto e saio em disparada pela mata, tomando um caminho diferente de Jakob e seu Mustang.
Passo por entre as árvores, vendo que os agentes do exército de Montequinto estavam todos atrás deles.

Redenção - Jakob TorettoOnde histórias criam vida. Descubra agora