18 a 27 de Fevereiro
Dia 143, Quinta
Pansy caminhou pelo corredor, fumegando. Que dia podre. Primeiro, todas suas anotações de Poções foram destruídas por uma gota de poção ácida, e Millicent Bulstrode seria uma pessoa muito, muito infeliz se não aparecesse com uma compensação adequada para aquilo. Depois, aquele lufa pentelho Zacharias Smith tinha zoado da cara dela em Runas, com ajuda entusiástica de Queenie. E então o professor de Defesa Contra as Artes das Trevas tinha decidido agitar a aula e formar "grupos estabelecidos" de trabalho entre pessoas que não ficavam juntas muito freqüentemente, e um feitiço de combinação randômica determinou que Pansy e Draco ficariam com Potter, Weasley e Granger. Para fazer um trabalho em que eles precisariam praticar feitiços juntos depois das aulas. Pelo resto da semana. Lindo.
A única coisa que tinha ido bem até agora era que todas as aulas do terceiro andar foram canceladas quase uma hora mais cedo, porque um garoto do sexto ano tinha lançado acidentalmente um feitiço Sonorus tão poderoso que transformou o andar inteiro em um inferno cacofônico. O que era ótimo, porque liberou Pansy da aula de História da Magia com os sonserinos e lhe deu vinte minutos para estudar em paz antes do encontro com o grupo idiota de Defesa na sala 11.
Pode não ser tão ruim, ela refletiu enquanto se aproximava da porta. Por mais irritada que estivesse com Draco por ele querer estar com Potter, isso pelo menos daria uma chance para os dois estarem juntos sem terem que se preocupar em dar bandeira sobre o relacionamento renovado.
Weasley e Granger, felizmente, não estavam dando uma de lufas felizes com a aventurazinha entre Draco e Potter; na verdade, os dois estavam preocupados. Ainda que Granger tivesse estranhamente começado a dizer algo um dia desses, sobre como era compreensível que Potter quisesse voltar com Draco, já que ele "não tinha sido criado com afeição física o suficiente" e, por isso, "era natural que quisesse retomar o único relacionamento onde tinha...", antes que Pansy pedisse (muito educadamente, também) que ela, por favor, mantivesse suas idéias trouxas para si mesma e se concentrasse em ajudá-los a tirar aquilo do organismo deles logo.
Tirar aquilo do organismo deles, sei, Pansy murmurou para si mesma. Draco não estava tirando nada do organismo dele. Ele estava animado demais para um garoto tendo uma última aventura. O idiota parecia realmente contente. Com Potter. Se não fosse pela identidade da pessoa em questão e pela pilha de nervos que isso fazia de Pansy, ela ficaria feliz por ele também.
E agora eles todos tinham que trabalhar juntos. Até segunda. Ela abriu a porta da pequena ante-sala de depósito designada para as aulas de Defesa, pensando que não havia como seu dia ficar pior, e depois abriu a porta da sala de aula em si e ficou paralisada imediatamente.
Seu dia tinha acabado de ficar pior.
Draco e Potter estavam entrelaçados em uma cadeira, Potter sentado em cima de Draco, os lábios deles unidos furiosamente, as camisas desabotoadas até a metade, a gravata vermelha e dourada de Potter no ombro de Draco, seus dedos no cabelo do loiro. Draco respondia ao abraço de Potter forçando o corpo ao encontro dele, e o sonserino inclinou a cabeça para trás e gemeu quando a boca de Potter se moveu na direção do seu pescoço. Evidentemente, os dois estavam muito entretidos um com o outro para terem ouvido Pansy, ou notá-la de pé a apenas alguns metros de distância, nas sombras da ante-sala.
E, oh deus, lá estava algo que Pansy não precisava ver, Potter deslizando a mão para baixo e abrindo a calça de Draco, e Draco murmurou em aprovação, sua respiração ofegante. O loiro retribui o favor entusiasmadamente, escorregando uma mão na direção da calça de Potter.
Oh, merda, aquilo era - argh! Pansy reprimiu um grunhido enquanto Potter levantou rapidamente e se ajoelhou diante da cadeira. Draco se remexeu um pouco e sufocou um grito e- a visão de Pansy ficou bloqueada por uma mesa, e ela não conseguia ver exatamente o que estava acontecendo, mas, julgando pelos gemidos de Draco, pelo jeito que seu pescoço arqueava e seus olhos fecharam de prazer, era bastante óbvio, e tudo aquilo era-
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Bond | Drarry
FanfictionMais uma daquelas histórias em que Harry e Draco são forçados a ficar juntos por algo que está além de seu controle e, então, acontecem coisas que levam a duas histórias de amor. Porque todo escritor de DH tem que escrever pelo menos uma. [Esta é um...