1º de outubro - 4 de outubro
Dia 3, quinta-feira, continuação
Devo lembrar que estou morando com um sonserino, e um sonserino incomumente desagradável e vingativo, pensou Harry na hora do almoço.
O dia não tinha corrido bem até agora. Eles correram para a aula de Transfiguração oito minutos atrasados, e embora tudo o que McGonagall tivesse feito fosse pausar no meio da frase e esperar que eles se sentassem antes de continuar, Malfoy estava de mau humor desde então. Em nítido contraste com sua concisão taciturna dos últimos dois dias, ele manteve uma ladainha constante de abusos verbais durante a parte prática da aula.
Não ajudou o fato de eles estarem na classe de Malfoy, então cada comentário sarcástico que Malfoy enviava para ele era seguido por um coro de risadas de seus amigos sonserinos. Harry quase literalmente mordeu a língua para não dizer qualquer coisa, sabendo que tudo o que ele dissesse só seria ridicularizado impiedosamente por Malfoy e seus amigos.
— Brilhante, Potter. Trabalho do qual qualquer segundo ano ficaria orgulhoso. Pena que você está no sétimo.
— Será que aquele vislumbre de compreensão ficou muito solitário dentro do seu cérebro, sem nenhum outro pensamento para lhe fazer companhia? Foi por isso que decidiu abandonar você? — Pansy Parkinson gostou particularmente dessa.
— Merlin, Potter, deveríamos transformar uma pena em uma flor, não em uma maldita erva daninha.
—Você está apenas fingindo uma estupidez abjeta, certo? Para enganar o resto de nós e levá-los a uma falsa sensação de superioridade? — Isso pelo menos resultou em McGonagall tirando cinco pontos da Sonserina pela grosseria de Malfoy, mas isso não ajudou em nada o ego de Harry.
Depois veio Defesa Contra as Artes das Trevas. Harry conseguiu sentar-se com seus amigos durante a primeira parte da aula, mas a segunda parte envolveu bastante movimento enquanto eles praticavam feitiços contra espíritos agourentos. Goyle, Crabbe e Pansy Parkinson acabaram trabalhando perto deles, juntando-se a Malfoy para zombar de Harry e Hermione enquanto tentavam subjugar o espírito de Harry, e as repetidas exortações de Hermione a Harry para não ouvir 'o idiota nojento' de alguma forma não ajudaram em nada.
— Honestamente, Potter, eu posso muito bem me casar com um aborto — Malfoy murmurou, e seus amigos sonserinos riram.
— Nós não somos casados — Harry retrucou, e Malfoy piscou para ele.
— O que?
— Podemos estar ligados. Não somos casados — disse Harry com firmeza.
— É a mesma coisa.
— Não, não é. Não chame assim — Hermione disse friamente.
Malfoy trocou um olhar perplexo com seus comparsas.
— Por que não?
— O casamento deveria ser algo mais do que uma maldição estúpida que liga você a um sapo repugnante que você preferiria matar durante o sono. Deveria ser uma questão de amor e compromisso - deveria ser uma coisa boa.
Malfoy sorriu para eles.
— Ooh. Isso é tão fofo. O casamento tem tudo a ver com poesia e corações doces, não é? — Parkinson deu uma risadinha. — Que trouxa. Tudo bem então, faça do seu jeito: honestamente, Potter, querido, posso muito bem me casar com um aborto.
Harry corou furiosamente, fazendo com que os sonserinos caíssem na gargalhada e dando a Malfoy o motivo perfeito para mais zombarias impiedosas para o resto da classe.
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Bond | Drarry
FanfictionMais uma daquelas histórias em que Harry e Draco são forçados a ficar juntos por algo que está além de seu controle e, então, acontecem coisas que levam a duas histórias de amor. Porque todo escritor de DH tem que escrever pelo menos uma. [Esta é um...