Don't Marry Me! | Namjin

Tempo: Liberdade que estais em mim

Os latidos de Fluffy fizeram Namjoon se alertar imediatamente, aquele cachorro raramente latia muito. Subiu as escadas rápido e se deparou com Seokjin tentando limpar uma poça de vômito na porta do banheiro social.

— Jin... — Namjoon se agachou perto do ômega que se tremia enquanto limpava a poça de vômito.— Deixei aí que eu limpo. Vem.

— Não encosta. —A voz de Jin soou tremida. — Eu entendia quando a gente não tinha nada além desse maldito contrato, mas você me usou, achei que ninguém mais iria me usar e... Agora que não sirvo mais para nada, vai me fazer de amante, é isso?

— O que? — Namjoon puxou Seokjin do chão, tentando não ser rude, mas foi com uma grosseria que fez o ômega lhe empurrar. — Você escutou o restante da conversa ou ela toda? Não dê ouvidos a essa insegurança, Jin.

— Para você é fácil falar, mas quando você simplesmente enjoar de brincar de casinha comigo serei o primeiro a ser descartado, igual a sua mãe fez comigo e como meus pais fizeram!

— Eu não sou nenhum deles, porra! — Namjoon falou alto. — Quantas vezes eu vou ter que dizer que tudo nesse relacionamento é só você querer!

— Não é assim que funciona. — Seokjin gritou de volta. — Você é muito imediatista para alguém que estava transando no mesmo ambiente que estava o ômega que marcou e até mesmo antes de se casar.

Namjoon deu alguns passos para trás, cansado.

— É, você está certo. — Namjoon falou baixo, não querendo mais prolongar toda aquela briga. — Não vamos brigar, você não pode passar por emoções forte.

— Claro. O bebê. — Seokjin riu em desgosto. — Só quer me manter para ter o bebê.

— Porra, Seokjin! — Namjoon perdeu a paciência. — O que eu lhe disse quando você descobriu essa gravidez? Você não lembra? Sua memória anda ruim, porra? Eu tenho que tá te lembrando a todo momento tudo o que te disse para você simplesmente entender o que tá acontecendo entre nós dois? — O alfa gritou. — Eu deixei você escolher, deixei você tomar todas as decisões e até mesmo a decisão de ficar comigo. Se eu aceitei essa merda toda, é porque eu te amo e quero que fique! Eu quero que você fique, mas se você não quiser, não posso te prender a mim.

— Me ama?

— Sim, porra! Não é o suficiente? — Namjoon chegou perto de Seokjin e se agachou mostrando o pescoço. — Me marque.

— N-Não... Eu... Você vai se arrepender...

— Se você quer que eu fique com você, se quer a porra desse relacionamento, Seokjin, me marque agora!

Tudo ou nada. A liberdade deveria estar no meio dessas duas palavras, a liberdade de querer fazer e quando quiser fazer foi dada a Seokjin, mas ele nunca soube entender como funcionava o mínimo do que havia lhe dado.

Por isso, ele deixou suas presas saírem e marcou Namjoon com um impulso instintivo.

— Desculpe... Me desculpe. — Seokjin começou a chorar, Namjoon ainda tava se recuperando da carga de emoções que passou por ele como um choque.

Seokjin sentou no chão com as mãos no rosto, chorando sem parar.

— Jin... — Namjoon se sentou na frente do ômega, chegando um pouco mais perto. — Não sei exatamente como se sente, me perdoe por ser tão impaciente, por querer que você decida tudo sobre nosso relacionamento. Me perdoe. Eu não quero que fique comigo forçadamente, já basta a marca que te dei sem sua autorização, já basta esse casamento que fomos vendidos, eu queria que você pudesse decidir.

— Tenho medo de decidir e você cansar de mim.

— O meu amor por você é muito afobado, acho que é porque não entendo bem o que me acomete toda vez que penso em não te ter. — Namjoon disse baixinho. — Em meu desejo mais profundo, o nosso destino teria se unido de outro jeito, pois eu tenho certeza que me encantaria por você em qualquer situação, a qualquer momento. Não posso reprimir o que sinto, queria poder e negar que estou realmente afoito em te ter como meu, querendo ardentemente que você aceite que te amo e que nunca, absolutamente em nenhuma circunstância, desde o dia cujo percebi que te amo mais do que a mim mesmo, quebraria sua confiança. Estou lutando por ela com todas as minhas armas e me desculpe, meu amor. Me desculpe por ser desse jeito, por não ser romântico e por não saber te amar do jeito o qual você merece, do jeito que, com certeza absoluta, você se abriria mais fácil. Mas eu te amo, cada minúsculo pedaço teu, do teu sorriso, jeito, voz, o barulho da respiração, o cheiro, o som da sua risada e até mesmo seu mal dormido em que recebo um chute toda a noite, eu te amo. Por favor, confie em mim. Metade de mim manda eu te deixar ir e a outra grita em agonia para te segurar a mim.

Seokjin poderia dizer o quanto aquele momento lhe fez querer fugir, por medo e ansiedade. Havia dezenas de possibilidades que lhe faziam querer correr dos braços de Namjoon. Mas ele decidiu ficar, pois na hipótese da qual aquela sensação que sentia fosse realmente amor, ele amava Namjoon. Ele iria sempre amar Namjoon.

A dúvida iria se manter presente por toda sua vida, era uma certeza que os dois iriam ter que carregar.

— Eu não quero ir. — Seokjin disse. — Sei qual seu pensamento sobre mim, não quero que me trate desse jeito, me pegue firmemente quando quiser, não irei me despedaçar em suas mãos, Namjoon. — O ômega sorriu, deixando várias lágrimas caírem. — Eu estou aprendendo, sei disso. Mas eu tenho meus medos e peço o mínimo de compreensão sobre eles. Tenha paciência comigo, como eu tenho com seu jeito ogro de ser, posso não saber dezenas de coisas dessa vida, mas eu sei que todo acerto vem de uma dúvida. Tenha em mente que minhas dúvidas, sempre levarão ao acerto que é a resposta do que sinto por você.

Namjoon não se deu tempo para pensar mais, ele beijou Seokjin deixando que cada emoção presa dentro de ambos pudessem transbordar.