Capitulo Sete

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Sina

          QUANDO ACORDEI, NA MANHÃ SEGUINTE, NÃO ME LEVANTEI imediantamente. Em parte porque ainda estava com sono e em parte porque estava com medo.

Eu não queria descer e ver que ao invés de encontrar todo mundo junto no andar de baixo, me enchendo o saco por dormir até tarde e ainda estar de mal humor, encontraria uma casa vazia e sombria. Belly, Jeremiah e Conrad podiam estar aqui mas Susannah, Steven e minha mãe não estavam.

Tomei um banho e vesti o vestido rosa, por sorte não era nada exagerado e me lembrava aqueles vestidos fofos do Pinterest. Provavelmente Taylor sabia que eu a mataria se não colocasse pelo menos uma coisa decente para eu vestir. Aquilo ainda era um pouco curto mas pelo menos a saia não era colada.

Sequei o cabelo e fiz uma trança, ainda não queria que a parte roxa aparecesse. Eu sinceramente não me arrependo de ter pintado de novo, mas ainda estava com um pé atrás em Conrad me ver assim.

Desci puxando o vestido para baixo e de cara feia. Belly estava sentada à mesa da cozinha comendo os bolinhos açucarados de canela que Susannah costumava acordar cedo para comprar.

Ela sorriu ao me ver ali e me entregou um bolinho.

– Obrigada – agradeci enquanto o pegava e mordia um pedaço. Não perguntei onde os meninos estavam e ela parecia meio chateada.

– Jeremiah ainda não conseguiu convencer Conrad, acho que vamos precisar ficar por mais tempo.

Fiz careta e assenti. Que merda.

– Vai fazer o que agora? – perguntou.

– Acho que vou ficar no quarto – respondi me levantando e indo até a geladeira. – Quero escrever um pouco e ler, como nos velhos tempos.

Não esperei que ela respondesse e sai da cozinha com uma latinha de energético.

No quarto, eu deitei na cama e comecei a ler.

Belly voltou pro quarto depois de um tempo com uma cara nada boa e me olhou chateada.

– Steven ligou, ele sabe que estamos em Cousins.

– Por que ele ligou pra você? – disse e me sentei na cama rapidamente.

– Encontrou Taylor no shopping, ela mente mal igual a você. Enfim, por enquanto não tem nada que precisamos nos preocupar.

Assenti e observei ela mudar seu olhar de mim para a lata de energético.

– Isso ainda vai te fazer ter um infarto, Sina. – Ela apontou para a lata.

Revirou os olhos e levantei. Dei a língua para ela e saí do quarto, precisava pegar um pouco de ar. Mas parei na escada quando vi Conrad abrir a porta, e uma mulher entrou. Cruzei os braços e franzi a testa confusa.

– Nossa, olá – disse ela.

Estava surpresa por vê-lo, como se fosse ela quem deveria estar ali, e não ele.

– Oi – disse Conrad. – Posso ajudar?

– Você deve ser o Conrad. Nos falamos ao telefone. Sou Sandy Donatti, a corretora de imóveis do seu pai.

Conrad não disse nada.

Ela agitou o dedo para ele com ar divertido.

– Você me disse que seu pai tinha mudado de ideia em relação à venda.

Como Conrad continuou sem dizer nada, ela olhou ao redor e me viu parada ao pé da escada. Franziu a testa e disse:

– Só estou aqui para dar uma olhada na casa, me certificar de que está tudo dando certo, com as coisas sendo encaixotadas.

MEMORIES | CONRAD FISHEROnde histórias criam vida. Descubra agora