Tempo: Dêem-me liberdade

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Uma única palavra poderia definir Kim Namjoon, atual dono de uma grande conglomerado de empresas ao redor do mundo inteiro: Cafajeste.

Não um cafajeste qualquer.

O pior deles.

— A época de farra acabou, meu irmão.— Kim Taehyung, seu irmão postiço disse, olhando para bebida e depois para sua aliança de ouro enorme em seu anelar. — Você se casa em dois dias.

Eles estavam em um bar, o qual geralmente se encontravam para conversar sobre suas vidas. E era o dia da despedida de solteiro de Namjoon, que soube do seu casamento no dia da morte de seu pai.

Não entendia que piada de mal gosto era aquela, brigou com Deus e o mundo, mas por medo de ser um péssimo filho, prometeu que se casaria. Mas Namjoon já tinha seus 32 anos e não entendia a lógica de se casar com um jovem de 20 anos apenas para satisfazer o ego de duas famílias.

Sua mãe estava radiante, até parecia que ela mesmo ia se casar. Kim Yeji falava de netos como se só existisse aquele assunto em sua cabeça.

— A farra não precisa acabar por conta de um casamento arranjado.

— A maior piada que você já disse, só que dessa vez com um péssimo gosto. — Taehyung bebeu a cerveja. — Certeza que nesse contrato deve existir cláusula para traição.

E existia.

A décima segunda cláusula dizia apenas que Kim Seokjin seria fiel ao seu casamento, mas não dizia nada sobre Kim Namjoon.

E isso era o suficiente para um bom entendimento.

— Como tá Jimin e o Yoongi? — Namjoon perguntou sobre os ômegas de Taehyung.

— Bem. Melhor impossível. — O outro Kim falou um pouco cabisbaixo.

— Estão brigados, não é? — Taehyung arfou afirmando. — É por isso que eu não quero me casar, agora estou aqui, preso a um ômega que provavelmente deve ser um mimado de merda.

— Não é como se você também não fosse. — Taehyung disse. — Pelo menos seja agradável com ele ou tente. Você tem uma personalidade muito parecida com a do nosso pai. Não vale nada, mas é gente boa.

Eles riram. O falecido Kim Sohyun era um libertino nato, tinha um péssimo caráter e não havia um dia que não tivesse qualquer pessoa diferente de sua cama.

Foi assim que Taehyung nasceu, de uma traição, por isso a mãe de Namjoon odiava fortemente o jovem, mas Namjoon e Taehyung se deram muito bem a vida inteira. Ambos alfas e ainda quando eram mais novos viviam em festa atrás de festas, até o dia em que Taehyung se casou com dois ômegas.

Portando duas marcas, uma em cada lado do pescoço, onde os ômegas dele pisava, Taehyung lambia sem problemas.

— Se ele tiver o mesmo gênio dos seus maridos, eu tenho pena de mim.

Namjoon e Taehyung eram dois lúpus, o pior dos lúpus, eles eram dominantes. Na atual sociedades existiam lúpus recessivos e um ou outro dominantes. Os alfas Lúpus já eram raros, e os dominantes quase não havia recorrência de natalidade.

— Eu ouvi isso, Kim Namjoon... — A voz de Min Yoongi um dos ômegas de Taehyung fez Namjoon sentar reto. — E eu vi que você nem sequer defendeu eu e o Jimin, Kim Taehyung.

— Mas ele não mentiu, meu dengo. Vocês tem um gênio ruim feito o cão.

Bem, Taehyung não saía por baixo, ele adorava apertar seus ômegas até ver eles lhe enchendo de tapas.

— Eu ouvi, seu filho da puta. — Agora quem havia dito era Jimin, entrando no restaurante. Ele era o outro ômega de Taehyung. O que tinha a boca suja de tanto xingar.

— O que vieram fazer aqui? — Namjoon perguntou. — Hoje é minha despedida de solteiro, seus intrometidos.

— Ora, viemos participar. Achamos uma balada que tem shows de striptease muito bom. — Yoongi ergueu o celular.

— Queremos ir! — Jimin falou animado para Namjoon que sempre fazia as vontades erradas dos cunhados.

— Como é qu...

— Vamos! — Namjoon interrompeu Taehyung animado com a ideia de se esbaldar.

...

No banheiro de um salão de eventos muito caro, Namjoon estava com uma ômega em seus braços, as calças caída em seus tornozelos e avançando prazerosamente na pessoa.

Segurava as coxas do ômega enquanto ia mais rápido, gemendo no pé de ouvido dele e querendo ir mais fundo.

Era bom o suficiente para uma rapidinha e quando finalmente ambos gozaram, ele saiu de dentro do ômega e tirou a camisinha jogando no lixo.

Ambos vestiram suas roupas rapidamente e o ômega deu um beijo casto em Namjoon, logo sorriu satisfeito.

— Quando quiser mais, só me procurar. — O ômega disse sorrindo mais animado. — Boa festa de casamento.

Namjoon quis rir, mas apenas pegou o cartão que o ômega lhe estendeu e enfiou no bolso do paletó.

Se arrumou o máximo que podia, mas estava todo amarrotado e cheirando intensamente a baunilha.

Não podia fazer nada, não mais.

Tinha que se casar em exatos cinco minutos. 

Don't Marry Me! | NamjinOnde histórias criam vida. Descubra agora