Não é culpa de Seamus

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Resumo: Sequência one-shot de Bond. Ambientado pós-Bond, no dia seguinte ao epílogo.

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Não foi culpa de Seamus. Na verdade. Isso só aconteceu porque ele deveria estar testando um novo feitiço de Sono Profundo para a aula de Feitiços, mas ele esqueceu de fazer isso antes de dormir, então acabou acordando quando Harry teve um de seus pesadelos.

Embora provavelmente fosse culpa dele o fato de ter esquecido de fazer o feitiço, já que estava muito bêbado ontem à noite, depois da festa da Grifinória "Não na última na Copa de Quadribol". Ou, como Dean a chamou, a festa da Grifinória "Parabenizando o Apanhador que venceu o nosso Apanhador porque sua própria casa não pode ser atacada".

A festa que provavelmente também foi a razão pela qual Draco se esqueceu de fechar totalmente as cortinas ao redor da cama dele e de Harry. Ou definir proteções de privacidade.

Seamus acordou confuso e olhou para ver Harry se virando inquieto, com a testa franzida, um suave som de angústia escapando dele. Seamus gemeu; Harry e pesadelos nunca foram uma coisa boa. Ele tinha um travesseiro na mão pronto para voar quando lembrou que, claro, Draco estava lá. E com certeza, Draco se virou, suspirou e colocou a mão no ombro de Harry sem acordar.

— N-não... — Harry engasgou e Seamus levantou a cabeça. Viu os olhos de Draco piscarem e ouviu sua voz sonolenta.

— Harry. Você está sonhando. Acorde — Draco murmurou, e Harry acordou assustado. Draco bocejou. — Pesadelo?

A respiração de Harry estava difícil quando ele assentiu. Seamus fechou os olhos novamente.

— A respeito?

Um som indistinto de angústia vindo de Harry, e Seamus abriu um pouco os olhos para ver Draco colocar um braço em volta de Harry e colocar sua cabeça em seu ombro.

— Volte a dormir — disse ele com firmeza.

— S-sim. — Harry ainda parecia bastante assustado.

— É apenas um pesadelo. Você está bem — Draco disse, aborrecimento começando a substituir a sonolência em sua voz.

— Foi, foi - você - eu - deixa pra lá — Harry gaguejou, e virou-se de lado de frente para Seamus, de costas para Draco, fechando os olhos com força. Houve um suspiro profundo de Draco antes de ele se mover para abraçar Harry por trás e acariciá-lo, falando suavemente na lateral de seu pescoço.

— Outro pesadelo sobre minha marca?

Harry engoliu em seco nervosamente.

— Já faz muito tempo — Draco disse calmamente, e mais gentilmente do que Seamus jamais o ouvira falar com alguém. — E ele foi para a clandestinidade. Os Aurores não têm ideia de onde ele está, e nem os Comensais da Morte. Você sabe que não há razão para ele ativar a marca novamente.

Harry assentiu.

— Eu - eu sei, é só que acho que ver sua mãe ontem me deu um pouco de...

Draco soltou o fôlego impacientemente.

— Qualquer um pensaria que é você quem tem essa maldita marca — ele murmurou, esfregando o peito distraidamente.

Seamus se escondeu novamente sob os cobertores e fechou os olhos novamente.

— Às vezes eu gostaria de ter — Harry disse calmamente.

Draco bufou cínico.

— Acredite em mim, você não iria querer — disse ele secamente. Ele suspirou. — Escute, não quero passar o resto da noite afugentando seus demônios... — ele começou, e Harry o interrompeu.

Bond | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora