Capitulo Dois

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Sina
 
          DE VOLTA À CASA DE SUSANNAH, JEREMIAH, BELLY, STEVEN e eu fomos para o quarto de Jeremiah. Nós nos sentamos na cama dele com nossas roupas formais.

– Onde está Conrad? – perguntei.

Eu queria falar com ele, mas ele sumia o tempo todo.

– Deixe ele ficar um pouco sozinho – disse Jeremiah. – Vocês estão com fome?

Neguei com a cabeça, recebendo um olhar bravo de Belly. Ela estava pegando no meu pé para que eu comesse, mas eu não tinha vontade.

– Eu e Sina vamos buscar comida pra você.

Belly me segurou pelo braço e me arrastou para o andar de baixo. Peguei um prato e Belly pegou outros dois. Minha mãe chegou e nos ajudou a enchê-los.

– Vocês estão bem lá em cima? – quis saber, servindo uma fatia de queijo roquefort.

Belly assentiu e tirou a fatia de queijo do prato.

– Jeremiah não gosta desse queijo – explicou.

Peguei dois bolinhos e dois biscoitos e coloquei no meu prato, então me virei para minha mãe.

– Você viu o Conrad? – perguntei.

– Acho que ele está no porão.

Dei o prato para minha mãe quando ela me estendeu outro com mais comida.

– Por que não vai ver como ele está e leva esse prato para ele? Eu e Belly levamos esses para os meninos.

– Está bem.

Desci para o porão. Estava escuro, Conrad não tinha acendido as luzes. Segui descendo os degraus, tateando o caminho.

Não demorei a encontrá-lo. Ele estava deitado no sofá, uma garota estava em pé em sua frente de braços cruzados. Ela parecia tensa.

Fiquei exatamente igual a ela enquanto me aproximava.

Ela me viu primeiro.

– Oi – disse.

Conrad olhou pra trás e me viu parada na porta com o prato. Ele se sentou.

– É comida pra gente? – perguntou, sem olhar direito pra mim.

Foi quando eu percebi que não conseguia fazer isso. Eu não podia conversar com ele agora, não era justo. Não queira nem saber sobre a garota, não podia começar uma discussão agora.

– Minha mãe mandou – falei, e minha voz saiu muito baixa.

Fui até eles e coloquei o prato em cima da mesa de centro. Coloquei uma das mechas que separei do penteado atrás da orelha.

– Obrigada – disse a garota, de um jeito que mais pareceu algo como agora você pode ir.

Não foi de um jeito maldoso, mas de uma maneira que deixava claro que eu estava interrompendo alguma coisa.

Fui saindo lentamente, mas, quando cheguei à escada, as subi muito rápido. Passei andando rápido por todas as pessoas na sala de estar e pude ouvir Conrad vindo atrás de mim.

– Espere um pouco – chamou ele.

Eu tinha quase saído do hall de entrada quando ele me alcançou e segurou meu braço. Engoli em seco.

– Aquela era a Aubrey – explicou, me soltando.

Aubrey, a garota que partiu o coração de Conrad. Ela era muito mais bonita do que eu havia pensando. Eu jamais poderia competir com uma garota daquelas.

MEMORIES | CONRAD FISHEROnde histórias criam vida. Descubra agora