“Querida Dina,
nunca pensei que o que eu escrevia seria como cartas de verdade, Nael achou que fosse uma carta, para mim era assim que as pessoas escreviam diários, ou cartas mesmo (claro quem diário devem colocar as datas) eu tentei colocar o dia, mas falhei, eu não sei, acho que cartas tem dia também. Meus professores de português estariam desgostoso, mas não é sóbre isso que vim falar, eu vim dizer que se são como cartas, então talvez devesse ser entregues a você, não é?
Eu acho que estou com medo, e acho que estou realmente apaixonado por ele, e ele por mim, posso sentir seus dedos passando no meu peito entre os fios, alisando os pêlos e minha pele meio suada até encostar meu mamilo (me perdoe os detalhes), nem sei se eu diria isso a você se você fosse viva, mas eu gostei mãe, eu gostei da mão dele me tocando, gostei da carícia e estou me sentindo um adolescente, nos beijamos de novo, nos beijamos umas três vezes, e você acredita que ele disse que o beijo no aniversário de tia Dalva era cenográfico? Eu fiquei com tanta vergonha, mas acho que ele estava me sacaneando. Mãe, como o mundo vai me ver? Digo o mundo já me vê como um homem gay, mesmo não sendo então eu já estou ferrado, mas mesmo assim tenho medo, medo de ficar ainda mais sozinho, tem pessoas que não acreditam que somos um casal e se isso realmente acontecer eu e ele seremos um casal... Merda. Desculpa o palavrão de novo, com muito mais amor... Apollo.”

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Com Amor, Apollo
Roman d'amourApollo é um homem de 28 anos que tem suas próprias convicção e preconceitos a respeito do mundo LGBT, mas acaba por descobrir que todo o seu preconceito não passa de uma máscara barata sobre o que ele realmente é. Apollo se apaixona pelo seu colega...